Cap. 14 ✓

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Alex (Terror)

Quando Emily chegou com a pequena em seus braços eu me assustei pensando ser realmente dela a criança, mas quando me explicou direito do porque, soltei um suspiro de alívio e sorri. A coitada foi deixada em frente à casa da Júlia, ou em outro lugar, e só Deus sabe por quanto tempo, pois pra chamar meu Anjo de mãe, ela não deve nem "saber" de verdade de quem se trata seus pais. Coitada.

Não sei quando comecei a virar um viadinho emocionado, mas sei que isso tudo é culpa da Emily. Bom, de verdade não foi assim, culpa sabe, ela virou meu mundo do avesso, e isso foi melhor pra mim, ela me fez acreditar que a vida não é só drogas, bebidas e sexo, na real eles nem deveriam existir -tirando o sexo-. Ela me mostrou de verdade o que é o amor...

— Hey! Você está bem? –Meu Anjo me pergunta sorrindo docemente.

— Com você ao meu lado, como não estar bem!? –Meu Anjo ataca minha boca ferozmente e eu franzo o cenho por um minuto, mas o que deu nela!?

Ela segura minha nuca enquanto aperto forte sua cintura contra meu corpo, até termos que parar por conta de uma "coisinha" que entra no meio de nossas pernas me empurrando "com força", me levando pra longe de meu Anjo.

— Minha mamãe! –Diz brava abraçando forte a perna de Emily e depois estica os bracinhos, pedindo para que a pegue. Ela se agacha pegando a pequena que brinca com seus brincos. — Mamá! –Pede apontando para a mamadeira que tivemos que comprar ontem à noite. Emily me entrega a pequena que continua a me fitar com um olhar mortal. Emily chega com a mamadeira da pequena e a  entrega sorrindo com brilho nos olhos. Sei que meu Anjo está completamente apaixonada por essa coisinha, e também sei que será difícil para ela se desapegar da criança. Vamos amanhã ver se achamos os pais dela.

— Vou sentir sua falta. –Suspira triste acariciando a bochecha da pequena que pega a mamadeira colocando na boca e estica os bracinhos em direção a Emily que a pega sorrindo docemente, ela deita a cabeça no ombro de meu Anjo, e logo adormece ali mesmo. Colocamos ela deitada em um colchão no chão e abraço Emily por trás beijando seu pescoço.

— Hey! –Me lança um sorriso forçado.

— Meu Anjo, sabe que não poderá ficar com ela para sempre, os pais dela podem estar preocupados. Sei que será difícil pra você se despedir dela, pra ela também será. Mas vai ser o melhor a se fazer, okay? –Acaricio sua bochecha com o polegar.

(...)

Emily Valdez

1 dia depois...

:— Tudo bem, mas tome cuidado pequena. Te amo.

— Está bem, eu também te amo. -Encerro a chamada colocando meu celular em cima de meu colo e suspiro.

Já são oito da noite e nada. Ninguém conhece e nem nunca viu Ana Júlia em lugar algum.

Sim! Descobrimos o nome dela por ela mesma, a perguntei e ela disse: "Ana Jula". Com certeza querendo dizer Ana Júlia.

Meu amor por ela só cresce, assim como a pena que está ainda maior. Olho para o banco de trás a vendo dormir na cadeirinha -que também tivemos que comprar, assim como a mamadeira e algumas roupinhas-. Olho para Terror e nossos olhares se cruzam e sei exatamente o que quer dizer mas nego.

— Temos que continuar procurando! –Digo certa, e volto meu olhar para a rua. — Nós temos que achar. –Sussurro.

— Meu Anjo. –Alex para no sinal me olhando. — Continuaremos amanhã, eu prometo.

— Mas e a boca Alex?

— JV está lá. –Suspiro assentindo.

(...)

Acordo com algum peso em cima de mim e já sei de quem se trata. Abro os olhos sorrindo e acaricio sua bochecha.

— Bom dia meu amor! –Sussurro.

— Mamãe, bo dia! –Me abraça, olho por cima de seu ombro me encontrando com Terror que me olha dizendo: “Temos que ir”. Assinto em concordância. Vou ao banheiro deixando Pedro com Ana Júlia, ele também se apegou muito a pequena nesses últimos dias, e sei que também esta sendo uma tarefa difícil pra ele, mas achamos que o quanto antes encontrarmos os pais dela, melhor para ela e pra nós.

Saio do banheiro pegando Ana Júlia em meus braços a levando para baixo.

— Já mamou Juh? –Ela assente sorrindo largamente para mim que devolvo o sorriso meio triste.

— Vamos Anjo? –Assinto pegando uma maçã.

(...)

Já procuramos: fora, dentro e até em volta da favela pelos pais da Aninha, mas até agora nada, ja liguei até para as meninas e os meninos mas nenhum deles sabe de nada, já procuramos por quase todas as cidades mas, nada. A pequena já dorme novamente no carro, olho para trás a vendo acordar e esfregar os olhinhos.

— Hey? –A chamo e a mesma me olha sorrindo.

— Oi mamãe! –Bate palminhas enquanto "pula" na cadeirinha.

— ALEX! –Grito quando vejo uma mulher loira entrar na frente do carro, Terror pisa no freio rapidamente fazendo nossos corpos irem para frente, olho para trás né encontrando com Ana Júlia que me olha com medo. — Está tudo bem. –A olho lhe tranquilizando. — Eu estou aqui. –Acaricio sua bochecha enquanto a mesma me abraça. — Já passou. –Alex sai do carro e arregala os olhos passando as mãos pelos fios dos cabelos. — Alex? –O chamo.

Terror ajuda a mulher a se levantar. Graças a Deus! Não morreu. Ela se joga em seus braços. Deveria ter morrido, Praga! E começa a chorar. Alex vem com ela até o carro, a loira me olha e logo seu olhar é de raiva. Mas o que foi, que, eu fiz!?

— Você está bem? –Terror a pergunta ainda do lado de fora do carro.

— Minha...minha... –Volta a chorar. Eu em...A loira olha pra mim e logo seu olhar se volta para Ana Júlia que ainda me abraçava. — Sua desgraçada! –A mulher me olha com ódio, e antes de chegar até mim, Alex lhe pega pela cintura.

— Acalme-se Beatriz!

— Eu sabia que tinha dedo seu nisso. –Seus olhos transbordavam um pouco de vitória e "ódio". Eu já não estou mais entendendo nada, eu sei que essa garota me odeia -eu também posso até dizer o mesmo- mas isso não explica muita coisa! — Você roubou minha filha! –Arregalo os olhos me voltando para Ana Júlia que me encarava com seus olhinhos esverdeados.

Mas o que!?

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Ana Júlia 👇

Tão fofinhaaaaa!

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Tão fofinhaaaaa!

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