Cap. 21 ✓

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Emily Valdez

Acordo com uma dor de cabeça enorme mas...não estou na minha casa, estou na casa da minha vó? Como eu vim parar aqui?

— Mamãe! –Duas crianças idênticas a mim e Alex aparecem correndo em minha direção.

— Vocês estão perdidos? –Acaricio o rosto dos dois.

— Mamãe nós não estamos perdidos. –O menino diz sorrindo, seu sorriso me lembra tanto Alex.

— Nos precisamos de você mãe. –É a vez de a menina se pronunciar.

— Se você não acordar nos não iremos conseguir seguir em frente mãe. –Franzo o cenho.

Por que essas crianças estão me chamando de mãe?

— Quem são vocês?

— Sei que não se lembra, mas precisa saber do mais importante mamãe!

— Mais importante?

— Primeiro, somos seus filhos mãe, assim como Ana Júlia que precisa mais de você do que tudo! –O menino diz com um sorriso reconfortante.

— Ana Júlia! –Exclamo me levantando, olho para os lados mas nada da minha filha. — Cadê a minha filha?

— Calma mãe! –A menina sorri. — Papai também precisa de você. –Sorrio. James!

— James está bem?

— James não é nosso pai mãe. –Os olho confusa.

— E quem seria então?

— Alex. –Arregalo os olhos.

—Alex? –O menino assente e corre até que suma da minha vista. A menina chega perto de mim e dá um beijo em minha bochecha.

— Nós te amamos mãe!

— Espera! –A menina se vira. — Eu não sei como voltar. –A garota chega perto novamente.

— Lute mãe!

— Eu não sei como lutar. –Uma lágrima escorre por meu rosto mas ela logo trata de limpar.

— Tente mãe, só você sabe como lutar. –Ela acaricia minha bochecha com o polegar e sai correndo.

Eu preciso:
Pelo Alex;
Pela Ana Júlia;
Pela minha família;
Pelos meus filhos...

(...)

— Alez... –Sussurro.

Acordo com um monte de pessoas a volta vejo o teto branco como eu imaginei estou em um hospital.

Olho para o lado me encontrando com Júlia. Mas aonde eu estou.

— Júlia. –Murmuro.

Minha voz sai num sussurro, minha garganta clama por água, meu estômago revira por comida.

"— Alex. –Murmuro novamente.

— Ele está lá fora Anjo, Ana Júlia já está nos deixando malucos, a garota quer muito você. –Sorrio, minha filha!

— Ana Júlia.

— Quer que eu a chame? –Assinto, agradecendo silenciosamente.

Júlia sai e logo volta com Ana Júlia em seus braços, quase choro ao ver o estado deplorável em que minha pequena se encontrava.

— Meu amor! –Sussurro e ela virá a cabecinha em um modo curiosos.

— Mamãe! –Ela grita pulando do colo da Júlia e vem correndo até mim, Ana Júlia sobe em minha maca e acaricia minha bochecha com o polegar. — Que bom que voltou. –Sorrio. — Estava com medo de te perder mãe. –Vejo seu olhar entristecer.

— Hey? –A chamo e ela me olha com os olhinhos marejados. — Lembra que eu te disse que nunca te deixaria? –Ela assente. — Disse que sempre estaria ao seu lado pro resto da minha vida? –Ela assente mais uma vez me abraçando, olho por cima de seu ombro e vejo Alex ali com os olhos brilhando.

— Hey? –Ele me olha sorrindo. Ana Júlia se solta de meu abraço.

— Mamãe? –A olho. — Posso comer um salgado com o tio Rogerio? –Assinto sorrindo e Ana Júlia sai correndo para a porta a fechando atrás de si, deixando ali apenas eu, Júlia e Alex.

— Eu acho que vou aproveitar essa chance. –Julia sai correndo atrás de Ana Júlia, deixando agora ali apenas eu e Alex.

— Hey? –O chamo batendo duas vezes na maca e ele vem e se senta ao meu lado, seguro sua mão e deposito um beijo na mesma e lhe lanço meu maior sorriso.

— Senti saudades. –Ele diz em um fio de voz, pego em seu queixo e o viro para mim, olho no fundo de seus olhos e encontro: "culpa".

— Eu também. –Terror percebe o tom de minha voz e pega um copo de água me entregando. Bebo tudo em menos de três segundos e agradeço gemendo de satisfação. — Obrigada!

— Eu sinto muito Anjo. –Sorrio.

— Tudo bem, a culpa não é sua. –Acaricio sua bochecha com o polegar ele pega minha mão e afasta delicadamente.

— Se eu tivesse acordado antes. –Gargalho e ele me olha sem entender.

— Está se culpando por um acidente que aconteceu antes mesmo de você acordar Alex! Pense pelo lado bom. –Pego sua mão e sigo até minha barriga. — Nossos filhos estão bem. –Ele sorri.

— Você se lembra! –Assinto.

— Graças a eles eu estou aqui Pedro, ela me ajudou a lutar e ele me ajudou a entender o que eu realmente não entenderia se estivesse voltado sem antes encontrar com nossos filhos.

Terror sorri emocionado e me beija docemente.

(...)

Alex

1 mês depois...

Nos dias em que ficamos se Emily foi terrível, Ana Júlia não dormia assim como eu, minha pequena chorava a noite inteira chamando a mãe, isso me partia o coração.

Quando meu Anjo finalmente acordou a coisa em que eu tentava tirar de minha cabeça veio a tona. O que ira acontecer quando ela acordar, qual será a reação dela ao me ver, ao ver Ana Júlia. Mas quando ela a abraçou soube que tudo tinha dado certo. Quando meu Anjo falou sobre "nossos filhos" meus olhos brilharam.

Hoje é o tão sonhado dia da ultra, finalmente saberemos o sexo dos nosso filho. Emily insiste em dizer que serão gêmeos por causa de seu "sonho".

— Ana Júlia já está pronta? –Entro em seu quarto e a encontro arrumada de braços cruzados me fitando com "ódio". — O que houve Juju?

— Eu não quero pai! Minha mãe está tão feliz que simplesmente esqueceu de mim, ela disse que me ajudaria no dever de casa mas não ajudou! –Ela grita a pego no colo e a levo pra baixo paro em frente à Emily que não tirava o sorriso do rosto mas seu sorriso some quando bate em Ana Júlia que estava com um bico extremamente grande e fofo.

— Meu amor o que houve? –Emily a pega de meus braços.

— Eu sei que você já disse que nunca esqueceria de mim mas, eu não consigo mãe. Sei que você vai me levar de volta ao um orfanato ou me levará de volta para a Beatriz. –Os olhos de Emily queimam.

— Nunca mais diga uma coisa dessa ouviu Ana Júlia, nunca mais! –Minha filha assente assutada e se esquiva e desce. — Ana Juh eu sinto muito! –Meu Anjo começa a chorar e soluça.

— Meu Anjo foi só um deslize, ela entenderá. –Sorrio tentando lhe trazer conforto. Ela assente e se levanta.

(...)

— Parabéns, vocês têm gêmeos! –Renata aparece na porta com um sorriso no rosto. — Uma menina e um menino. –Sorrio feliz.

— Teremos gêmeos Anjo. –Algumas lágrimas escorrem de meus olhos mas logo Emily as limpa sorrindo.

— Não chore, gato. –Sorrio e a beijo

— Vocês são lindos! –Renata diz secando as lágrimas.

...

Tudo Por ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora