Cap. 32 ✓

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Alex (Terror)

Deito a cabeça de Emily em meu colo e faço carinhos em seu cabelo para ver se a mesma de acalma, quando sinto sua respiração mais leve suspiro e a levanto, ela cruza sua pernas e me olha, seus olhos azuis agora se encontravam vermelhos, assim como suas bochechas e a ponta de seu nariz.

— Pode me explicar o que aconteceu Anjo?

A mesma começa a me contar tudo o que houve e eu bufo quando a mesma termina de falar e volta a chorar como antes, a abraço e a coloco deitada novamente em meu colo enquanto faço cafuné em seus cabelos.

Assim que sinto sua respiração leve a coloco deitada na cama e suspiro a olhando, eu e Ana Júlia teremos uma conversa bem séria.

Vou a passos apressados até o quarto de Ana Júlia e a vejo mecher no notebook, pego o mesmo e o fecho a fazendo me olhar e revirar os olhos.


— Será que tudo a Emily tem que contar pra você? Ela não sabe resolver os próprios problemas não é? –Respiro fundo e fecho os olhos.

_Mantenha a calma Alex, você é um homem..."civilizado". -Penso comigo mesmo.

— Em primeiro lugar, ela não contou nada, e em segundo lugar, ela é sua mãe e você a deve respeito. –Ela me olha de novo e logo abaixa a cabeça, ouço a mesma fungar e suspiro frustado. — Ana Júlia? O que aconteceu? Você sempre tratou sua mãe tão bem, ela sempre te tratou tão bem, por que disso agora? –Ela entorta a boca e suspira antes de começar a falar.

— É que...eu vi ela pai. –A olho confuso mas logo entendo. — A Beatriz pai... –Arregalo os olhos e engulo em seco.

— E...o q-que ela disse para v-você? –Ela encolhe os ombros.

— Ela disse que a Emily me roubou dela, disse que ela me pegou e nunca mais devolveu, e disse que o verdadeiro pai não estava nem aí pra mim. Ela disse que me queria de volta, pai, ela disse que sentia muito a minha falta. Ela...ela disse que me ama. –Vejo seus olhos marejarem, passo a mão pelo rosto seguido pelo cabelo, fecho os olhos e sorrio cético.

— Ana Júlia olha pra mim. –Peço e a mesma o faz. — A Beatriz pode até ser a sua...a mulher que lhe deu a vida, mas você já tem treze anos e sabe muito bem, o que algumas mulheres ou até homens já fizeram por dinheiro, não sabe? –Ela assente e eu me sento ao seu lado. — Ela foi uma quem fez isso filha, e se o homem também não está nem aí pra você...eu e a sua mãe estamos, seus irmãos estão. Então só agradeça okay? –Ela assente.

— Me desculpe pai eu...eu sou uma idiota...eu fiquei tão irritada, eu... –Nego e a puxo para um abraço.

— Shh, tá tudo bem, eu sei que você só ficou confusa. –Ela volta a chorar e eu faço carinhos em seu cabelo. Me levanto e vou até a porta, mas quando eu coloco à mão na maçaneta Ana Júlia me chama.

— Pai? –A olho. — Você me desculpa? -Assinto e sorrio.

— Mas eu acho, que não é a mim, a quem você deve desculpas, não acha? –Ela assente e suspira.

Emily Valdez

Abro os olhos e olho em volta, assim que me encontro sozinha suspiro.

_O que será que aconteceu para fazer com que a Ana Júlia ficasse tão triste comigo, eu...eu sempre a amei tanto e... -Meus pensamentos são interrompidos quando a porta do quarto é aberta mostrando Ana Júlia em pé com os olhos vermelhos assim como a ponta do nariz alegando que a mesma tenha chorado.

— Mãe? –Suspiro e fecho os olhos. — Eu sei que você está chateada comigo mas...é que eu estava confusa, na verdade eu menti quando disse a vocês que estava tentando impressionar batendo na garota por causa da Melanie. –Abro os olhos e ergo a sombrancelha. — Na verdade, eu queria era impressionar o Oliver. –A olho e vejo culpa em seus olhos, abro os braços a chamando para um abraço e ela vem correndo, Ana Júlia sobe na cama e se aconchega em meus braços enquanto minhas mãos fazem carinhos em seus cabelos loiros.

— Me desculpa filha...? –Ela me olha curiosa e eu suspiro voltando a falar. — Por nunca lhe dar o verdadeiro amor de mãe que você tanto precisava. –Ela nega.

— Você sempre me deu o amor que eu precisava, e muito mais, mãe. –Sorrio e sinto as lágrimas voltarem, mas o que, que à, em? Eu estou em uma choradeira só. Sinto uma dor forte atacar minha barriga me fazendo fechar os olhos. — Mãe, você está bem? –Assinto e solto o ar sentindo a dor me atingir novamente. — PAI! –Ana Júlia grita e a última coisa que vejo é Terror na porta assustado.

...

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