Tudo Por Ela

Cap. 28 ✓

Emily Valdez

Olho para o lado e Alex permanecia ali dormindo como uma pedra, ouço a voz de Ana Júlia e sei que ela está a conversar com Marta ou Lipe, ouço o choro inconfundível de Lari e logo o de Lipe também. Me levanto e vou à passos preguiçosos até o banheiro é tomo uma ducha rápida coloco uma calcinha branca de renda, short jeans e uma camiseta rosa, e não, eu não estou de sutiã. Desço as escadas e vejo Ana Júlia olhando atentamente a cada membro que se meche do corpo de Marta que está a fazer a mamadeira de Lipe e Lari, sorrio ao ver seus olhinhos brilharem ao tocar nas mamadeiras, ela corre até a porta e se depara comigo...

— Bom dia mamãe! –Me agacho a sua altura e ela beija minha bochecha, Ana Júlia sobe as escadas correndo.

— Tome cuidado. –Grito e ela responde apenas um "aham" de volta, nego e vou até a cozinha sorrindo para Marta. — Fiquei sabendo que seu afilhado morará aqui no morro, isto é bom, poderemos até fazer uma festa de boas vindas para ele aqui em casa o que acha? –Pergunto alegre.

— Senhora eu não quero atrapalhar eu... –Nego.

— Não atrapalha Marta, ficarei super feliz em fazer uma festa aqui, esta casa está precisando de algo diferente... –Sorrio e beijo sua bochecha.

— Obrigada senhora...! –Assinto, me sento a mesa e começo a me servir chamando Marta para se sentar comigo, ela logo o faz e eu sorrio. Sinto um cheiro amadeirado e fecho os olhos em aprovação, suspiro e olho para o lado me encontrando com Pedro sem camisa e de calça moletom cinza, seus cabelos desgrenhados Caim sobre o maxilar e seus olhos acinzentados dão um contraste mais sexy a "visão".

— Hey...? –O chamo e o mesmo beija meus lábios carinhosamente.

Eu amo o Alex submisso e ciumento;
Mas o carinhoso e fofo me deixa louca!

— Bom dia Marta! –Ele abre a geladeira e tira de lá uma jarra de suco, ele se senta a minha frente e sinto seus olhares sobre mim enquanto como...ouvimos o som de "passos" na escadas e suspiro, Ana Júlia anda ficando tão irritante as vezes, que a minha vontade é de jogar ela pela janela...!

— Bom dia papi! Bom dia mamis! –Sim, isso mesmo que vocês ouviram (leram) foda-se...depois de ouvir "todos" os seus amigos do seu colégio ficarem chamando seus pais de: papi, mamis. Ela começou também é isso acaba me estressando ainda mais.

— Bom dia Ana Júlia. –Ela me olha curiosa pois eu nunca a chamo de Ana Júlia, é sempre: Juju, Ana Juh, filha ou até mesmo Ana...

— Bom dia. –Alex diz me olhando fixamente enquanto ergue a sombrancelha. — Vai passar Anjo...! –Sorrio e ele acaricia minha bochecha com o polegar.

— Bom dia Marta! –Ana Júlia beija sua bochecha e passa por nós revirando os olhos, respiro fundo e Alex me olha já sabendo o que se passa.

— Ana Júlia! –Ele exclama "irritado" e Ana Júlia paralisa amedontrada. — Vá até meu escritório, e me espere lá, ouviu bem? –Ela apenas assente engolindo em seco e sobe as escadas correndo.

— Obrigada. –Assente e beija meus cabelos subindo logo em seguida.

Suspiro.

— Parece que a nossa pequena Ana Júlia já não está mais tão pequena assim...se é que me entende. –Assinto transtornado.

— Ela acha que fazer oito anos significa ser uma "adolescente" e isso me deixa de cabelos eriçados na real! –Suspiro.

Agora é só esperar...

(...)

Alex (Terror)

Subo as escadas e ouço a porta ser fechada, após alguns minutos entro na sala e encontro Ana Júlia de cabeça baixa e uma lágrima pingar no chão. Suspiro.

— Ana Júlia...? –Ergo a sombrancelha e a mesma continua com a cabeça baixa. — Posso saber o por que está tão indiferente com a sua mãe? –Continuo sem respostas. — Ana Júlia olha pra mim, AGORA! –Eu não sou um homem de perder a paciência rapidamente, mas Ana Júlia está de verdade conseguindo fazer com que isso aconteça. — Você sabe o que anda acontecendo toda a noite quando ela está no banho Ana Júlia? Ela chora... –Ana Júlia me olha assustado vejo seus olhos agora transmitirem tristeza e medo.

"— Ela chora toda a noite no banho achando que...achando que ela fez algo de errado para que você a...odiasse! –Ana Júlia corre até mim e me abraça chorando.

— Eu não a odeio papai, eu juro que não a odeio é só que..ela anda tão estranha eu pensei que...

— Nunca pense isso okay? Sua mãe te ama, eu te amo, seus irmãos te amam mesmo sem nem saber que existem ainda...todos te amam pela garota carinhosa e linda que você é, e por isso eu peço que continue assim, está bem? –Ela assente e me aperta mais contra si.

— Eu prometo pai...eu prometo! –Suspiro aliviado.

...