Tudo Por Ela

Cap. 15 ✓

Emily Valdez

Ela pega Ana Júlia de meus braços e a pequena estica os bracinhos em minha direção tento a pegar mais a loira se afasta.

— Então quer dizer que agora além de roubar namorados você também rouba filhos. –Ergo a sobrancelha, a princesa ergue os bracinhos em minha direção novamente.

— Fica quieta Bianca! –Diz ríspida. Ergo a sobrancelha.

— Bianca? –Ela ri sem humor.

— Olha isso não vem ao seu caso agora, o que importa é que eu e Alex já namoramos, mas foi só você chegar que acabou tudo...você arrancou tudo que eu tinha, e agora ainda quer tirar meu docinho de mim? –Reviro os olhos e bufo -puro teatro-.

Terror entra no carro e fecha a porta deparando a toda a velocidade pelo asfalto. Vejo pelo retrovisor Ana Júlia, ou Bianca -Ja nem sei mais- esticar os bracinhos em minha direção, formar um biquinho triste e chorar.

— Eu irei voltar! –Sussurro.

"— Irá deixar ela lá, com...com aquela maluca!? –Grito frustada, enquanto o mesmo permanecia calado.

O silêncio predomina no carro, é como se estivéssemos gritando que nem uns malucos, em que até as pessoas do outro lado da rua pudessem ouvir.

A raiva era visível em Terror, ele apertava o volante tão forte que suas veias dos braços saltavam para fora.

Cruzo os braços e bufo, voltando meu olhar a janela penso no que ela disse "Olha isso não vem ao seu caso agora, o que importa é que eu e Alex já namoramos...".

Ela e Terror já namoraram. O que não entra em minha cabeça, é que o mesmo me disse naquele dia em casa que: “Pra mim isso tudo é novo Anjo, e as vezes acho que estou sonhando. Nunca namorei com ninguém, então por favor, se eu fizer algo de errado, não termine comigo...”

Ele disse que nunca namorou com ninguém.

Alex abre a porta do carro dando passagem para que eu saia.

— Anjo, eu só queria lhe dizer que... –Levanto minha mão pedindo para que Cale a boca.

— Eu só preciso de paz agora, a única voz que preciso ouvir, é a de minha princesa então, por favor Terror, por favor, Cale a boca. –Saio do carro em passos lentos tocando a campainha. Soninha abre com um sorriso no rosto, e eu apenas passo direto.

— Boa noite pra vocês!

(...)

Alex (Terror)

3 dias depois...

Três dias, três malditos dias, desde que meu Anjo não sai daquele quarto, não come e não bebe nada desde que chegamos nessa maldita casa, naquele maldito dia, em que encontrei a maldita da Beatriz, pra fazer minha maldita vida, virar uma maldita merda.

JV ligou avisando que iria ter que viajar.

Decidi cuidar de meu Anjo durante esse tempo em que JV se encontrava fora. Mordo mais um pedaço de bolo e suspiro pesado.

— Ela ainda não desceu não é? –Soninha aparece a minha frente com um semblante preocupado e apenas nego.

"Mas que droga!" Foi exatamente o que eu disse assim que Soninha desceu pela décima quinta vez alegando, que meu Anjo recusará a comida novamente.

— Acho melhor ir falar com ela Alex!

— Tenho medo de que ela nunca mais queira olhar na minha cara novamente Sônia. –Suspiro.