Cap. 7 ✓

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Emily Valdez

Acordo com o sol batendo em meu rosto e sei que não fechei a cortina, me levanto indo até o banheiro, tomo um banho e visto um short jeans escuros e um croped, prendo meu cabelo em um coque frouxo e desço as escadas me deparando com um JV que a horas atrás estava feliz abraçado comigo na cozinha e agora se encontrava pensativo.

— Hey? –O chamo vendo meu irmão virar o rosto para mim enquanto sorri abertamente. — O que houve? –Me sento ao seu lado.

— Como a mamãe está? –Pergunta dunada.

— Bem por que? –Pergunto confusa.

— Nada só...quis saber. –Suspira.

— Olha JV eu sei que sente falta dela então...não acha melhor a visitar? –Faço carinho em sua bochecha com o polegar.

— E olhar pra cara daquele cretino? –Faz careta.

— Aquele cretino é nosso pai João Vitor. –Digo tentando não transparecer minha impaciência com esse cabeça dura.

— Não, ele é seu pai. –Nega.

— Você tem que entender Vitor que ele fez aquilo para te proteger. –Suspiro.

— Me proteger de viver a minha vida Emily? –Se levanta irritado.

— Viver a sua vida significaria usar drogas Imbecil? –Digo também irritada.

— Olha cada um cuida da sua vida tá legal Emily? E acho melhor você começar a cuidar da sua. –Passa a mão por seus cabelos os bagunçando.

— Acha que eu vou deixar o meu irmão ficar se drogando por ai? Você é meu irmão e eu tenho que cuidar de você independente se você é mais velho ou não, eu sempre irei cuidar de você João. E EU TE AMO DEMAIS PARA DEIXAR QUE VOCÊ FIQUE SE DROGANDO POR AI PORRA! –Grito a última parte me levantando e ficando cara a cara com você.

— Se me amasse de verdade não estaria cuidando da minha vida. –Vejo seus olhos se escurecerem e já sei que ele se drogou de novo. Merda, merda, merda mil vezes merda.

— Andou se drogando de novo João Vitor? –Olho no fundo de seus olhos vendo o vermelho e chego mais perto sentindo o cheiro de droga. Não sei definir bem de qual mais sei que é bem forte. — Eu não acredito. –Riu sem humor.

— E o que você tem haver com isso vadia? –Me arrepio e abraço meu próprio corpo pelo jeito que ele falou e o que ele falou. — Agora eu já entendi do por que seus pais não hesitarem em deixar você aqui.... –Gargalha alto. Acalme-se Emily seu irmão está drogado, nada que ele disser é verdade. Ou será que é? — Você não presta, é uma vadia sem teto que ainda mora com mamãe e papai. Você é um peso morto garota o que acha de morrer ãn? Não seria má ideia para mim, e acredito que para seus paizinhos também não. — Choro compulsivamente enquanto o bato, JV agarra meus pulsos forte e me joga de volta no sofá e sobe as escadas enquanto continuo jogada no sofá chorando e me lembrando de suas palavras.

E o que você tem haver com isso vadia?

Você é um peso morto garota...

O que acha de morrer?

Não seria má ideia para mim, e acredito que para seus paizinhos também não.

Você não presta, é uma vadia sem teto.

E acabo adormecendo no sofá enquanto choro...

(...)

Acordo com alguém falando ao telefone e esse alguém é o JV que parecia falar com algum dos vapores. Continuo fingindo que estou dormindo e fecho os olhos quando ele desliga o telefone e olha para mim. Ouço passos vagarosos virem até mim e acabo me encolhendo com medo de que ele ainda esteja sobre o efeito da droga.

Tudo Por ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora