Não acredito

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Alice
Quando eu cheguei na quadra, vi o Dudu sentado nas arquibancadas e bufei. Eu certamente não aguento mais isso. Eu só quero esquecer o Dudu, tirar ele da minha cabeça, esquecer aquela história estúpida de pré-adolescente que não sabe o que quer da vida. Sério! Pra mim isso já passou, mas não! Ele quer ficar revivendo o passado, mas que merda! Parece até dia de TBT.

- O que você que? - Cruzo os braços

- Conversar com você, ué!

- Dudu, sério mesmo.... Eu não aguento mais isso. Nós não somos mais crianças, deixa a história pra trás, o que já foi, JÁ FOI - Falo e rezo mentalmente pra essa obsessão que ele tem comigo acabe logo.

- Não, Lice - Dudu desce as arquibancadas lentamente - Eu gosto de você, e muito. Nunca parei de gostar.

- Okay, eu sinto muito mas eu não sinto o mesmo. Nem vou sentir, disso eu tenho certeza. Você me conhece o suficiente agora e me conhecia na época pra saber que se fosse embora naquelas circunstâncias, sem nem se despedir, eu não iria te perdoar, então, por favor, não desperdice nosso tempo. - Vou embora da quadra.


Isabela
Eu e Àghata, estávamos passeando, pela praça na hora do intervalo de cinquenta minutos.

- Isa? Aquele ali não é o Gui? - Aghata pergunta ao ver ele e Maria se agarrando num beco.

Eu vou até lá furiosa, e, infelizmente deixo minha casquinha cair no chão. Eu perdoei ele me traindo várias vezes, pelo amor que sinto por ele, que podem acreditar: é imenso, mas pela Maria, prefira ir para o inferno, e voltar com 30 pares de chifres, por mulheres qualquer.

- Guilherme?- Eu pergunto calma, com a lágrima já escorrendo.

- Não é nada disso amor, é que... - ele tenta se explicar.

- Não precisa! - Eu aumento o tom de voz - Eu te perdoei... Com todas até agora, mas ela?, Nunca! Você sabendo que eu quero que ela morra, que nos duas não nos gostamos.... Cansei de ser assim, sabe? Perdoar tudo e acreditar que você vai ter alguma consideração comigo algum dia. - Eu digo e vou embora.

- Ei?! - Maria me chama.

- O que tu quer? - Eu viro pra trás e a Àghata tenta né puxar, mas eu realmente quero saber o que a ariranha tem a dizer.

- Qual a sensação de ser corna? - ela pergunta provocando.

- Não sei..., Qual a sensação de ser amante?. De ser sempre a segunda escolha, de ser às escondidas, porque o cara tem VERGONHA de andar com uma vadia com você?. Vai! Me responde! - A gente bate de frente - Por que..., Assim, ser corna não é muito bom não, mas se eu e você engravidarmis, adivinha quem ele vai escolher??. A corna, por que a amante é SEMPRE, eu vou repetir, SEMPRE a segunda escolha, a que ele usa, abusa e depois joga fora! - Eu falo, jogo o cabelo na cara dela, e saio andando.

- Caralho Isa, já tava na hora. Sem querer te colocar mais pra baixo, mas o Gui sempre foi escroto e ninguém nunca entendeu você estar com ele todo esse tempo - Àghata exclama de felicidade.

- Eu sei... - Eu falo e saio andando com a Àghata de volta pra escola.

Amor, amizade e outras drogasOnde histórias criam vida. Descubra agora