Ela me odeia

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Eu tô uma pilha de nervos, vou conhecer os pais do Pedro hoje, eu acordei muito, muito, muito cedo mesmo, tipo umas cinco e pouca da manhã. Agora são 06:34 e Pedro ainda está dormindo. Eu to andando de um lado para o outro no quarto e ás vezes para pra olhar o Pedro dormir.
Eu mexo um pouco no celular para me distrair.
Quando da 07:00 em ponto, eu vou acordar Pedro (ou pelo menos tentar).
-Pê! - Chamo e ele que se mexe um pouco mas não acorda. - Eiiii! - Chamo um pouco mais alto. Ele abre um pouco os olhos que estão mais azuis do que nunca, isso sempre acontece quando ele acaba de acordar, eu gosto disso, sorriso sem perceber.
- Hum? - Ele resmunga abrindo um pouco mais os olhos.
_ Que horas seus pais vão desembarcar? - Pergunto passando a mão em seus cabelos pretos bagunçados.
- 09:45, tá muito cedo ainda... Vem dormir comigo mais um pouquinho - Ele fala voltando a fechar os olhos.
- Nãaoo - Grito e ele abre os olhos. - Já são 07:10, levanta e vai tomar banho, temos que chegar lá na hora!
- Tá cedo!
- Não tá não!
Ele levanta e vai caminhando até o banheiro. Enquanto ele toma banho aqui eu vou tomar no banheiro do corredor. Trinta minutos depois, quando eu volto já vestida (roupa na mídia), ele está só de bermuda passando a mão pelos cabelos molhados, como sempre faz.
- Ainda acho que está cedo demais...
- Se a gente pegar engarrafamento? - Pergunto nervosa. Ele ri da minha cara de desespero e chega mais perto de mim.
- Vai ficar tudo bem... - Ele fala me abraçando tentando me acalmar.
- E se eles não gostarem de mim?
- E o que a opinião deles importa? Quem está namorando é nós dois, mais ninguém, a opinião deles não vai afetar meu julgamento nem meus sentimentos sobre você.
- Pra você é fácil falar, meus pais te amam...
Ele sorri.
- Quem poderia culpa-los? Não tem como não me amar!
- Ah, é? Seu convencido!

Nós fomos de carro até o aeroporto e ficamos esperando uns 15 minutos até os pais deles aparecerem.
- Ali! - Ele aponta um casal e levanta. Eu levanto também com o coração batendo tal rápido quanto o flash.
- Pedro! - A mãe dele exclama e o abraça. Depois vem ao meu encontro me observa por uns três segundos - mas pareceu anos - E sorri, um sorrisinho bem mínimo, mas bom, até. Então ela me abraça. - Pedro falou muito de você, quando ele estava em Nova York conosco, sempre que estava no celular, conversava com você! - Ela fala ou sorrindo, mas acho que não foi de felicidade. - Como vão seus pais? - Perguntou ela. - Viajando, como sempre? - Perguntou. Nossos pais se conheciam, fazem negócios das empresas a anos, mas eu e Pedro só fomos nos conhecer depois, em um baile que teve da empresa e ele apareceu para representar a empresa dos pais, então trocamos nossos números e começamos a nós falar, na época eu namorava com o Logan ainda, então nem passava na minha cabeça ter outras coisas com o Pedro.
- Vão bem sim, viajando, claro! - Falo nervosa colocando as mãos no bolso de trás da minha calça. - É um prazer finalmente conhece-la - Falei sorrindo olhando para o Pedro que e abraçava o pai.
- Alice! - O pai dele deu um grito. - É um ótimo nome, sabia? Vou falar com seu pai a respeito depois, ele fez uma ótima escolha, qual o nome dos outros? - Ele perguntou se referindo a meus irmãos.
- Obrigada, É Violet, Luke e a Verônica... - Falei, e percebi que meu pai t em filhos demais.
- Hm, bem, não gosto muito de Verônica, é um nome muito forte para um bebê, essa que é a bebê, né? - Ele pergunta um tanto confuso.
- Sim, é ela, a mais nova!.
- Bom, é um prazer conhece-la!
- Igualmente, senhor Benson!
- Ora, me chame só de Conrad! "Senhor" me faz parecer velho - Ele fala rindo e eu assinto com a cabeça.
- Então, vamos? - Fala Pedro me abraçando de lado.
Então fomos todos até o shopping para irmos no Starbucks. E no carro, finalmente descobri do que se tratava a empresa do Conrad... Ele era dono de quatro filiais da Audi, em NY, Miame, e outras duas na Europa.

E eu entendi o porquê que eles trabalham tanto com os meus pais: meus pais investem na empresa deles (Pra quem não sabe meus pais são empresários e tem empresas em tudo qualquer lugar do mundo, por isso vivem viajando).
Chegamos lá e Pedro foi fazer os nossos pedidos, me deixando sozinha com seus pais.

Amor, amizade e outras drogasOnde histórias criam vida. Descubra agora