Amor, amizade e outras drogas

Carteirinha de Chernobyl

Alice

Já era segunda e estamos indo pra escola. Eu e Valentina ainda estamos brigadas, mas daqui a pouco a gente se resolve. Peter eu e Lucas já alugamos um apartamento lá perto da universidade para o próximo ano. Nós vamos depois só ano novo, porque lá às férias não são em janeiro, eles só tiram um recesso. Eu e eles vamos sair no final de semana pra comprar umas roupas de frio, já que temos umas duas peças de frio só, Rio de Janeiro é para os fortes, galera, 35° graus com sensação térmica de 40. Pedro não vai fazer faculdade. Meu pai e o Barry vão patrocinar ele com o lance da corrida. Ter o nome da empresa da minha mãe no uniforme dele e no carro vai gerar um alvoroço pra ele crescer mais rápido. Ele tá participando de algumas corridas pequenas, aqui no Rio de início. No fim do ano ele tem uma marcada na Espanha. O tio dele é investidor da equipe da Ferrari, e eles viram um vídeo do Pedro numa das pistas daqui e ficaram impressionados, no Domingo eles vão vim aqui ver o Pedro correr e vão decidir se vão patrocina-lo ou não.

- Você vai me ver no Domingo, né? - Pedro pergunta quando saimos do carro assim que ele estacionou na escola.

- Não vou perder isso por nada - Falo sorrindo. Seu braço passa ao redor do meu pescoço e ele sorri. Fomos em direção a mesa em que sempre sentamos e o pessoal já estavam lá rindo, como sempre.

- Até que em fim vocês chegaram! - Fala Àghata sorrindo.

- Achamos que iam se atrasar - Peter fala.

- Eu nunca me atraso - Garanto me sentando com Pedro.

- Do que vocês estavam rindo? - Pedro pergunta curioso.

- Ah! Lucas estava falando da primeira vez que foi pro Estados Unidos - Leah diz.

- É que eu não levei casaco o suficiente e meio que quase congelei - Soltei um risada abafada. Eu lembrava muito bem daquela história, eu estava lá.

- Saiu sangue do seu nariz e o sangue congelou - Soltei uma gargalhada - Só que congelou perto da sua boca e você tentou lamber, pra vê se derretia, só que só piorou a situação e você ficou com a língua grudada também - Falei rindo ainda mais.

- É! E todo mundo demorou pra me ajudar porque ficaram rindo da minha cara, que nem vocês estão agora! - Lucas tia sem humor e emburrou a cara que bem um bebê.

O sinal tocou e nós fomos para a aula. Quando entramos na sala, o grupinho do mal já estava lá, Nina em especial, estava sentada na minha cadeira, que era atrás da do Pedro, eu fingi não me importar e sentei em outro lugar. Pedro não se sentou lá, foi para cadeira atrás da minha. A aula ocorreu tranquila, eu anotei tudo e depois fomos para o primeiro intervalo.

- Como a Lúcia está? - Peter pergunta se referindo a minha piscicológa.

- Você pode perguntar pra ela, porque não vai na minha consulta no meu lugar? - Pergunto esperançosa.

- Hahaha, muito engraçado, mocinha, mas você não vai faltar, muito menos colocar pessoas no seu lugar para burlar as consultas! - Pedro me repreende. - Isso está te fazendo muito bem, e você sabe disso! - Ele passa os braços em meu pescoço.

- Sábado vou dar uma festinha lá em casa - Escutamos a voz conhecida e todos viramos. Nina. O trio enlouquecedor está parado de braços cruzados. - Vocês estão convidados - Ela lança um olhar de cima a baixo pro Pedro. - Incluindo você, Alice - Ela dá um meio sorriso e olha para todos dessa vez.

- Sábado a gente não pode - Pedro responde sorrindo - Eu e Alice, não sei os outros, mas se pá a gente dá uma passada lá. - Isso faz Nona estremecer.

- O que pode ser mais divertido do que uma festa? Acho que vocês podem fazer o que tem pra fazer no domingo, talvez, que tal? - Emma é quem fala dessa vez.