Ivan Volkov, consigliere da máfia russa, se encontra com Aleksei Baranov para uma reunião sobre uma visita de seus alunos na empresa de instrumentação cirúrgica de Ivan. Com um segundo encontro inesperado de Aleksei e Ivan ela o coloca sobre sua res...
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Ela simplesmente aparece no meu quarto, sentada na cama com aquelas botas incrivelmente sexy e o batom vermelho vibrante e cabelos negros brilhantes e acha que eu não vou ficar irritado por não ter as respostas que eu quero, e ela esta totalmente certa. Não há como ficar bravo com a visão que ela me da no momento, mesmo que a mulher tenha me irritado não me contando coisas importantes como: porque agora vou ter que ficar na sua casa? porque eu não posso sair da sua casa? ou porque eu estou aceitando isso tão bem?
- ta bom, você quer conversar vossa alteza? então vamos conversar. - digo com um leve tom de ironia.
- não seja irônico comigo Aleksei Baranov, não vai gostar do resultado se isso acontecer outra vez. - ela diz calmamente e eu passo a mão por meu rosto extremamente cansado.
- olha Ivanova, eu não sei o que diabos é tudo isso, não sei mesmo e nem quero saber na verdade, eu so quero ir para casa, voltar a dar as minhas aulas e poder sair sem uma ameaça de morte nas minhas costas.
- eu lamento mas isso não será possível. Você se meteu em algo que não deveria Aleksei e eu estou pagando por isso. Se sair dessa casa sem a minha proteção não vai sobreviver nem a uma hora porque eles estão la fora, espreitando você.
- Quem? Quem esta querendo me matar?
- Os que estão do meu lado e os que não estão. Ninguém é confiável além de mim nesse momento Aleksei, não pode confiar nem na sua própria sombra.
- então como espera que eu confie em você?
- não espero, isso é escolha sua, so quero que saiba que não vai sair daqui tão cedo, é meu protegido, virou meu dever e a minha honra proteger você e eu não vou deixar ninguém te machucar Aleksei.
- eu não sei se isso faz eu me sentir melhor Ivanova. Eu tenho uma vida sabia?
- a sua vida acadêmica será resolvida amanhã e eu tenho certeza que o senhor Kornov, o seu chefe, não irá me negar nenhum favor ainda mais com a divida de drogas em sua costas.
- espera, Samuel Kornov usa drogas? - pergunto surpreso.
- heroína. As marcas não ficam visíveis sobre o terno caro. - ela diz de forma obvia.
- eu não posso acreditar nisso. É surreal demais.
- a máfia é algo surreal demais Aleksei, terá que se acostumar por um tempo.
- pode me contar mais sobre isso?
- Aleksei você entrou no ônibus agora, não peça para sentar na janela até que esteja pronto. Se quer sair dessa logo é melhor não saber de nada. - o barulho de um telefone me tira a concentração até ver Ivanova levando o aparelho até o ouvido.
- o que é Yure? Sim, eu não dormi ainda. Yure quer que eu meta uma bala no meio da sua testa? Eu estou ciente desse problema. Yure amanhã nos conversamos sobre isso. - Ivanova desliga o telefone e volta a me olhar.
