CAPITULO CINCO

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—Penélope —

Mãe? Você está em casa? — Digo abrindo a porta da casa de meus pais. Eles haviam se mudado para a casa da vovó no Brooklyn. Ouço passos correndo e vejo minha linda irmãzinha, Marilyn e seus cabelos cacheados negros como os meus e os de nossa mãe correr de braços abertos gritando meu nome, — meu antigo, nome. —, pego ela no colo e ela me abraça forte e eu abraço ela de volta. — Tem alguém ficando pesada, eh?!— faço cosquinhas nela e ela ri. — Cadê a mamãe?

— Ela está no quintal, com a vovó Kristen. — Meu estômago caí. — Elas estão fazendo churrasco. — Ela diz segurando meu rosto com suas mãozinhas. — Você está triste? — Finjo um sorriso e nego com a cabeça. — Porque seus olhos tão vermelhos? Num fica triste, Cher. Maninha te ama. — Ela diz com sua voz de criança, e eu sinto vontade de chorar.

— A irmãzona também ama você. — Beijo sua bochecha, ela pede para descer, eu a coloco no chão e ela segura minha mão me arrastando para os fundos da casa.

Quando desço as escadas, dou de cara com minha mãe sentada em uma mesa de madeira, ao seu lado Cecília, a mãe de Melissa, e na churrasqueira, Kristen virando hambúrguer. Maggie também está por ali, e quando me vê corre e grita: — Madrinha! — Ela pula em meu colo, e eu a abraço a girando no alto.

— Penny, ela acabou de comer. Cuidado. — Minha mãe me alerta, e eu paro de rodar ela.

— Ei meu amor, como está o meu unicórnio favorito?

— Ei! E eu?!— Marilyn, puxa minha camiseta, e eu dou risada. Ela pede para eu pegar ela no colo também, e eu coloco uma de cada lado do braço. Loira e Morena. Meus anjos.

— Vocês duas são meus unicórnios. Pronto. Sem briga. Cadê meu beijo em dobro? — As duas beijam cada lado da minha bochecha ao mesmo tempo eu dou risada. — Cadê sua mãe, Maggie?

— Vovó? Você disse que mamãe foi aonde mesmo?

— Fazer as pazes com seu pai. — Cecília diz, quando eu me aproximo da mesa e coloco as duas criaturinhas em cima do banco vazio. — Ei Pennylane, como vai? — Ela pergunta assim que as duas descem do banco, e eu a abraço.

— Estou bem. — Respondo com um sorriso. Me aproximo de minha mãe que estava do seu lado e beijo sua bochecha. — Como está a mulher mais importante da minha vida? — Minha mãe abre um sorriso enorme e me abraça.

— Está bem. E você? Como está você?

— Estou bem, mãe.

— Tem certeza? — Ela olha em meus olhos. Eu faço que sim com a cabeça. — Vá falar com Kristen, ela realmente sentiu sua falta. — Olho minha mãe com receio. — Não faz isso com ela, o filho dela é uma pessoa, ela é outra, e ela te ama, como se você fosse dela. Vá falar com ela. Por mim? Por favor? — eu respiro fundo.

— Tudo bem. Mas você é muito má. Usando a carta de mãe comigo. — Ela me mostra a língua e eu reviro os olhos.

Eu caminho até a churrasqueira onde Kristen está, e vejo o quão tenso ela fica, — Porque ela está virando a mesma carne de hambúrguer desde que eu cheguei —, eu não falo com os pais dele, desde... que ele terminou comigo. Eu me afastei deles, na verdade, eu me isolei de todos que me lembrassem ele...

— Acho que esse já passou do ponto, Tia Kris. — Digo ao me aproximar, ela olha para a carne e a tira colocando em um prato, virando as outras coisas. — Mãe? — Ela olha para mim. — Você pode assumir a churrasqueira? Eu preciso conversar com a Tia Kris um minutinho. — Minha mãe se levanta de onde estava sentada, Kristen limpa suas mãos no avental, a tira e entrega a minha mãe quando ela se aproxima e eu nos conduzo para dentro da casa. Caminhamos em silêncio, até chegarmos, na sala e sentar no sofá, uma de frente para a outra. De repente a esse elefante na sala, e nenhuma de nós falamos por algum tempo, até que ela quebra o silêncio.

Sob o céu de Manhattan: Para sempre minha andorinha || LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora