—Lucas —
Tudo aconteceu tão rápido... em um momento nós estávamos andando para o jardim, onde aconteceria a festa de casamento, e uma chuva de flores de cerejeira caiam sobre a gente, e sorriamos uma para o outro e para as pessoas, e no momento seguinte, ouvi minha esposa reclamar de dor, e quando ela olhou para sua barriga, eu segui seus olhos e vi o sangue começar a cobrir a saia branca de seu vestido, enquanto ela desmaiava, e eu a pegava no colo de pressa.
— Lucas...
Foi a última coisa que ela disse, e após isso, um silêncio se formou, enquanto eu caminhava aos prantos com ela em meus braços. Os meus pés não pareciam ser rápidos o suficiente para chegar até o carro, cada passo parecia uma eternidade. Quando finalmente entrei com ela na Ranger Rover, pedi que Swe fosse o mais depressa o possível para o hospital. E os momentos seguintes foram agoniantes demais para qualquer ser vivo testemunha.
— Cherilyn, por favor, abra os olhos... eu preciso saber se você está bem... — Mas ela continuava desfalecida nos meus braços. Enquanto a segurava da maneira que podia. Os minutos pareciam horas, pelas ruas de NY, e quanto mais tempo ela permanecia apagada, mas eu temia.
Quando estacionamos no hospital, entrei com ela em meus braços, pedindo ajuda. E logo apareceram com uma maca ali, e a deitei com cuidado.
— Ela está grávida de gêmeos! Por favor, salvem minha esposa e meus bebês! — Os enfermeiros a entubam, e seguem com ela para corredor a dentro e eu tento segui-los, mas, sou impedido.
Meus pais e meus sogros chegam minutos depois, junto com meus amigos. E eu atravesso todos eles, até estar abraçado a Matt, meu irmão e melhor amigo.
— Matt, eu não sei o que aconteceu... ela não acordou em nenhum momento até aqui... O que está acontecendo? — Estou aos prantos desesperado.
Ele segura meu rosto com as mãos e encosta sua testa na minha.
— Ei! Me escuta, ela vai ficar bem! Está me ouvindo? Ela e os bebês! — Concordo com ele. — Eu te amo, irmão! Estou aqui com você. Nós estamos. — Ele aponta para nossos amigos e família. E eu o abraço.
Cheryl tomou as rédeas, no quesito de preencher os prontuários do hospital e dar informações sobre Cher aos médicos, eu não estava em condições, nada fazia sentido para mim. Eu andava de um lado para outro na sala de espera, e não aguentava mais aquilo. Sentia que a qualquer momento iria surtar e quebrar o hospital inteiro de raiva e frustração.
Meus filhos e minha esposa! Eu não posso viver sem eles!
Matt tentou fazer com que eu bebesse chá para me acalmar, mas nada além de água, descia pela minha garganta. Eu estava à beira de um ataque de nervos, sem ter informações sobre minha família. Estava pronto para entrar pela porta que vi levarem Cherilyn, quando o médico, apareceu por ali.
— Como ela está? Ela está bem? E os meus filhos? — Disparei.
— Se acalme. Nós estamos fazendo o possível para ajuda-los. — Ele diz, e minha sogra aparece ali do meu lado, e segura minha mão. — Sua esposa teve um descolamento de placenta.
— E o que é isso?! — Pergunto exasperado.
— É uma complicação grave, mas incomum da gravidez. — Grave, mas incomum. Meu Deus! — A placenta é um órgão redondo e achatado que se forma durante a gravidez, com a função de nutrir e fornecer oxigênio ao bebê. — Ele continua. — O descolamento da placenta é um problema de gravidez em que a placenta se separa demasiado cedo da parede do útero.
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Sob o céu de Manhattan: Para sempre minha andorinha || LIVRO 3
RomanceHá 5 anos atrás Lucas tomou a decisão mais idiota de sua vida: Fazer com que Cher o odiasse para que ela aceitasse a oferta de roteirizar sua primeira série no: Texas! Cherilyn pegou todos os pedaços de seu coração que ficaram espalhados pelo aeropo...