CAPITULO TRINTA E TRES

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—Lucas —


DIARIO DE GESTAÇÃO 12 semanas. (Quase 3 meses)

Anjo? — Chamo da sala.

No banheiro! Cher estava fazendo muito xixi. Tipo, MUITO! Eu não imaginava que dentro de um ser do tamanho dela pudesse haver tanto líquido.

Apareço na porta do banheiro que estava aberta, e ela está dando descarga. Ela lava as mãos e sorri para mim quando vê meu reflexo no espelho.

— Você está bem? — Pergunto a ela.

— Estou. Só ansiosa. — Ela se vira para mim e eu beijo sua boca. — Nós vamos ouvir o coração do bebê hoje!

Eu estava tentando mostrar a ela tranquilidade, mas não estava nada tranquilo. Porra, era o coração do meu filho/a que eu iria ouvir, pela primeira vez! É algo muito importante. Limpo uma lágrima do meu olho, me sentindo emocionado.

— Acho que é verdade o que eles dizem. — Ela envolve seus braços em meu pescoço e eu me inclino para beija-la.

— O que eles dizem?

— Que quanto maior a conexão do casal, mais sintomas de gravidez o parceiro tem. E você está aí, todo choroso por que vai ouvir o coração do seu filho/a.

— É um pedaço meu, que está aí dentro de você, anjo. Não fica zoando com a minha cara. — Merda! Eu quero parar de chorar igual uma criança!

— Não fica chorando. Eu vou chorar também. — Dou risada. — Nós vamos ser os pais mais babões, Lucas.

— Vamos mesmo. Você está pronta? — Pergunto a ela.

— Mas a consulta é as 10hrs da manhã. Ainda são 8h30.

— Relógio que atrasa, não adianta. Melhor chegarmos antes do que depois.

Ah, mas...

— Cher, não seja teimosa. Vamos. — Beijo ela.



Eu tinha toda razão em sair mais cedo de casa, do trajeto até em a clínica onde faríamos o ultrassom, Cher me fez parar para comprar churros e sorvete. E eu a fiz tomar mais água. Ouvi em algum lugar que ajudava na hora do ultrassom.

— Vou pedir a Dra. Satine para me indicar uma nutricionista. Quero saber direitinho o que você deve comer para ajudar no desenvolvimento do bebê.

— Lucas... Não. — Cher diz assim que estacionamos o Comet.

— Que mané "Lucas, não", o quê!! — Fecho a porta do carro, e me aproximo dela, arrumo seu casaco, e beijo sua testa. — Eu quero que tudo dê certo. Quero fazer isso direito. Você pode se irritar comigo o quanto quiser, mas vai me agradecer quando nosso bebê nascer saudável.

Ela bufa.

— Você vai me irritar a gravidez toda, não vai? — Ela faz um bico.

Unhum. — Eu a beijo. — Mas só porque te amo. E amo nosso filho. Vem. — Entrelaço nossos dedos e entramos no prédio.

Informamos nossos nomes na recepção, e atendente diz para sentarmos e aguardar, Cher pergunta se havia um banheiro por ali, e ela indica o final do corredor.

Sob o céu de Manhattan: Para sempre minha andorinha || LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora