CAPITULO TRINTA E SETE

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—Lucas —


DIARIO DE GESTAÇÃO — 20a semana (4 meses)

Cherilyn, seus bebês até o momento estão saudáveis, e tranquilos. Você ver aqui, — A Dra. Satine aponta na tela de ultrassom — que cada um está em uma posição. Vocês querem saber o sexo? Ou preferem esperar para quando nascerem?

Oh, não, a gente quer saber agora. Somos um casal ansioso! — Eu digo.

Satine sorri.

— Bom, vocês foram abençoados. É um casal. — AI MEU DEUS!

— Não desmaia, Lu. Pelo amor de Deus! — Cher segura minha mão.

Eu beijo sua testa e sua boca.

— É um casal, babe... um casal! — Ela chora, e eu choro junto.

A Dra., limpa o gel da barriga de Cher, e abaixa seu vestido tampando sua barriga. Ajudo minha noiva a se sentar na maca.

— Continue fazendo a dieta, que você vem fazendo. Não há necessidade de você comer por três. Lembre-se, quanto melhor você se alimentar, menos transtornos vai ter durante a gestação. — Ela diz a Cher, que assente com a cabeça.

— Se depender de mim, ela vai comer só coisas saudades. Apesar dos desejos mirabolantes.

Cher revira os olhos.

Ah, pára! Nem te pedi nada tão fora da caixa assim...

— Claro. Viajar até o Texas para te trazer costelas ao molho barbecue, não é nada demais... — resmungo.

— Qual é graça de ter um jatinho se você não pode usá-lo?

— Qual a graça de ter um vinil raro do David Bowie, e nunca ter escutado?

— Você me pegou. — Ela ri.

— Vejo que vocês mantêm o bom humor e o clima leve entre vocês. Isso é muito importante para o desenvolvimento do bebê. — Ela sorri.

E então eu faço a pergunta, de uma preocupação que vem rondado minha cabeça.

— Dra. Satine, nós temos essa grande coisa, que acontecerá, na segunda semana de novembro, o nosso casamento. — Eu começo. — Cher quer que seja na praia, mas estou com pé atrás por causa do vento do outono e a proximidade do inverno, e talvez não faça bem para os bebês e para ela, pegarem tanta friagem. O que você acha? Tudo bem casar na praia, ou devemos esperar até a primavera? — Eu pergunto.

— Desde que você se agasalhe e se hidrate o suficiente, não há risco algum. — Ela olha para Cher. — Mas não é o indicado, por causa da temperatura muito baixa. Pode deixar sua pele ressecada, o que pode lhe trazer algumas dores de cabeça.

O sorriso de minha noiva murcha. Eu sei que ela queria um casamento à beira mar. Mas não podemos colocar em risco à saúde dos bebês, e ela sabe disso.

— Nós vamos ter que mudar o local, Lu. A Mel vai ficar irada. — Ela diz sentida.

— É o nosso casamento! Nós podemos mudar quando quisermos. — Digo a ela com um sorriso, e ajudo a descer da maca.

Nós saímos da sala de ultrassom e entramos no consultório da doutora.

— Nós já temos uma data prevista para o nascimento dos bebês. — A doutora diz. — Pode ocorrer entre a segunda e a terceira semana de fevereiro. — Ela nos entrega alguns papéis referentes ao próximo pré-natal, e nos libera. — Nos vemos em breve.

Sob o céu de Manhattan: Para sempre minha andorinha || LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora