CAPITULO SETE

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—Penélope —

As três olham para mim mais brancas que velas, e piscam algumas vezes.

— Eu estou perdida. Peraí... — Luna diz e arregala os olhos para mim, quase fazendo com que eles pulem cara dela.

— Eu não estou me sentindo bem, Lana. A gente pode ficar? — Bob finge estar passando mal e põe a mão na testa.

— Você é péssima atriz. — Digo a ela.

— Vamos gente. Penny tem que trabalhar, e nós temos que beber. Bora! — Lana diz puxando as duas, e Luna continua a olhar para mim do mesmo jeito, e eu não consigo evitar de rir.

— Para de me olhar assim! Está me dando arrepios! — Lucas está encostado em uma das pilastras da sala, olhando a cena toda aos risos.

Elas passam por ele, mas a única que fala alguma coisa é Luna. — Faz qualquer coisa para magoa-la de novo, e eu invado seu hotel e te mato dormindo, vadia! — Ela aponta dois dedos para os olhos dela depois para ele.

— Vem, Luna! — Lana diz puxando ela, que continua a fazer o mesmo gesto para Lucas até o elevador se fechar.

— Desculpa por isso. — Eu digo. "Miaau", Romeu aparece por ali, e se mete entre os pés de Lucas, e ronrona.

— Ei garotão. — Ele o pega no colo. — Como você está? — "Miau" — Eu to bem também. Ta cuidando bem da sua dona? — "Miau" — Legal.

— Vocês se conhecem? — Eu pergunto quando ele solta Romeu no chão e ele nos segue enquanto caminhamos para o meu quarto.

— Conheci ele um dia desses quando trouxe Bob bêbada para casa. — Suas mãos estavam dentro dos bolsos da calça jeans preta.

— Eu vou pegar meu notebook e a gente pode sentar lá no deck. Tem uma mesa lá, e a vista talvez nos dê inspiração. — Entro no meu quarto, e Lucas fica parado encostado na soleira da porta, eu visto um casaquinho preto, pego o notebook e o carregador, e uma caixa de som Bluetooth, e peço para ele me seguir até o deck. Lá eu coloco o note sobre a mesa, e o conecto no carregador, conecto a caixinha de som Bluetooth, e deixo OneRepublic tocando baixinho no aleatório. — Você trouxe um pendrive ou algo do tipo? — Ele tira um pendrive do bolso e eu conecto no note. — Vamos fazer o seguinte, a gente vai arrumando o que tiver para arrumar hoje, e quando você se cansar. Eu salvo no seu pendrive e você analisa no seu hotel, ok?

— Por mim a gente faz tudo hoje. Eu quero te ajudar.

— Não. — Eu digo — Claro que não, algumas coisas um escritor precisa fazer sozinho. — Explicou a ele. — Mesmo que te estresse e te irrite.

— Mesmo assim. Eu insisto, enquanto você tiver disponibilidade, eu sou seu.

— Desculpa, mas eu me recuso. Eu posso dar conta disso sozinha. Você tem um set inteiro para se preocupar.

— Eu esqueci disso...— Ele diz coçando a bochecha.

— Disso oque? — Pergunto ajeitando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Você é muito generosa com as pessoas. Prefere se estressar sozinha do que deixar as pessoas passarem raiva.

"Eu te odeio! "

As palavras ecoam em minha mente. Ele continua tão lindo quanto a 5 anos atrás, um pouco mais velho, e incrivelmente mais musculoso. Mas é o mesmo rosto, angelical de menino.

— Vocês querem algo? — Clarice me tira de meus devaneios.

— Eu quero donuts, com muito chocolate, você pode comprar para mim? — Pergunto a ela, e ela concorda. — E café? Também?

Sob o céu de Manhattan: Para sempre minha andorinha || LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora