—Lucas —
Ouço choro de bebês, e me levanto assustado da poltrona do quarto deles, pego um e depois o outro, e torno a me sentar na poltrona, enquanto balanço meus bebês e encaro o quarto vazio.
— Papai está aqui... está tudo bem...
Tenho um sobressalto, e percebo que cochilei na cadeira com a cabeça escorada na maca onde Cherilyn ainda permanecia imóvel. Eu sonhei... Balanço a cabeça e esfrego meus olhos. Me levanto da cadeira, beija a testa de Cher.
— Ei, bela adormecida... estou esperando você... — Seguro sua mão e a beijo. — Volta para mim, por favor?!
A porta do quarto se abre, e revela minha sogra. Ela segurava um copo de café em sua mão.
— Ei, Lucas, trouxe café para você. — Ela me entrega um copo. — Quer comer alguma coisa? Matt está aí, posso pedir para ele te trazer algo.
Balanço a cabeça negando.
— Obrigada, Cheryl, de verdade, mas estou sem fome. — Bebo do café, e o líquido quente, desce por minha garganta despertando meus sentidos. — Você viu os bebês? O médico disse alguma coisa?
— Não. Eles continuam estáveis. — Ela respira fundo. — Eles devem ficar alguns meses aqui, Lucas. — Concordo com a cabeça. — Porque você não vai vê-los? Pode ser bom para eles e para você, huh!?
Balanço a cabeça e respiro fundo.
— Me chame qualquer coisa, ok? — Digo a ela.
— Pode deixar. — Ela me diz com um sorriso terno.
Saio do quarto, e encontro Matt escorado do lado de fora da porta segurando uma sacola bege. Comida saudável. Eu reconhecia a logo do restaurante que costumo comer quando estou em Manhattan.
— Vem, vamos comer, depois vamos ver seus bebês. — Ele me abraça pela cintura e beija minha cabeça.
— Se eu não disse muito recentemente, saiba que eu te amo, mano. — Ele ri
— Sem momento de menininha, princesa. — Empurro ele de lado aos risos.
— Idiota. — Digo a ele.
— Vadia. — Ele responde.
•
Estávamos no refeitório do hospital comendo, eu estava contando para Matt o sonho que tive mais cedo.
— Cara, foi muito real.... — Eu continuo. — Eu estava lá no quarto deles, lá na casa de praia, sozinho, com eles nos meus braços...— Tomo do suco verde. — Matt, sinceramente, eu não sei se posso fazer isso sem ela. — Aperto meus lábios.
— Você não vai, mano. — Ele diz mordendo seu sanduíche. — Você está com medo, está tendo esses sonhos porque teme pela saúde dela e dos bebês. — Diz enquanto mastigava. — Os bebês estão estáveis, Cherilyn está estável. — Ele toma de seu suco de laranja. — Você só precisa ser paciente.
— Pediu paciência para pessoa errada. — Digo a ele.
— Eu sei. Mas acho que você deveria praticar.
Depois que almoçamos, nós fomos dar uma volta pelo hospital, até estarmos no estacionamento, porque Matt queria fumar. Enquanto ele fumava, imaginei as várias situações em minha mente, se eu seria um pai viúvo bom para meus filhos. Se conseguiria dar conta com as coisas de menina quando Skyla estivesse na idade, e vi que não sei de metade disso, eu seria um péssimo pai, sem Cherilyn. Olho para os céus, e respiro fundo, deixando a brisa fria resfriar meu rosto. Deus? Qual é cara? Não me puna desse jeito... eu não mereço isso, meus filhos não merecem isso. Eles precisam da mãe deles, e eu também. Mais do que tudo nessa vida.
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Sob o céu de Manhattan: Para sempre minha andorinha || LIVRO 3
RomanceHá 5 anos atrás Lucas tomou a decisão mais idiota de sua vida: Fazer com que Cher o odiasse para que ela aceitasse a oferta de roteirizar sua primeira série no: Texas! Cherilyn pegou todos os pedaços de seu coração que ficaram espalhados pelo aeropo...