AVISO: CONTÉM GATILHO DE SUICÍDIO.
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—Penélope —
O pesadelo da noite passada ainda me assombrava, eu ainda sentia a agonia de ser tirada às pressas de dentro da banheira, quando tudo o que eu queria era ficar ali...
Mas agora, eu olhava a mão de Lucas sobre a minha, enquanto ele mantinha o braço ao redor da minha cintura. Ele estava dormindo, ele não me deixou quando dormi... Ele ficou, e nesse momento eu me sentia segura, me sentia a salvo, e tudo parecia certo. Mas é certo? Depois de todo esse tempo, e de tudo o que aconteceu, é certo? Eu sei que tenho coisas que preciso contar para ele, mas depois que ele souber... eu duvido muito que olhe para mim do mesmo jeito... Ele não vai entender, eu sinto isso. Um suspiro triste escapa dos meus lábios, me traindo enquanto eu tentava fingir que ainda estava dormindo, só para não ter que deixar de sentir o que estava sentido com Lucas me abraçando.
— Cher? — Lucas me chama com a voz rouca de sono.
— Eii... — Me viro para ele. — Bom dia. — Os cachos de seu cabelo estavam em sua testa, e seu rosto amassado. Ele parecia um anjo, de tão lindo. Esses olhos, que ultimamente estavam esverdeados... me deixando ser ar... Merda!
— Bom dia, linda. Está tudo bem? — Me pergunta esfregando os olhos.
— Sim. Está tudo bem. — Sorrio. — quer que eu prepare o café da manhã? — afasto seu cabelo do rosto e ele fecha os olhos.
— Não. Eu quero ficar aqui. — Ele beija minha mão. — Apenas olhando para você. — Borboletas, parem de voar no meu estômago!
— A gente precisa comer alguma coisa. — Digo a ele. — Não é você quem dizia que todas as refeições são importantes para saúde? — Ele me deita na cama, fica sobre mim, apóia o cotovelo no colchão ao do lado do meu corpo, e a cabeça na mão. E sorri. Pare de sorrir, inferno! Você é lindo sorrindo!
— Você tem razão. Mas eu quero ficar aqui com você. — Ele toca o indicador no meu nariz.
— Porquê? — Pergunto.
— Por que você é linda. E não me canso de olhar para você. — Ele é muito bom nisso... muito, muito bom...
— Você quer fazer alguma coisa? — Ele pergunta com malícia, e eu engulo seco.
— Tipo o q-quê? — Minha voz me trai quando ele se levanta avançado em minha direção, e beijando meu pescoço.
— O que você quiser...— Ai Deus! — O que você quer fazer, Cher? — Pergunta em meu ouvido.
Eu respiro fundo, sentindo meus pelos se ouriçarem.
— Banho. — Digo empurrando ele, me levantando da cama. — Eu quero tomar um banho. É isso que eu quero fazer. — Saio do quarto ouvindo as gargalhadas de Lucas.
Inferno de homem!
— Sexta-feira, aeroporto de Vancouver, por volta das 11 da manhã...
— Vocês podem fazer o que quiser no chalé, só não coloquem fogo! — Lucas diz com um sorriso. — Vou passar o fim de semana em LA numa conferência, e darei algumas entrevistas sobre o filme com Holland e Lerman. Eu devo voltar na segunda de manhã, mas vou tentar voltar no domingo à noite, para você não ficar sozinha. Tudo bem? — Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.
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Sob o céu de Manhattan: Para sempre minha andorinha || LIVRO 3
Roman d'amourHá 5 anos atrás Lucas tomou a decisão mais idiota de sua vida: Fazer com que Cher o odiasse para que ela aceitasse a oferta de roteirizar sua primeira série no: Texas! Cherilyn pegou todos os pedaços de seu coração que ficaram espalhados pelo aeropo...