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O Harry saiu do meu escritório e não sei pra onde foi, fechei a porta do mesmo e chorei muito. Eu não sei do que ele é capaz de fazer, tem muitas possibilidades;
Se drogar - check
Matar - check
Espancar - check
Entrar em brigas - check
Se... - meu pensamento é interrompido por um barulho vindo do meu celular, um "plin", que significa que eu recebi uma mensagem, uma mensagem do desconhecido.
Desbloqueei a tela do celular e olhei para o ecrã diversas vezes tentando me acalmar. Pressionei na mensagem e vi a foto que me mandaram, muito compromissoria. Revi diversas vezes, não queria acreditar que era verdade.
Uma foto da pessoa que eu amo com uma das vadias, não reconheci se era a Paige ou a Briia, mas provavelmente deve ser a Paige, os seios são demasiados pequenos para ser da Briia.
Acho que morri e renasci, que horror. Queria "desver" isso.
Não me conti e derramei muitas lágrimas, estavam na parte de trás da casa, eu percebi, vou ser quem sempre sou, eu sempre fugi e dessa vez não mudará, mas não vai ser bem fugir, eu vou sair da casa, com todos vendo, não vou permitir me atingirem. Fui ao quarto que antes era o que eu ficava sozinha, no começo de tudo e peguei umas malas minhas que ficavam ali, fui com elas em direção ao quarto meu e do Harry e que agora será somente dele e coloquei todas as minhas roupas nas malas, algumas roupas eu coloquei no meu quarto quando solteira e outras na mala. Fui até o quarto das pequenas e disse que precisava viajar, aceitaram e a Emma perguntou porque eu não a levaria, eu disse que eu não podia a levar. Dei beijinhos nela e ela em mim e dei às outras meninas. Fui ao quarto das adultas loucas que são minhas BFFs, o quarto da festa do pijama e dei Tchau à todas, disse-lhes para cuidar da Emma e contei a história toda, não sei quem é o número, mas saberei mais a diante, assim espero. Falei que iria para casa do Austin até me acalmar. Mas eu não iria para lá.
Fui descendo as escadas devagar e então no meio delas recebi outra mensagem do desconhecido, ele me mandou outra foto como aquela, mas dessa vez identifiquei a garota como a Briia. Chorei mais do que já estava chorando.
Guardei o celular na bolsa e continuei com o meu caminho pelas escadas.
Desci todas elas, portanto cheguei lá em baixo. Fui à cozinha, peguei um copo e enchi-o de água, bebi e lavei o copo. Estava nervosa, joguei um pouco de água no rosto e saí da cozinha, dando de caras com Loki, Evan e Dan, dei-lhes tchau e eles perguntaram se eu estava bem e porque estava chorando, eu disse que não era por nada de especial e que estava bem.
Fui para a sala e então vi os meninos, menos o Harry, dei-lhes tchau e eles perguntaram o motivo do meu terrível estado. Eu disse-lhes para perguntarem às meninas e elas lhe diriam. Dei abraços à todos e eles me disseram para ser cuidadosa e ver o que faço, cuidar de mim mesma.
Fui em direção à porta e quando a abri me bati com o Harry suado e isso me enojou, ele olhou assustado para mim e eu recuei, todos saíram da sala naquele momento. Então ele perguntou;
Harry: O que faz com essas malas?
- Vou viajar. - respondi seca.
Harry: Não vai não.
- Vou e você não vai me fazer desistir.
Harry: Não vá.
- Eu vou e essa conversa acaba aqui.
Fui saindo da casa e esbarrei nele, não lhe dei importancia, continuei andando de cabeça erguida, olhei para os lados e vi as duas vadias sorrindo satisfeitas com um sorriso enjoado no rosto. Eu poderia vomitar se olhasse para elas novamente, mas não o farei. Senti meu braço sendo agarrado e puxado para dentro da sala, eu já estava com lágrimas nos olhos novamente, por ver elas.
Olhei para o ser que me puxou e empurrei-lhe, ele segurou meus cotovelos com força e me obrigou a olha-lo. Olhei-o nos olhos e chorei mais ainda. Ele fez uma feição de quem estava com um misto de preocupação com supresa e susto, talvez. Perguntou;
Harry: Por que está chorando?
- Por sua causa, agora me deixa ir.
Harry: Porra! O que eu te fiz caralho?
- Tudo o que não deveria ter feito, me raptou, me sequestrou, me estrupou, matou minha alma, reconstruiu-a, matou-a novamente, me fez te amar, me fez te odiar, me fez voltar, me bateu, me fez te bater, me amou, me deu uma filha que é a coisa mais importante da minha vida, me fez se sentir amada, me fez pensar que estávamos juntos, me fez achar que dava para te deixar como uma pessoa normal, sem matar pessoas, sem nada do tipo, sem ser como um serial killer, me fez desejar estarmos juntos eternamente e me traiu, destruiu meus sentimentos novamente e será sempre assim, você me mata, depois me ressuscita, depois me mata de novo, me tortura sempre e eu continuo te amando, quando no começo eu te odiava. Não se pode mudar um serial killer, não se pode mudar um maníaco, nem um obcecado. E o pior, você não mata pessoas, mata almas.
Ele recuou e eu saí correndo da sala chorando, saí da casa e entrei num range rover cinza, ainda prefiro o preto, mas essa vai ser a de agora. Quando ele percebeu o que fiz saiu correndo da casa e me gritou e eu acelerei mais ainda o carro.
Desistiu, ele não foi atrás de mim, então ele não me ama, vou voltar e levar a Emma comigo, tem de ser assim.
Ainda tenho que achar um lugar para ir, preciso achar. Não posso ficar dormindo num carro e não quero ir morar com o Austin, é muito longe.
Fui até o aeroporto e a história iria se repetir, mas dessa vez eu não iria para o Hawaii e nem para os EUA, continuaria na Inglaterra, mas em Holmes Chapel.

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Baby Doll
FanfictionEle é perigoso Ela é curiosa Ele é malvado Ela é bondosa Ele é um suposto maníaco Ela é uma querida Ele teve um passado tenebroso Ela teve um passado triste Ele é um badboy Ela é uma goodgirl Por causa de uma loucura ambos viverão juntos, mas não si...