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Uma semana.

Uma semana que estou em Holmes Chapel, já fui à casa buscar umas roupas da Emma, mas ninguém me viu, só as meninas - mais velhas -. Hoje vou buscar seus brinquedos numa mala e trazé-la. Não voltaremos tão cedo pra lá.

Fui ao aeroporto e fiz o chek-in. Tive que esperar chamarem o meu voo e rumo à Londres...

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Cheguei, abri a porta, eu tinha uma chave, havia bebidas alcoolicas espalhadas por todo lado e um ser de cabelos castanhos encaracolados e corpo alto e grande deitado no sofá com os seus olhos verdes mais escuros que nunca.  Ele estava estranho, até demais. Cheguei mais perto e sem querer tropecei numa garrafa de cerveja cujo nome não sei, fez barulho e quando levantei minha cabeça não deu nem tempo para raciocinar direito, fui empurrada contra a parede, encurralada, estou como; entre a espada e a parede. Sinto-me assim. Olhei para as suas esmeraldas que se encontravam escuras e suspirei, meu coração batia aceleradamente e minha respiração estava um pouco irregular, ele tinha os seus olhos penetrados em meu rosto, parecia querer decorá-lo, balançou a cabeça e olhou para o meu corpo, segurei seu rosto e o abracei, ainda estava chateada com ele, claro, mas o amor não pode acabar em tão pouco tempo, certo? 

Ele correpondeu ao abraço e depois nos separamos, ambos olhamos um nos olhos dos outros, ele então começou a beijar o meu pescoço e eu não poderia me deixar levar, coloquei minhas mãos em seu peitoral empurrando-o, mas este não se mexeu, apenas segurou meus pulsos e disse;

Harry: Senti saudades.

Começou a atacar os meus lábios, e eu percebi que ele estava muito bêbado, era um misto de menta com fumo e bebida, não era bom, mas também não era um gosto ruim, era o gosto do Harry estando estranho. Sei lá, não consigo definir. Mal pensar eu consigo direito sentindo seus lábios em sincronia com os meus.

Mas consegui pensar, Eu não posso fazer nada com ele, vim para buscar a Emma, somente isso.

Então saí de perto dele e disse;

- Eu até tenho saudades suas, mas não deveria, se quer, dirigir a palavra à você.

Harry: Volta pra cá. Onde você está vivendo? Como?

- Eu até te digo se me deixar em paz.

Harry: Não prometo nada.

- Aé. Esqueci que estava falando com um serial killer. 

Harry: Porra! Eu mudei, não sou mais o mesmo! Ok? Entende isso, volta logo pra cá. Por que fugiu? Eu já disse que te amo. Eu te traí sem querer, estava com a cabeça quente. Olha o que faço sem você - apontou par a sala cheia de cigarros e bebidas - Sou um completo desgraçado sem você, sou um pai horrível, eu não queria ser assim, mas você me faz tanta falta e eu não me controlo.

- Ah Harry... Olha ao ponto que você chegou. Pára com isso! Pára de ser assim! Tenta mudar porra! Só tenta! Por mim, por nós.

Harry: Eu estou tentando. Agora me diz, está precisando de algo? Onde está vivendo? 

- Harry, eu não preciso de nada vindo de você e a propósito, eu moro em Holmes Chapel. Satisfeito?  - ficou meio nervoso -

Harry: Holmes Chapel??

- Sim! Agora... Onde está a Emma?

Harry: No jardim! Vai levá-la?

- Sim! Ela é minha filha.

Harry: E minha também. Você não cometeu o ato sexual sozinha... - fez um sorriso malicioso.

- Okay, okay. Nossa... Agora se despeça dela.

Harry: Quando você volta?

- Não sei, não vou demorar, mas não significa que vai ser tão rápido.

Harry: Okay!

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Fomos ao jardim e nos deparamos com a Emma sentada na grama sorrindo e vendo as nuvens. 

Ele se despediu da Emma e eu fui pegar a sua mala, saímos da casa, nos despedimos de todos e fomos ao aeroporto.

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Conversamos  a viagem toda e finalmente o táxi chegou na nossa casa. Entramos e começamos a arrumar as coisas, depois conversamos, comemos, tomamos banho, assistimos desenhos e dormimos. Hoje foi um grande dia.

Baby DollOnde histórias criam vida. Descubra agora