Meeting the evil in person (Parte 1)

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Após uma semana desde o ocorrido do vídeo, eu finalmente decidi voltar para a escola.

Peguei minha mãe de surpresa ao descer as escadas com a mochila pendurada no ombro direito, mas ela sorriu logo em seguida. Quando me examinou melhor, seu sorriso desapareceu ao parar no meu rosto. Eu não a culpava. Eu estava péssima. Não tinha feito minha limpeza de pele, nem arrumado o cabelo, pouco importava minha aparência nesse exato momento.

Minha mãe se aproximou de mim e segurou meu rosto entre as mãos. Suas palmas estavam quentes e o calor era reconfortante, tanto que meu corpo relaxou um pouco.

 – Não dê-lhes  o prazer de ver que ainda está deprimida, _______. Você é uma garota forte, já enfrentou coisas piores que isso. Tente fazer novos amigos. – ela beijou minha cabeça. – Tenho um bom pressentimento sobre hoje.

 – Queria ter o mesmo entusiasmos que você, mãe. – confessei e abracei-lhe. – Farei o possível, eu prometo. Vejo você mais tarde?

 – Talvez, mas avisarei caso aconteça algum imprevisto. Iniciaremos buscas para procurar as pessoas desaparecidas.

 – Ah, sim. Espero sinceramente que encontre-as.

 – Eu também, querida. – ela suspirou. – Agora, é melhor ir se não quiser se atrasar.

Forcei um sorriso e acenei, antes de sair pela porta. Coloquei meus fones de ouvido e liguei a música no volume máximo. As músicas de rock me deixavam mais relaxada, mesmo sendo agitadas. As harmonias entre as guitarras me causavam arrepios e essa era uma sensação muito satisfatória para mim. Com a música alta, eu não era obrigada a falar com os outros ao meu redor. Mas isso não durou por muito tempo.

Assim que pisei no pátio da escola, senti vários olhares em mim. Olhares curiosos e surpresos. Algumas das líderes de torcida correram até mim e me abraçaram forte. Retribui a maioria apertado. Por mais que não fossemos tão próximas, elas ainda eram minhas companheiras e a maioria me deu apoio depois do último jogo. Disseram que a torcida não era a mesma sem mim e eu sorri timidamente, algumas ainda se importavam comigo.

Me contaram que Nila assumiu a liderança quando fiquei fora, mas como os testes para novas líderes de torcidas entrarem estavam perto, iriam escolher por meio de votação novamente. Eu ainda não tinha certeza se voltaria para o time, a menos que tivessem um bom motivo. O sinal bateu e eu me despedi das outras sem muitos rodeios. Quando passei pelo time, vi Nila e Alec abraçados. Eles estavam escorados no carro de Alec e quando me viram, arregalaram os olhos. Fiz a expressão mais despreocupada que pude e segui até a minha sala.

A aula de química era sempre realizada em dupla e assim que cheguei na sala, vi que todos já tinham seus pares. Apertei a alça da mochila pensando seriamente em ir embora, até que vi uma garota sentada sozinha na última mesa do lado da janela. Me aproximei lentamente, nada confiante e isso atraiu a atenção da garota.

 – Posso me sentar com você? – quase sussurrei, mas ela sorriu docemente.

 – É claro! – ela retirou sua mochila da cadeira vaga e eu me sentei. – Sou Amanda, muito prazer!

Eu a olhei e não pude deixar de retribuir o sorriso. Foi o sorriso mais sincero que dei desde o jogo.

 – _______.

Quando ela se virou para frente, prestei mais atenção nos traços de seu rosto. Ela tinha uma aparência perfeita. Pele pálida, olhos castanhos esverdeados atentos, lábios carnudos, cabelos castanhos claros que caiam sobre seus ombros e um corpo de dar inveja. Muito bonita, sem dúvida. Ela sentiu meu olhar e sorriu de canto enquanto pegava suas coisas. Desviei o olhar constrangida e peguei meus materiais assim que a professora entrou na sala.

Prision of Blood || Imagine JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora