Prision of Blood || Imagine Jungkook

Let's have dinner together

A semana seguiu normalmente. Tirando as partes em que Jungkook ficava tirando onda comigo, a semana foi muito tranquila. Eu e Amanda nos tornamos grandes amigas também. Sentávamos lado a lado em todas as aulas que tínhamos em comum. As coreografias para o teste das líderes estavam completas e confesso que estávamos confiantes.

Assim que me sentei em uma das mesas do refeitório para comer, coloquei meus fones e dei uma mordida na minha maça. Estava concentrada na minha parte favorita da música, quando alguém espalmou suas mãos na minha mesa. Quase caí por conta do susto e retirei meus fones.

 – Só pode estar brincando comigo... – suspirei ao ver que era Jungkook na minha frente. – Precisava atrair os olhares de todos aqui no refeitório?

 – Vamos jantar juntos. – ele me ignorou e se sentou na minha frente.

 – Como é? – perguntei surpresa. – Por que isso do nada?

 – Você disse que queria me retribuir de algum jeito. – ele sorriu. – Fiquei pensando a semana inteira sobre isso e já me decidi. Eu quero te levar para jantar e não aceito não como resposta.

 – E precisa ser um jantar?

 – É mais romântico.

 – Desde quando você se importa com romance?

 – Desde que conheci você. – ele falou indiferente e senti meu coração palpitar. – Vamos hoje, depois do seu teste pro time. Passo na sua casa às oito em ponto.

 – M-mas eu...! – ele se levantou e deu meia volta. – Jungkook!

 – Não aceito não como resposta! – ele falou meio alto e saiu do refeitório.

 – Porcaria, Jungkook... – murmurei enquanto pegava minhas coisas e saía também.

***

As líderes de torcida estavam reunidas no campo, enquanto os garotos do time se aqueciam para treinar. Amanda e eu estávamos lado a lado e observávamos Nila enquanto ela falava sobre o teste. Olhei por cima do ombro e pude ver que os times dos garotos estavam sendo divididos. Jungkook e Alec foram colocados como capitães, acho que era uma estratégia do treinador. Provavelmente, aquele que liderasse o seu time da melhor maneira, seria o novo capitão. Sorri de canto, Alec poderia dar adeus à sua posição.

Nila começou com os testes. As primeiras garotas tinham tudo para ser líderes, menos a habilidade de dança. Das dez meninas, três se destacaram até o momento. Finalmente, chegou a vez de Amanda. A música começou tocar e Amanda dançou como se ela fosse um componente essencial da música. Eu já tinha visto seu jeito de dançar, mas agora ela parecia ter melhorado em um velocidade impossível.

Quando terminou, todas as líderes de torcida, bateram palmas animadas e isso significava que ela já fazia parte do time. Por último, foi a minha vez. Percebi que Nila me encarava, como se não lembrasse de que eu dançava muito melhor que ela. Ela estava confiante e eu estava disposta a quebrar essa sua confiança. Quando minha música começou, dei o melhor de mim. Eu me sentia em uma competição onde era tudo ou nada. Eu caprichei nas piruetas e aberturas de pernas, usei toda a minha energia. Assim que a música acabou, fiz a posição final e todas as meninas correram até mim, me dando tapinhas nas costas. É, eu era a capitã novamente.

Nila me encarava com fogo nos olhos, mas eu a ignorei totalmente. Trocamos de lugar uma com a outra, fui para a frente e ela se juntou com as outras. Agradeci as participantes que não conseguiram entrar e as encorajei para uma próxima vez. Parabenizei as novas integrantes e por fim, direcionei a palavra para Nila.

 – Nila. – chamei e a encarei, forçando um sorriso em meu rosto. – Obrigada por cuidar da minha posição enquanto estive fora, não precisa mais se preocupar com ela.

Ouvi alguns risos das meninas e fiz o máximo para poder segurar. A cara que Nila havia feito foi hilária.

 – Como serão os horários de treino? – uma delas perguntou.

 – Se todas estiverem de acordo, seguiremos com o mesmo cronograma. – falei. – Isso também pode dar alguma motivação para o time. – todas concordaram. – Muito bem, vamos fazer o alongamento básico e depois podem ir para casa.

Fizemos um círculo e alongamos nossos braços e pernas, depois, cada uma pegou suas coisas e foi para casa. Disse para Amanda que ela podia ir na frente, eu precisava ajeitar minha mochila e fazer uma lista das garotas que precisavam de uniforme. Me sentei no banco de madeira e comecei a escrever em uma folha do meu caderno.

 – Posso me sentar com você? – reconheci a voz de Alec.

 – Não. – continuei olhando para o meu caderno e vi seu corpo se abaixar na minha frente.

 – Por que não me deixa explicar? – comecei a guardar minhas coisas e me levantei. – ________, por favor!

Ele segurou meu braço.

 – Me solta, Alec. – o encarei com raiva.

 – É por causa dele, não é? – ele apertou meu braço. – É por causa do Jungkook.

 – Jungkook não tem nada a ver com isso! – tentei me soltar de seu aperto. – Ele não estava aqui quando você me traiu.

 – Precisa se afastar dele, ________. – ele tentou se aproximar. – Não gosto do jeito que ele olha para você.

 – E como ele olha pra mim? – perguntei firme, ele estava me assustando.

 – Como se estivesse prestes a te devorar ou te machucar. – ele se aproximou ainda mais e segurou meu outro braço com a mão livre. – Tem que me ouvir, você precisa!

 – Alec, solta! – ele apertava cada vez mais. – Está me machucando.

 – Ela mandou soltar! – Jungkook socou Alec no queixo e ele caiu no chão.

Segurei meu braço direito, que foi onde ele mais apertou e fiquei atrás de Jungkook. Alec se levantou lentamente e olhou uma última vez para nós, antes de sair correndo. Engoli em seco e Jungkook se virou rapidamente. Fechei os olhos e apoiei minha cabeça em seu peito, tentando lutar contra minhas lágrimas. Jungkook colocou uma mão em minhas costas e a outra em minha nuca, me puxando para mais perto.

 – Ele te machucou? – perguntou Jungkook, suavemente.

 – Não mais do que já machucou. – minha voz estava embargada e ele suspirou. – Por um segundo, tive medo do que ele iria fazer comigo.

 – Ele não vai fazer nada enquanto eu estiver por perto, não vou deixar. – ele me afastou o suficiente para pegar minha mochila e a colocar nas próprias costas. – Venha, vou levar você para casa. Acho que seria mais aconselhável se ficasse em casa hoje.

 – Pensei que iríamos jantar hoje a noite. – falei enquanto nos aproximávamos do seu carro. – Está voltando atrás?

 – Não é isso. – ele suspirou. – Estou preocupado com você e não quero forçá-la.

 – Se eu não quisesse ir, você saberia. – entrei e ele fez o mesmo.

 – Está finalmente admitindo de que quer sair comigo. – ele sorriu malicioso.

 – Estou, mas não se acostume. Vai ser só um jantar, nada mais.

 – E se eu não quiser que esse seja o último?

Corei e sorri enquanto abaixava o vidro da minha janela.

 – Aí você vai ter que me dar um bom motivo para sairmos novamente.

Ele riu e eu me arrepiei.

 – Não vai ser uma tarefa difícil então.