Sons?

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– Então ele está de volta. – uma voz masculina disse.

Meu ouvido estava zunindo e parecia que a voz estava muito distante.

 – Não me lembro dele ter olhos laranjas da última vez. – outro respondeu. – O que acha que é?

 – Não sei, mas espero que ele não tenha perdido a memória como das outras vezes. Quase perdemos todos os vampiros da última vez.

 – As histórias são verdadeiras então. – houve uma pausa. – O Conselho foi quase submetido a extinção por um único vampiro.

 – E ficamos cara a cara com o responsável.

Novamente, houve um pequeno momento de silêncio. Esse foi o suficiente para a minha audição voltar ao normal.

 – O que você acha que vai acontecer com elas? – um voltou a perguntar.

Eu podia sentir os meus calcanhares doendo. Eu não estava no chão, era como se eu estivesse pendurada de cabeça para baixo. Minha cabeça doía pela pancada que levei e sentia que tinha algo prendendo a minha boca.

 – Não estou nem aí para elas. – o outro respondeu. – Eu só quero o dinheiro que a Mira prometeu.

Meus olhos se abriram lentamente, mas eu mal conseguia enxergar alguma coisa ao meu redor. Tentei mover meus braços, foi uma tentativa falha, pois eles estavam amarrados atrás das minhas costas. Pisquei algumas vezes e notei que tinha outro corpo ao meu lado. Forcei o máximo que conseguia da minha visão e quando vi, era Amanda que estava pendurada. Tinha sangue escorrendo de seus braços e tinha um corte no canto do seu rosto. Os ferimentos deveriam ser recentes, pois estavam demorando para fechar.

 – Uma acordou. – ouvi um dos homens falar e olhei para baixo. – Justo ela.

Observei o outro pegar uma madeira grande e andar até perto de mim. Arregalei os olhos e tentei soltar meus braços o mais rápido possível. Quando vi que o homem tentou acertar a madeira na minha cabeça, eu consegui desviar por poucos milímetros. Seus olhos ficaram vermelhos e ele apertou a madeira na sua mão até ela se quebrar.

 – Desce as duas. – ele falou e o homem cortou as cortas que mantinha eu e Amanda penduradas.

Caímos com tudo no chão, mas Amanda não teve reação alguma. Ela estava me preocupando e seus ferimentos ainda estavam abertos, alguma coisa não estava certa. Tentei me mover e senti uma forte dor nas costelas. Vi o homem que estava com a madeira se aproximar e agarrar meu pescoço. Ele me levantou rapidamente e dava para perceber que os meus pés estavam bem longe do chão. Meus pulmões começaram a se fechar, implorando por ar. Um sorriso nada gentil apareceu em seu rosto e ele me arremessou contra um árvore. Minhas costas colidiram brutalmente com a madeira seca, o que ocasionou a sua queda até o chão.

Quando caí no chão, eu não tinha nem forças para me mover. Nem os meus gemidos dolorosos conseguiam sair. Vi o outro homem correr até mim e se abaixar ao meu lado.

 – Pega leve. – ele falou. – Precisamos delas vivas.

 – Pouco me importa o estado delas. – o outro respondeu. – Se a Mira demorar muito, não vou me responsabilizar.

O homem que estava ao meu lado pegou a ponta da corda que prendia os meus pés e me arrastou para perto de Amanda. Ela respirava pesadamente e isso me fez questionar quando foi a última vez em que ela se alimentou. Ouvimos passos cada vez mais próximos e os dois ficaram na nossa frente. Tentei erguer e minha cabeça o máximo que pude para ver quem era, mas o homem que tinha me arremessado contra uma árvore pisou na minha cabeça.

Pelo canto do olho, consegui ver que era dois rapazes, completamente vestidos de preto que tinham se aproximado. O cheiro deles eram diferente, mas eu não conseguia me concentrar para saber qual era.

Prision of Blood || Imagine JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora