Meu corpo começou a queimar por dentro. Mira estava com o olhar fixado em mim e não era possível imaginar o que se passava em sua cabeça naquele momento. Um sorriso iluminou seu rosto e as íris em seus olhos se tornaram negros.
– Sinto o calor vindo do seu corpo, _________. – ela riu e vi que chamas negras começaram a rondá-la. – Você não é a única que tem habilidades especiais.
Pelo canto do olho, pude ver Jungkook acabando com os dois vampiros que seguravam Sebastian. Mira estendeu a mão e as chamas das tochas começaram a flutuar em direção à sua mão. Quando mais se aproximavam, sua coloração passou de alaranjado para negro. Chamas negras. Arregalei os olhos e olhei ao redor, não havia mais nenhuma chama normal para que eu ocupasse. Mira sorriu e lançou suas chamas ao redor de Jungkook e Sebastian. Os dois ficaram de costas um para o outro e se aproximaram, para evitar o contato com as chamas.
Cerrei os punhos e olhei desesperada ao redor. Eu precisava de fogo, não vou conseguir fazer nada sem ele. Quando voltei minha atenção para Mira novamente, ela estava andando em minha direção. Com ou sem fogo, eu ainda sei lutar.
– Agora é só nós, Mira. – levantei os punhos e ela sorriu.
– Não, ________. Acha mesmo que tem alguma chance contra mim? – ela direcionou algumas chamas na minha direção. – Eu sou uma das originais, não pode me vencer!
– Do que você está falando?
– Você não sabe de nada. – ela olhou para Sebastian e Jungkook. – Nenhum de vocês sabem. Serão ingênuos até o fim das suas vidas miseráveis. Tudo acaba aqui. – voltou a me olhar. – E agora.
Senti a tatuagem em meu antebraço arder. As palavras da mãe de Jungkook começaram a rondar na minha mente "quando a hora chegar, você vai saber". Fechei os olhos e respirei fundo. As chances de eu me machucar eram grandes, mas eu precisava arriscar tudo agora. Vou fazer ela sofrer toda a dor que causou aos outros. Mira vai se arrepender.
– Eu não vou permitir, Mira. – abri os olhos e olhei para minha tatuagem, ela estava brilhando e não ardia mais. – Se quiser acabar com tudo, vai ter que me matar outra vez.
– Não vai ser diferente das outras vezes e você sabe disso. – ela riu e começou a mexer a mão. As chamas que a rondavam começaram a tomar a forma de uma cobra enorme, esta que até precisou das chamas que cercavam Jungkook e Sebastian. A cobra abriu a boca, permitindo que eu visse suas enormes presas que soltavam uma espécie de sombra, exatamente igual àquela que saiu dos olhos de Jungkook. Mira tocou o corpo flamejante da cobra enquanto me olhava e sorriu. – Espero que goste do jantar, Sombra.
A cobra sibilou e avançou rapidamente na minha direção. Olhei para Jungkook e Sebastian.
– Preciso de fogo! – gritei e eles assentiram.
Comecei a correr da cobra, me desviando de seus botes agressivos e venenosos. Mira apenas ria da minha situação e pela primeira vez, eu não a culpo, ela sabia que eu não tinha chances de lutar contra aquela cobra. Eu tinha um plano, mas precisava do fogo e estava torcendo para que os rapazes não demorassem muito com isso. Olhei por cima do ombro e vi que a cobra estava prestes a dar o bote novamente. Desviei o olhar por breves segundo e vi que, Jungkook e Sebastian, acenderam uma fogueira enorme.
Sorri e estendi a mão. A tatuagem voltou a brilhar novamente e eu repeti os mesmos movimentos que Mira fez com a mão. Quanto mais o fogo se aproximava, mais branco ele ficava e assumia a mesma forma de uma cobra. Sorri satisfeita e, quando a cobra estava completa, esta atacou a que me perseguia. O sibilo da cobra negra foi agudo e quando vi, a minha cobra tinha abocanhado seu corpo de chamas negras. A cobra de Mira parou de se mover em pouco tempo e a cobra branca virou a cabeça na minha direção. Ela rastejou até mim e posicionou seu corpo atrás do meu. Sua cabeça estava baixa o suficiente para que eu tocasse nela. O calor das chamas subiu pelos meus dedos e percorreu cada centímetro do meu corpo. Era uma energia tão pura e boa que nem eu mesma sabia que poderia existir.
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Prision of Blood || Imagine Jungkook
أدب الهواةFicamos em silêncio por um tempo. - Você não me disse seu nome. - olhei para frente e só então percebi o que disse. - Não pensei que estivesse interessada em saber disso. - ele falou indiferente e finalmente olhou para frente. - Tem razão. - enca...