O Corvo e o Lobo 2 - A magia do Caos

Invasores

Boa Leitura

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O castelo estava vazio, sendo que por algumas regiões que passávamos víamos sinais de destruição causadas por batalhas, como estatuas em pedaços e quadros rasgados com marcas de garras, em certos pontos haviam rastros de sangue também. Pelo o que pude entender pela exaltação de Erigor e dos outros guardas, a comunicação entre os membros da Ordem havia sido cortada de alguma forma.

Para que não percebessem nada estranho, buscava imitar as mesmas reações dos outros soldados que checavam seus comunicadores e celulares em busca de informação, dei a desculpa que havia esquecido meu comunicador no alojamento. Erigor me deu um pequeno sermão sobre responsabilidades, que deveria estar sempre com meu comunicador, porém disse que mesmo se estivesse ele seria tão útil quanto os outros.

Inclusive os soldados de Semíramis não sabiam ao certo o que estava acontecendo, apenas presenciaram quando a barreira protetora caiu e uma movimentação estranha começou no castelo, logo em seguida ouviram explosões e sons de intensas batalhas, foi quando decidiram entrar no grande salão.

Mesmo perante a uma suposta ameaça, os membros do conselho permaneciam calmos, apenas discutiam sobre quem poderia estar por trás do ocorrido, ou o que.

Semíramis andava de mãos dadas com a garotinha de cabelos loiros, sendo escoltada por seus soldados, enquanto Kenan e Lórien concordavam com a teoria de que feiticeiros poderiam estar por trás de alguma espécie de rebelião, devido aos acontecimentos recentes.

Com a queda da barreira de proteção qualquer um poderia se teletransportar para ilha, porém não acredito que fariam isso, nem mesmo uma grade rebelião seria capaz de lutar contra os membros do conselho, o que significa que outra coisa era responsável pelos ataques.

Não saber como Charlotte estava me deixa ainda mais angustiado, me perguntava se ela também havia sido atacada, se tivesse com certeza ela saberia se virar, mas isso não mudava o sentimento ruim que sentia. Além que não sabia por mais quanto tempo conseguiria manter este disfarce, sinto que já estão começando a desconfiar, principalmente Caitlin, que me observa discretamente.

Parte de mim acreditava que era apenas coisa da minha cabeça devido a tudo que estava acontecendo, mas outra parte dizia para que eu corresse e desse um jeito de encontrar Charlotte, estava pensando seriamente sobre a segunda opção, precisava apenas aproveitar o momento certo.

Enquanto atravessávamos um grande salão dourado, em direção a um portal que levasse os membros do conselho em segurança para um local protegido, nos deparamos com um grupo de soldado da Ordem lutando contra uma criatura monstruosa. Não sabia com certeza qual era o seu tamanho mas provavelmente chegava a quatro metros ou mais, seu corpo era composto por partes de diversos corpos humanos, agonizando em sofrimento, como se tivessem sido absorvidos pela criatura.

—Um demônio. —Disse Lórien. —Conjurando um escudo envolta dos membros do conselho logo em seguida, fazendo com que seus olhos antes acinzentados ficassem azulados.

Os elfos possuem uma magia diferente dos feiticeiros, não precisam de um guardião e poucas vezes recitam seus feitiços, pois retiram, seu poder do próprio planeta, a magia existente no ar e a na terra, assim como a energia da vida dentro de todas as criaturas.

O demônio era extremamente musculo e deformado, onde coisas parecidas com chifres saiam de sua carne, formando uma espécie de armadura óssea. Dois soldados tentaram escalar sofre aquela montanha de chifres para que de alguma forma conseguissem quebrar a armadura ou gerar algum tipo de ferimento sobre a carne, porém uma das pequenas faces ao redor da cabeça principal da criatura cuspiu um liquido ácido sobre seu rosto fazendo com que o soldado caísse gritando de dor. Ele foi socorrido rapidamente por seus companheiros, no entanto já era tarde demais, seu rosto já estava completamente derretido, restando apenas seu crânio exposto.