Abra Os Olhos Pequeno Corvo

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Capitulo um pouco longo demais só que não ficaria bom se eu separasse em dois e acho que vocês também não iriam gostar muito kkkk Ainda mais levando em conta que apartir de agora os capítulos voltaram a ser narrados pelo Neron.

Boa leitura

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Narrador Neron

Minha cabeça estava girando e um zumbido estranho ecoava em meus ouvidos. Quase fiquei sego quando abri os olhos devido à grande quantidade luz que entrava por grandes janelas de vidro, levei alguns segundos para me acostumar com a claridade, identificando aos poucos o lugar aonde estava. Haviam várias macas ao meu redor como se estivesse em um hospital; Soro entrava pelas minhas veias, talvez seja isso que me deixava tão sonolento, algum tipo de medicamento.

—Ai!

Quando tentei me sentar senti um forte ardor em meu peito, como uma queimadura feita por água quente, porém quando abri a camisa clara que vestia, percebi o que havia causado aquela dor. Um cristal roxo no formato de um losangulo estava colado em meu peito, suas bordas eram douradas e a pele que entrava em contato com ele estava queimada e dolorida, como se estivesse sido colocado ainda quente sobre mim.

Uma mulher vestindo um vestido simples com cabelos amarados entrou no salão empurrando um carrinho de limpeza, talvez ela pudesse me dizer que lugar era esse.

—Ei você, aonde eu estou? —Minha voz saiu mais baixa do que esperava, nem ao menos sei se a mulher conseguiu me ouvir mas assim que olhou para mim se assustou, saindo correndo logo em seguida. Ela parecia estar com medo.

Voltei a ficar sozinho naquele lugar, sentia como se estivesse na enfermaria de uma igreja ou castelo, não sei se acharia mais estranho essas teorias ou o fato der haver tentas macas e eu ser o único paciente. Várias pilastras seguravam o teto formando arcos cuidadosamente esculpidos, somando aos grandes lustres que traziam certa luxuosidade aquele lugar.

Forçava minha mente a me lembrar de como havia parado ali, mas estava tudo em branco como se ela tivesse sido formatada por alguém que não entendia nada de computadores ou de mentes. A última coisa que lembrava era de estar com Jonathan, algo me preocupava mas não consigo me lembrar do o que era. Quanto mais tentava me lembrar mais minha cabeça latejava em protesto, o ultimo nome que veio em minha mente foi o de Medusa, talvez ela tenha algo a ver com isso e com o cristal em meu peito.

Coloquei a mão em minha cabeça, buscando de alguma forma juntar os fragmentos de memória que ainda me restavam, foi quando a porta de madeira que dava acesso aquele salão foi aberta às pressas, chamando minha atenção.

Como foi bom enfim ver um rosto conhecido em meio a toda aquela estranheza, Serafim permaneceu parada por alguns segundos apenas me encarando com o rosto surpreso, será que eu estava com algo grunado no rosto? Enquanto tentava procurar algo para que pudesse ver o meu reflexo, Serafim se aproximou correndo, me prendendo em um forte abraço.

—Ei o que está acontecendo? —Perguntei tão surpreso quanto ela havia ficado quando me viu pela primeira vez.

Serafim sempre foi muito carinhosa, mas aquilo era um pouco estranho, ela estava tão emocionada e me prendia tão forte em seus braços como se quisesse ter certeza que eu era mesmo real.

—Eu te amo filho. —Disse entre lágrimas, o que achei ainda mais estranho.

—Calma, calma, eu também te amo mãe. —Respondi tentando confortá-la de alguma forma.

O Corvo e o Lobo 2 - A magia do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora