Olá, pequeno gafanhoto!
Como já devem ter percebido, isso não é um capítulo. Eu, mais do que ninguém, gostaria que fosse.
Acho que perceberam que nunca tive problema em falar sobre os meus transtornos, sempre que possível eu falava sobre isso nas notas dos capítulos e onde mais precisasse, o fazia por acreditar que poderia ajudar outras pessoas. Lembro que uma das coisas mais desesperadoras no auge da minha doença foi não saber o que tinha, ou porque me sentia daquela forma, e queria que ninguém jamais se sentisse como eu me senti naqueles dias.
Bem, infelizmente, aqueles dias voltaram para mim e, embora eu saiba qual é o meu problema, não deixa de doer. É uma daquelas fases sobre as quais falei algumas vezes, em que nada me deixa feliz e tudo parece nublado, pálido e sem sentido. Foi uma piora gradativa, começou em meados de Julho do ano passado e se agravou nos meses seguintes, até chegar ao ponto em que me encontro: não consigo manter a concentração, porque minha cabeça não desacelera, minha mente é bombardeada por múltiplos pensamentos vinte e quatro horas por dia, e eu alterno períodos em que acho que posso escrever, ler, pintar, desenhar, fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo e períodos em que mal consigo sair da cama e cuidar de mim mesma.
Nas fases eufóricas eu escrevo muito, faço muita coisa, produzo milhares, literalmente, de textos, notas, esboços e pequenos poemas em poucos dias; chego a ter dezenas de ideias para livros em minutos, as ideias brotam na minha mente delineadas com princípio, meio e fim, personagens com personalidades definidas, cenas e diálogos estourando como flashes na minha cabeça... São fases em que funciono a todo vapor, minha mente explode em ideias... Então paro bruscamente e, quando paro, mesmo as tarefas comuns, que as pessoas realizam normalmente todos os dias sem nenhum esforço, parecem muito dispendiosas e difíceis para mim. Em certos períodos eu durmo muito, em outros passo dias seguidos sem pregar os olhos, minha memória parece envolta em névoa e sequer consigo manter uma conversa simples.
Tudo é triste e feio e sem cor.
Conforme mergulhava mais fundo na depressão, piorei do TOC, perdi muito peso, meus cabelos começaram a cair aos montes e voltei a vomitar quase tudo que como, entre outras coisas. Retornei ao médico, pois a coisa estava feia mesmo, e fui diagnosticada com mais um transtorno – quem sabe algum dia eu fale sobre isso, este não é o momento adequado e não me sinto confortável. Iniciei o tratamento há uns 15 dias, porém o remédio demora a fazer efeito e as doses precisam ser cuidadosamente ajustadas, sem contar que me deixa dopada, anestesiada, provoca ainda mais náuseas e deixou minha pele cheia de erupções e feridas, até nas pálpebras.
Esta nota está meio confusa, mas é como a minha cabeça está no momento. Então, peço que relevem. Não estou conseguindo escrever normalmente, nem me expressar de forma correta.
Indo direto ao ponto, queria avisar que vou me afastar do Wattpad por um tempo. Faz meses que deixei as outras redes sociais, não queria fazer o mesmo com o Wattpad, afinal eu amo escrever e isso aqui é importante para mim. Mas preciso de uma pausa, pela minha saúde. É momento de me dedicar ao tratamento, à terapia e tentar ficar bem.
Saibam que vocês são leitores lindos e eu sou infinitamente grata pelo tempo que tivemos aqui. Me afastar foi uma decisão complicada, pensei muito acerca de postar ou não uma nota sobre isso, e decidi que devia uma explicação a cada um de vocês. Não quero falar muito, pois percebi que sempre que alguém fala sobre problemas mentais ou emocionas a maioria das pessoas trata isso como bobagem ou desejo de chamar atenção. Então, vou deixá-los com o resumo acima.
Eu peço desculpas pelos comentários e mensagens não respondidos, não estava mais dando conta. Sinto muito.
Obrigada por tudo que me proporcionaram. Vocês são parte do meu sonho!
Amor, Naah!
Ps.: é a mesma nota em todos os livros, não precisa reler, okay.
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Viola e Rigel - Opostos 1
Teen FictionSe Viola Beene fosse um cheiro, Rigel Stantford taparia o nariz. Se ela fosse uma cor, ele com certeza não a usaria. Se fosse um programa de TV, ele desligaria o aparelho. Mas ela era apenas uma maluca expansiva e sorridente que infernizava a sua vi...