Se Viola Beene fosse um cheiro, Rigel Stantford taparia o nariz. Se ela fosse uma cor, ele com certeza não a usaria. Se fosse um programa de TV, ele desligaria o aparelho. Mas ela era apenas uma maluca expansiva e sorridente que infernizava a sua vi...
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— Que cara é essa, Viola? Levanta daí, está um dia lindo lá fora, não faz o menor sentido ficar trancafiada neste quarto. — Lilian insistiu, sentada na velha poltrona branca que ficava no meio do meu quarto.
— Não é nada, só estou com um pouquinho de dor de cabeça.
— Ele não respondeu a sua carta não foi? — perguntou num tom irritado.
— Nenhuma delas. — murmurei, apertando um travesseiro contra o peito.
— Ai, meu Deus! Não me diga que escreveu mais de uma!
— Cinco, eu escrevi cinco cartas e não obtive uma única linha que fosse em resposta.
Ela deixou a poltrona e se sentou ao meu lado na cama.
— Viola, isso foi idiotice.
— Eu sei. — assenti baixinho.
— Garotas não devem demonstrar seus sentimentos tão escancaradamente como você faz. Não é legal.
— Eu sei. — repeti, ainda mais baixinho que da primeira vez. — É só que eu não consigo evitar. Eu gosto dele e quero que ele saiba disso.
— Acredite em mim, ele sabe.
— Você acha?
— Eu tenho certeza.
— Se ele sabe por que não respondeu nenhuma das minhas cartas?
— Presta atenção, você precisa encarar os fatos, Rigel Stantford não vale a tinta que você gastou para escreve-las.
— O Oli não é uma pessoa ruim, é só um pouco difícil e tem aquele ar meio arrogante, isso acaba passando uma imagem errada dele. — disse, roendo as unhas.
Lilian puxou a minha mão e me olhou feio.
— Não faça isso, suas unhas já estão suficientemente horríveis.
— Talvez ele estivesse ocupado demais para respondê-las.
— Ocupado? Fazendo o quê? Jogando tênis naquele projeto de castelo de Windsor que ele chama de casa? Encare os fatos, aquele babaca não respondeu suas cartas porque não quis respondê-las, Viola. Porque é um idiota que só pensa em si mesmo. — ela falou, me deixando um pouco desconfortável. Eu não gostava nada quando meus amigos começavam a chamar o Oli por nomes como idiota, babaca ou qualquer outra coisa que não estivesse em seu certidão de nascimento. — No ano passado, quando me falou dele, pensei mesmo que se tratasse de alguém especial, mas foi só conhecê-lo para perceber que o Jason e o Arnie estavam certos. Ele é só um garoto arrogante e estúpido. Você merece muito mais do que tem recebido, merece alguém que goste de você de verdade, alguém que se importe com você.
— Ele gosta de mim, Lilian, eu sei que gosta. — balbuciei com a voz meio embargada.
— Você acredita realmente nisso? — perguntou, como se duvidasse muito que o Oli pudesse realmente gostar de mim.