Capítulo 27

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Oi coisas lindas! Eu dei uma sumidinha rápida né? Tava estudando um pouco e fazendo minhas tarefas da faculdade, mas já estou aqui de volta então não se preocupem! Esse capítulo tá um pouco menor, mas os próximos vão voltar ao tamanho normal.
Boa leitura!

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— Ele salvou a vida do nosso filho e você está tendo uma crise de ciúmes?! Francamente Hoseok! – Limpei meu rosto com o lenço sobre a mesinha de centro da nossa sala de estar.

Ja estávamos em casa, fomos embora da festa as pressas com Wonho até o hospital, mas não passou de um susto, ele já estava no quarto dormindo em seu berço novo e maior, avulso a discussão que eu e meu namorado começamos assim que chegamos.

Eu estava fervendo de raiva, era pra ter sido o melhor dia da vida do nosso filho, e por puro ciúmes e a vontade infantil de provar algo óbvio, ele havia estragado tudo.

— Ele fez aquilo pra aparecer, não para ajudar Wonho! – Gritou antes de virar para a janela.

Aquela conversa não nos levava a lugar nenhum, eram só gritos e uma vontade incontrolável de agarrar aquele homem e o estrangular e depois beijar o rostinho lindo e então voltar a estrangular.

— Se Wonho está bem no quarto dele agora é graças a esse exibido! Então pelo menos seja grato e vá pedir desculpas por ter dado um soco nele! – Me levantei irritado pronto para ir ao nosso quarto.

— Ele estava merecendo esse soco a muito tempo – Não mostrou nenhum arrependimento no tom da voz.

Eu odiava aquele lado de Hoseok, odiava tanto que sentia medo, e isso me machucava, sentir medo de quem mais amo era assustador e sufocante.

Ri desacreditado indo finalmente para o quarto, pegando minha mochila, a enchendo de roupas minhas, colocando tudo o que achava necessário, sem dar importância para ele que ainda estava virado em direção a janela, fui até o quarto de Wonho, pegando algumas roupas suas e arrumando tudo em uma bolsa pequena para irmos à casa da minha mãe.

Não suportava mais nenhum segundo brigando, então iria tirar um tempo de tudo, peguei meu celular e minha carteira olhando minhas coisas para ter certeza de que não estava esquecendo nada.

— O que está fazendo? – Parou na porta do quarto.

Seus olhos estavam vermelhos e cansados, aquela era a pior face de Hoseok, eu estava estragando a sua vida e sempre soube, eu estava o deixando daquela maneira, se eu não tivesse o visto naquele dia, ele estaria muito melhor sem mim, muito mais feliz.

Por isso precisava ir embora.

— Vou dormir na minha mãe, eu pedi pra ela vir me buscar – Fechei a mochila de Wonho procurando pela mantinha amarela preferida dele.

— Vamos conversar – Respirou fundo.

— Não quero – Parei o que fazia o encarando. — Eu já te disse, eu te avisei milhares de vezes, mas mesmo assim tudo o que eu ganho são seus surtos de ciúmes desnecessários, por alguém que nunca deu motivo – Apontei o dedo em sua direção tentando não falar alto.

— Hyungwon, me desculpe – Tentou se aproximar mas eu apenas voltei a procurar a manta o ignorando.

— Eu só preciso de um tempo, Hosoek – Achei o tecido amarelo. — E não é pra mim que você deve desculpas – Peguei as duas mochilas e Wonho de seu berço, o enrolando na manta, estava frio lá fora pois já era de noite

— Não vai embora, Hyungwon, olha pra mim, não vai embora – Tentou se aproximar novamente e eu saí do quarto esbarrando em seu ombro.

— Eu te mando uma mensagem assim que chegarmos – Calcei meus sapatos em frente a porta. — Não esqueça de se alimentar – Olhei ele ainda parado.

Meu peito doeu, eu amava aquele homem, amava mais do que podia imaginar, mas não queria que fosse tão doloroso, queria que ele confiasse em mim, assim como eu confiei nele, como eu entendi que ele não era como o meu pai e não iria me deixar, ele precisava entender que eu também nunca faria isso, não importasse quem fosse, eu jamais deixaria de amar Hoseok.

Nenhum som saiu de sua boca, mas eu sabia que estava chorando, mesmo que só pudesse ver as costas e a nuca, conhecia ele o suficiente para saber também o que se passava em sua cabeça, ele iria se arrepender, iria me pedir desculpas até que eu aceitasse, mas naquele momento não era pra mim que ele deveria se redimir.

Meu celular vibrou e eu sabia que ela havia chegado, arrumei Wonho e as bolsas em minhas mãos saindo do apartamento, desajeitado mas com firmeza para que nada caísse dos meus braços.

— Como ele está? – Ela me ajudava a arrumar o bebê na cadeirinha, agora acordado.

— Papai – Wonho passou a mão babada em meu rosto enquanto reclamava do aperto do cinto em sua barriguinha cheia.

Nem parecia que havia deixado a família inteira desesperada mais cedo.

— Bem, não engoliu água, foi realmente só um susto – Limpei meu rosto da baba e das lágrimas que não paravam de cair, mesmo que fossem ralas.

— Eu quis dizer, o Hoseok – Seus olhos estavam preocupados.

— Não importa, enquanto ele não se desculpar com Shownu eu não vou me importar com isso – Sai do carro indo ao banco da frente.

— Não conversaram?

— Ele não sabe conversar.

— Hyungwon...

— Eu só quero descansar um pouco, por favor, vamos pra casa?

— Vocês precisam conversar.

— Depois eu faço isso, não quero brigar, e eu sei que o que Hoseok está precisando é de umas boas palmadas – Coloquei meu cinto de segurança.

Ela riu fraquinho concordando e logo ligou o carro. Eu ia fazer Hoseok se desculpar, e nós dois sabíamos disso.

daddy's gift [monsta x, 2won]Onde histórias criam vida. Descubra agora