daddy's gift [monsta x, 2won]

Epílogo: Changki

Segurei Changki com um dos meus braços e balancei seu pequeno corpo de leve enquanto levava o celular até minha orelha esperando que Changkyun me atendesse, minha filha estava chorando e chamando pelo pai desde o momento em que acordou naquele sábado, era tudo culpa dele que prometeu um passeio no parquinho preferido da sua princesinha.

Ele mandou uma mensagem antes de sair explicando que teria de ir até a casa de sua mãe, era uma briga entre Minhyuk e a mesma sobre divisão de bens, os dois viveriam naquele pé de guerra até os fins dos tempos, o corpo do velho mal havia esfriado e aquelas brigas bobas já começavam, nem era tanto pelo dinheiro, só ligavam para quem ganhava, não importava o que.

Changki completou quatro anos naquela semana e por isso já estava esperta o bastante sobre qualquer promessa que lhe fazíamos, aproveitava ainda mais por ser a mais nova, a neta mais nova, filha mais nova, sobrinha e prima mais nova. Não existia ser humano mais mimado que a minha cria.

— O que aconteceu? – Sewoon entrou na cozinha pegando a irmã no colo.

— Seu pai, ele prometeu ir ao parquinho hoje de manhã, mas então sua avó resolveu brigar como seu tio – Ainda esperava que meu marido atendesse.

— Você não acha melhor ir até lá? Assim ela fica mais calma – Sugeriu e eu achei certo fazer.

Aquele garoto era o meu maior orgulho, eu ainda lembrava da primeira vez que eu e seu pai vimos o garotinho cabisbaixo nos bancos do orfanato, não precisou ir visitar mais nenhum, quando seus olhos se encontraram com os meus eu sabia que aquele era o meu filho.

Sewoon quando terminou a escola resolveu que queria ser fotógrafo quando voltou das férias de verão, e como em toda sua vida nós o apoiamos, a felicidade dele era mais importante do que qualquer outra coisa, o que ele escolhesse como melhor estaríamos de acordo.

— Papai – Changki saiu correndo dos braços do irmão assim que chegamos na casa de sua avó.

Changkyun se mantinha parado em um canto da sala com uma mão no bolso da calça e a outra na testa tentando não gritar com seu irmão e minha sogra.

Mas assim que a viu sorriu aliviado se abaixando para recebê-la em seus braços, sorrindo ainda mais ao sentir os pequenos lábios encherem seu rosto de beijinhos molhados como ele costumava fazer nela.

No sofá próximo a mim Minhyuk cruzava as pernas e com a postura ereta respirava fundo tentando conter um de seus surtos de ódio, depois que envelheceu ficou paranóico com rugas e linhas de expressão, fazia de tudo para não perder aquela pele de bebê que mantinha, até mesmo na adolescência com todos aqueles hormônios, ele parecia uma bonequinha.

— Você não atendeu minhas ligações, e ela chorou muito querendo te ver – Expliquei ainda parado na entrada do cômodo.

— Vim com tanta pressa que esqueci meu celular em casa – Pegou a filha no colo.

Observei os dois apertarem os corpos um no outro dando mais beijinhos no rosto de cada um, Sewoon foi até a avó recebendo um carinho enquanto respondia perguntas sobre a faculdade e namoradinhos, a senhora Lee tentava ser uma boa avó, mesmo que não suportasse ser chamada assim, mimava muito todos os netos, Changki já tinha uma casa em seu nome e Sewoon, mesmo que não usasse, ganhou um carro assim que completou seus dezoito anos.

— Vocês ainda estão brigados? – Minhyuk levantou vindo até a mim.

Olhei para Changkyun tendo certeza de que não estava ouvindo nossa conversa, então respirei fundo e o puxei para fora da sala, parando no corredor entre a grande escada para os cômodos de cima, assim nossa fofoca estaria a salvo.