Capítulo 31

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E aí rapaziada, como vocês tão meus amores? Bom dia, toma aqui mais um capítulo, me mimem muito de comentários e votinhos, amo vocês! Boa leitura!

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— Minhyuk? Você nem está me ouvindo né – Kihyun balançou as mãos em frente ao meu rosto tentando chamar a minha atenção, enquanto fazia um biquinho com os lábios vermelhos pelo chocolate quente que tomava.

Sua xícara branca estava a sua frente e soltava um pouco da fumaça pela temperatura quente, estava cheirando bem, mas eu preferia não provar, tomar algo doce iria me fazer comer coisas calóricas e eu não podia, tinha que manter minha forma, ou meu personal trainer iria me dar bronca como da última semana quando eu apareci com 2kg a mais.

Sorri dando um gole no meu chá gelado, deixando o copo sobre a mesa, tentei tirar os pensamentos sobre meu dia com Jooheon da cabeça, ele estava com sua namorada de faixada naquele momento, e eu sabia porque eu havia o deixado na casa dela, depois de receber uma ligação e estragar nosso final de tarde juntos, fazíamos isso no término das minhas aulas, ele era um desocupado sustentado pelos pais, como eu, então não tinha compromissos muitos sérios, a não ser com aquela pobre coitada, não sabia que ele era gay da cabeça aos pés e sustentava um relacionamento como aquele só pra não aborrecer seus pais, que não queriam que ele engravidasse e sim fizesse filhos em uma mulher, tão antiquado, ele com certeza se sairia melhor fazendo um filho em mim.

— Eu estava distraído, desculpa – Suspirei ainda com um sorrisinho nos lábios, achando graça do meu pensamento bobo sobre engravidar daquele delinquente sem futuro, mas gostoso.

— Meu pai amado, tá apaixonado né? – Jogou o corpo para trás, deixando suas contas tocarem o estofado escuro do assento.

Apaixonado não era a palavra certa, talvez um pouco entediado, as vezes isso me fazia ficar obcecado por algumas coisas, ou pessoas, e Jooheon voltou a falar comigo justo nesse momento da minha vida, agora tudo o que eu queria era me divertir todo o segundo do meu dia com ele, me distrair com aquele lindo corpo e não pensar em mais nada além do nosso sexo e prazer que sabíamos dar um ao outro com maestria.

— Na verdade, eu estava apenas pensando em rola – Senti o gosto do chá mais uma vez depois de dar mais um gole na bebida que agora começava a ficar com a temperatura ambiente, o aquecedor do café estava me fazendo ficar com calor.

— Eu sei de quem, na do Jooheon não é? Eu vi vocês na saída da escola, me chamou só porque não ia mais transar, né? – Comia seus muffins de chocolate sujando os cantos da boca, fofo e atrapalhado, por isso eu amava meu melhor amigo.

Kihyun não sabia, mas eu o admirava desde sempre, pois sua família e sua vida eram tão normais e calmas, ele era um garoto estudioso e organizado, se esforçava ao seu máximo em tudo, nunca o via falhando, totalmente o meu oposto.

— Te chamei porque senti sua falta – Segurei a sua mão brincando com a sua palma, fazendo um carinho rápido e sincero, mas logo nos afastando. — Agora que estamos na última semana de aula quase não nos vemos, você está sempre estudando, e Hyungwon tem uma casa, um filho, um namorado, um trabalho, e uma escola pra lidar – Listei tudo em meus dedos.

— Eu também sinto muita falta de vocês dois, tudo o que eu faço é estudar e ir pra escola, queria que voltasse como no começo do high school, não tínhamos nenhum estresse ou responsabilidades – Apoiou sua cabeça sobre suas mãos pálidas, delicadas e extremamentes higienizadas pelas suas manias de limpeza.

— Estamos entrando na vida adulta, agora temos que arcar com as consequências – Disse mais pra mim do que pra ele.

Mudamos o assunto depois de um tempo, discutimos sobre as últimas séries que saíram na Netflix, e eu não percebi quando alguém se aproximou da mesa e cumprimentou Kihyun.

Era Shownu, o amigo de Hyungwon, ele usava o avental do café e segurava um tablet na mão, com um sorriso no rosto, me cumprimentou também, e eu o encarei entrar em uma conversa sobre Wonho com o meu amigo, pude perceber o quanto seu corpo era bem estruturado e seus braços definidos na camisa branca e colada, já havíamos nos visto duas vezes, e nas duas vezes ele levou um soco de Hoseok.

Bom na primeira foi quase, mas eu não entendia o que aquele lindo homem fez de errado pra ser tão odiado, na verdade, talvez eu soubesse, e com certeza era porque Shownu transmitia aquele ar de perfeição.

Educado, bonito, muito bonito, inteligente, prestativo e gostoso, eu queria experimentar um pouco daquilo, do gosto da perfeição.

— Vocês tem vagas pra trabalhar aqui? – Eu perguntei atrapalhando a conversa.

Os dois me olharam e então se entre olharam, confusos e rindo sem jeito, Kihyun me deu um tapinha da mão e soltou uma risadinha sem graça achando que eu estava fazendo uma brincadeira, porém continuei com a expressão séria esperando uma resposta e ele entendeu que era sério.

— Minhyuk, você nem precisa trabalhar – Pegou seu chocolate quente dando um gole tentando engolir a vergonha da situação junto com o doce quente.

— Nós temos sim, depois que Hyungwon saiu entraram duas pessoas, mas arranjaram outro emprego fora daqui – Shownu sorriu me olhando.

— Que ótimo! Eu estou precisando de alguma experiência no mercado de trabalho, então pensei em começar por aqui – Menti e vi que consegui o convencer.

A verdade era que eu queria me aproximar dele e passar o tempo enquanto Jooheon brincava de casinha com a sua namorada, e ainda iria ter um primeiro emprego, mesmo que pra mim não contasse como um.

— Eu sei o que você está planejando e é melhor parar, eu conheço a cadelinha que criei – Kihyun andava comigo na rua segurando minha cintura em um abraço.

Estávamos com frio e pouco agasalhados, o inverno era horrível pois eu não podia usar minhas roupas estilosas de seda.

— Eu não vou fazer nada demais, só quero me divertir um pouco – Dei um beijo em sua bochecha tentando o convencer.

— Minhyuk, ele é um cara muito legal, então pro favor, não faz nada de ruim com ele, e nem machuca o bichinho – Mordeu meu ombro coberto pela jaqueta.

— Você não deveria se preocupar com ele fazendo isso comigo?

— Garoto, você é pior que o diabo, eu tenho que ter dó dele que caiu na sua teia de viúva negra.

— Eu vou pedir pra minha mãe comprar novos amigos pra mim.

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