daddy's gift [monsta x, 2won]

Capítulo 38

E aqui estamos nós, a primeira att da nossa maratona semanal, aproveitando para comemorar nosso 7k! Não tenho muito o que dizer, mas é isso, obrigada do fundo do meu coração, aproveitem a leiteira e até amanhã!

O almoço já estava pronto, Hoseok colocou todas as tigelas com a comida, feita por ele próprio, sobre a mesa que ficava no chão da sala de estar.

Era espaçosa e cabia todos nós sete, Wonho estava sentado no colo de Hyungwon comendo sua papinha especial de cenoura, era um delícia pois o Hyung me deu um pouquinho dizendo que eu era um bebê também e precisava me alimentar bem.

Sua bochecha gordinha estava suja e ele permanecia avulso batendo suas mãozinhas nas coxas do pai soltando sons agudos e gritinhos animado com toda a conversa de seus tios a sua volta, ele era fofo, eu não era próximo o suficiente pra apertar seu rostinho então apenas sorria de volta quando suas gengivais banguelas apareciam.

Bati meus hashis na mesa os alinhando antes de começar a pegar o arroz e colocar em minha tigela amarela, era a mais bonita da casa, não combinava muito com o meu esmalte preto, mas não a trocaria por nenhuma outra.

— Quer? – Kihyun falou comigo pela primeira vez naquele dia todo.

Suas bochechas estavam vermelhas pelo calor do aquecedor ligado atrás de si, lindo como o inferno, meu coração sentia como se fosse parar só de o olhar.

Mesmo que não estivéssemos bem um com o outro, Kihyun era o homem da minha vida e eu não conseguia esconder como ele queria que fosse.

— Hm – Levei minha tigela até suas mãos esperando que colocasse o pedaço de carne sobre o arroz.

— Dormiu bem? – Se sentou mais próximo me olhando começar a comer.

Balancei a cabeça em um sinal positivo, mentindo, não havia conseguido dormir nada bem, nossa discussão do dia anterior ainda me atormentava e suas palavras duras também.

— Me desculpe, sobre ontem – Mordeu o lábio inferior parecendo envergonhado.

— Tudo bem – Sorri com sua expressão de alívio assim que ouviu minha resposta.

Nossa discussão começou quando eu perguntei se eu podia ir junto para a viagem com seus amigos, já que Hyungwon levaria seu namorado e Minhyuk seus dois homens, eu pensei que estaria tudo bem se fôssemos como um casal e finalmente contar sobre nosso namoro.

— Não Changie, eu já disse que é melhor não – Saiu do meu colo andando depressa em direção às suas coisas no canto do meu quarto.

Era mais uma de suas visitas noturnas depois da escola preparatória, Kihyun entrava pela janela e por ela também saía, tudo para que Minhyuk não o visse, isso começava a me incomodar mas eu não podia o obrigar a nada.

Muito menos a ficar oficialmente comigo.

O observei vestir o casaco e calçar os sapatos limpos como sempre, meu namorado era perfeccionista, quase obcecado por limpeza, e sujeira não fazia parte de seu vocabulário, desde de mais jovens o via andar pra lá e pra cá com seu potinho de álcool em gel rosa pendurado na bolsa.

Aquilo só o deixava mais charmoso e interessante, qualquer coisa que o baixinho fizesse me fazia suspirar de admiração.

Me levantei caminhando lentamente até seu encontro o abraçar pelas costas, sentindo seu cheirinho permanente de sabonete e cremes pra pele, outra características que me deixava bobinho de paixão.

— Mas já estou pronto – Falei perto de sua orelha o vendo fechar os olhos com o arrepio.

— Vamos esperar mais um pouco – Suspirou.

— Você tem vergonha de mim? Me acha muito criança? – Soltei nosso abraço agora o virando para me encarar.

— Eu jamais acharia uma coisa dessas – Segurou o meu rosto. — Você é até demais pra mim.

— Eu sou o suficiente pra você – Segurei sua mão que acariciava minha pele.

— Eu vou indo, amanhã acordo cedo – Se afastou aos poucos colocando a mochila nas costas.

— Ok Kihyun, não precisa nem voltar ser for pra entrar por essa janela – Ataquei as palavras com raiva.

Ele não disse nada e saiu do meu quarto, agora pela porta a fechando com raiva, sem dizer uma palavra se quer.

— Vocês podem ficar com o Wonho? Preciso ajudar o Shownu a limpar as coisas na cozinha – Hyungwon entregava seu bebê nas mãos de Kihyun.

Já havíamos terminado o almoço e aproveitavamos o silêncio da casa no sofá da sala de estar, apenas descansando e sentindo o soninho pós refeição.

— Tio Kihyun – O pequeno disse animado pulando no colo do moreno.

— Você quer brincar? – Ele perguntou dando um beijinho em sua bochecha. — Vamos dar uma volta? – Me olhou.

Eu concordei e fomos, colocamos vários casacos no bebê e em nós apenas o sobretudo que Hosoek emprestou, ele tinha guardado vários dele no armário caso mais alguém fosse pra lá, eram grandes e quentinhos, não entraria a água da neve derretida, por isso era perfeito para brincar em um dia como aquele.

Pegamos nas mãos de Wonho e começamos nossa aventura em volta da casa, não tinha muita coisa além de muitas árvores e o lago congelado.

O céu estava aberto mas ainda assim nevava um pouco.

— Não tenho vergonha de você – Ele começou quando se abaixou para fechar o zíper da blusa do menor. — Eu te amo mais que tudo – Suspirou. — O problema disso tudo sou eu – Levantou e soltou a mão de Wonho para que ele desse pulinhos sobre a neve.

— Eu também te amo – Observei seu nariz ficar vermelho pelo frio.

Kihyun era lindo.

— Você é tão inteligente, rico, interessante, você até morou fora! E eu? Fiquei aqui esses anos todos, te esperando e vivendo uma vida medíocre – Colocou as mãos nos bolsos do sobretudo. — Eu amo estar com você, mas ao mesmo tempo é sufocante.

— Quer terminar? – O olhei sentindo a neve cair sobre meu cabelo e molhar o meu couro cabeludo aos poucos.

— Não, eu quero soltar tudo isso, dividir todas essas coisas com você, quero me sentir suficiente pra você – Desviou o olhar para Wonho que agora estava deitado sobre a neve rolando e cantando uma musiquinha infantil.

Aquela criança era um pedacinho do céu, sorrimos um pro outro achando graça da voz do pequeno.

— Então faça isso – Me aproximei segurando a sua mão.

— Eu que pedi pro Minhyuk te convidar, por isso ele insistiu que você viesse – Brincou com a palma da minha mão passando o dedo alí, causando uma sensação gostosa.

— Se você estiver se sentindo mal fale comigo, vou tentar te ajudar e ficar do seu lado – O olhei. — E eu te acho perfeito – Me aproximei mais um pouco agora o abraçando.

— Abraço! – Wonho se levantou apressado vindo até nos e abraçando nossas pernas.