CAPÍTULO 33

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Passaram-se 4 dias depois do enterro da Candelária, e até agora não tive coragem de ler aquela carta. Meu porto seguro agora é a Alex e os meus amigos. Agustín, Valentina, Carolina e Mike. Todos estão me deixando. Já foi a Karol, agora a Cande. Não sei se suportaria perder mais alguém. A Alex que está indo pra creche, já para esquecer um pouco de imagem da mãe dela, coisa que  é difícil. Acordo cedo e a levo. Me despeço com um pouco de dificuldade já que ela está somente familiarizada comigo. Chego em casa e a única coisa que faço é me lembrar de como um dia, eu fui feliz. Vou subindo as escadas e passo pela porta onde está a carta. Receio. Porém, decidi entrar e ler.
Sento na cama e a pego.
" De: Candelária
Para: Ruggero  Querido, Rugge. Eu sei que voltei do nada, e você pode até pensar que foi birra. Mas não foi. Eu queria que se aproximasse da Alex, e pelo menos isso consegui. Sim, eu estava com câncer, provavelmente se estiver lendo isso, eu já terei ido para outro lugar.. por favor, cuida bem da Alex, ela não tem culpa do mal que eu causei. Mas não só isso, venho te pedir perdão por algo muito mais grave. Eu escondi uma verdade, algo que descobri poucos dias antes de morrer. A mulher que você tanto ama, está viva.- Ruggero começa a não entender a carta e seu coração dispara com o que vai lendo- Fui atrás dela, ela não poderia ter morrido por apenas uma hemorragia não comprovada com papéis, ou ter sumido em um vôo. A verdade, é que o vôo destinado não foi para aonde você pensava. Foi para o Canadá. Isso mesmo.- Ruggero começa a chorar (on- mas por que ela faria isso?)- Eu escondi isso de você por esse dias porque precisava que estivesse perto de mim, para quando eu... Partisse, você estivesse com a Alex. Eu procurei ela em todos os cantos. Sim, ela existe, ela desembarcou normalmente, foi constado. Ela está viva! E a Alex precisa de uma mãe. Uma mãe que tenha seu sangue.- Rugge não entende e continua- uma mãe que apesar de tudo, vai amá-la e vai cuidar dela como se fosse a mãe biológica.

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