14

3.6K 292 138
                                        

Laurie Lindner

Abro os olhos ao ouvir meu nome ser chamado como um sussurro. Logo noto que se tratava de Daniel. Dormimos na chamada.

- Você é tão linda ao acordar. - Ele fala assim que o olho.

- Bom dia. - Falo e sorrio para si. Ele ainda estava deitado.

- Você dormiu bem? - Ele questiona me olhando e dando um sorriso meigo.

- Eu dormi, e você? - Pergunto também e tiro cabelo do rosto.

- Dormi muito bem! - Ele exclama e o vejo ajeitar o travesseiro. - Como sempre você dormiu primeiro.

- Se a gente namora, você tem que entender que ninguém segura meu sono. - Falo dando uma risada.

- Estou mesmo percebendo isso. - Ele fala e da uma risada fofa. - Mas eu amo você do mesmo jeito.

Um sorriso se forma em meus lábios, mas logo trato de negar com a cabeça.

- É, eu também amo você. Mesmo você sendo pervertido. - Falo e ele apenas ri.

- Eu não sou um pervertido. - Ele fala me olhando incrédulo. - Como ousa dizer isso?

- Daniel, eu vi o que você estava fazendo ontem...- Falo e ele sorri sonso. - Foi na minha frente.

- Eu não me lembro de nada. - Ele fala sorrindo da forma mais sonsa possível no mundo. - Você lembra?

- Lembro muito bem. - Falo e nego com a cabeça.

- Você tem uma boa memória. - Ele fala dando uma risada. - Eu nem lembro o que almocei ontem.

- Não tem como esquecer aquilo. - Murmuro e ele ri. - Você está de folga hoje?

- Infelizmente não. - Ele fala e o vejo revirar os olhos. - Odeio trabalhar.

- Imagino. - Falo e me sento. - Você não vai levantar?

- Estou com tanta preguiça. - Ele fala e o vejo se espreguiçar. - Você não?

- Muita, mas tenho que levantar. - Falo e torço os lábios. - Tenho que me encontrar com os meus pais.

- Você não mora com eles? - Ele questiona me olhando e franzindo o cenho. - Eu achei que morasse...

- É que...Marcamos de nos encontrar no shopping. - Minto e ele dá de ombros.

- Você vai em que horário? - Ele questiona se sentando na cama e coçando os olhos.

- Você fica fofo fazendo isso. - Falo e ele ri. - Eu vou ao meio-dia.

- Eu acho você fofa de todos os jeitos. - Ele fala me olhando e sorrindo.

- Não sou fofa. - Falo e rio. - Eu sou uma monstrinha.

- Não é mesmo. - Ele fala e nega com a cabeça. - Você é um amor.

...

Alguém toca a campainha e eu me levanto do sofá, indo até a porta e a abrindo. Vejo Jonah ali parado e ele suspira.

- Fui um idiota. - Fala entrando e fecha a porta. - Esperei você pedir desculpas.

- Eu nunca iria pedir desculpas. - Falo e me sento novamente.

- E nem deveria. - Ele fala e nega com a cabeça. - Eu agi com infantilidade.

- É verdade. - Falo dando de ombros.

- Você está muito brava? - Ele questiona me olhando e dando um suspiro pesado.

- Não, Jonah. Eu nem ao menos estou brava. - Falo e ele se senta ao meu lado.

- Então isso quer dizer que nós podemos voltar?! - Ele exclama me olhando e sorrindo.

- Eu acho que sim. - Falo dando de ombros.

- Mesmo? - Ele questiona me olhando e piscando algumas vezes seguidas.

- Sim. - Falo e ele abre um sorriso, me puxando para mais perto.

- Senti sua falta. - Ele murmura e me abraça.

- É, eu também. - Falo e acabo o abraçando também.

- O que fez durante esses dias? - Ele questiona beijando minha testa.

- Nada. - Falo e omito totalmente o fato de estar conversando com Daniel.

- Defina nada. - Ele fala me afastando de si e me encarando.

- O que eu sempre faço. Ouvir música, dormir e ler. - Falo dando de ombros.

- Estranho o nome da Tiny não estar incluso na lista. - Ele diz rindo.

- Ela está em viagem. - Falo voltando minha atenção para a TV.

- Isso é ótimo! - Ele exclama e vejo de relance seu sorriso de lado. - Significa que temos um tempo só para nós.

- É verdade. - Falo não demonstrando o fato de não estar nada animada. - Você não trabalha mais hoje?

- Sai mais cedo para poder vir aqui. - Ele diz me olhando e dando de ombros. - Você quer sair?

- Não sei se é uma boa ideia. Eu estou cansada, li à tarde inteira hoje. - Falo como desculpa para não sair de casa.

- Então podemos dormir juntos a tarde toda! - Ele fala como solução e sorri grande.

- Ótima sugestão. - Falo e ele me estende a mão.

Subimos para o quarto assim que eu desligo a TV e nos deitamos, porém Jonah vê outro celular no meu criado mudo e antes que o pegue, eu o guardo na gaveta e tranco.

- Que celular é esse? - Ele questiona me olhando e arqueando as sobrancelhas. - Por que o trancou?

- É da Tiny. - Falo e me viro para o outro lado.

- E por que está aqui? - Jonah volta a questionar e eu bufo.

- Porque os pais dela não deixaram ela levar. - Falo e puxo o cobertor pra cima de mim.

- Por que não? - Ele pergunta de novo e evito revirar os olhos.

- Olha, Jonah, eu não sei. Por quê você não pergunta aos pais dela? - Questiono e ele me vira para si.

- Por que está agindo assim grossa? - Ele diz me olhando e revirando os olhos.

- Estou agindo normal. - Falo bufando. - Você está fazendo muitas perguntas.

- Você nunca se importou com isso! - Ele exclama bufando e negando com a cabeça.

- Mas agora está me irritando. - Falo e reviro os olhos. - Vamos logo dormir.

- Como você quiser. - Ouço ele murmurar e bufar.

- Ótimo. - Falo e fecho os meus olhos, pronta para dormir.

ᴠɪʀᴛᴜᴀʟ | ᴅᴀɴɪᴇʟ sᴇᴀᴠᴇʏ Onde histórias criam vida. Descubra agora