ᴠɪʀᴛᴜᴀʟ | ᴅᴀɴɪᴇʟ sᴇᴀᴠᴇʏ

23

Laurie Lindner

Vejo Daniel descer as escadas e em seguida ele se senta ao meu lado, me encarando e fechando a cara.

- Não me olhe assim. Você disse que estava cansado e eu não iria te acordar. - Digo e ele bufa, me fazendo rir.

- Já são três da tarde, Laurie! - Fala e eu dou um tapinha em seu ombro. - Você disse que me acordaria para o almoço.

- Eu esperei você para almoçar, bobão. - Falo e ele me olha. - Pedi comida italiana, você gosta?

- Gosto contanto que não tenha temperos. - Ele fala e logo dá de ombros.

- Não tem. Eu também não gosto. - Falo e vejo a campainha tocar. - Deve ser a comida.

- Finalmente! - Ele fala e eu o olho irônica. - Dormi por mais de 12 horas.

- Depois eu que durmo demais. - Falo e me levanto, indo pegar a comida e pagando. - Venha, vamos para a cozinha.

- Tem algo para beber? - Ele fala enquanto me segue e logo se senta na bancada.

- Tem. - Falo e pego suco na geladeira. - Desculpe, mas não bebo refrigerante.

- Eu gosto de suco de maçã. Tendo isso não preciso de mais nada. - Ele fala dando de ombros e eu sorrio. - Você gosta de chocolate?

- Só amargo. - Digo e ele me olha indignado. - Faz bem.

- Odeio chocolate de qualquer jeito. - Ele fala fazendo uma careta. - Eca.

- Que mau gosto. - Murmuro e coloco pratos na mesa.

...Quando acabamos de comer, lavamos a louça e andamos até a área do quintal.

- Você quer tomar banho de piscina? - Pergunto e ele sorri

- Sim. - Ele fala simples e logo vejo um sorrisinho estranho brotar em seus lábios. - Gosto de apreciar a vista natural das coisas.

- E o que tem a ver? - Pergunto e franzo o cenho. - As vezes eu acho que você não bate bem da cabeça.

- Você é lerda. - Ele diz enquanto ri e eu arqueio as sobrancelhas, o vendo rir mais. - Ai minha nossa.

- Não estou achando graça. - Falo e reviro os olhos, puxando a minha blusa para cima e em seguida tirando os shorts. - Você não vem?

- Você não vai pôr biquíni? - Ele questiona com os olhos arregalados e meio boquiaberto.

- Não. É a mesma coisa. - Falo e dou de ombros.

- Minha nossa... - Ele fala piscando algumas vezes seguidas e vindo a retirar sua camiseta. - Você entra primeiro e vê se a água está gelada.

- Medroso. - Falo e entro na água, notando que estava bem quentinha. - Está ótima. Entra logo.

- Se estiver gelada você me deve uma massagem nos pés. - Ele murmura meio receoso e se senta na beirada da piscina.

- Para de ser molenga. - Falo e puxo suas pernas, o fazendo cair na água.

- Se eu morresse afogado a culpa seria todinha sua. - Ele fala rindo e tirando o excesso da água do rosto. - Mas não é que está mesmo boa?

- Você é exagerado. - Falo e rio, jogando água no mesmo.

- Eu sou realista. - Ele como forma de correção e vem a jogar a água me mim também.

- Não é nada! - Falo e aperto suas bochechas. - Eu acho que quero batatinhas.

- Mas nós acabamos de entrar na comer. - Ele fala e me olha incrédulo. - Você é esfomeada.

- Não tenho culpa. Eu estou em fase de crescimento. - Falo em minha defesa.

- Para cima que não é. - Ele fala e apenas gargalha mais.

- Eu posso ficar mais alta sim. - Falo o olhando feio. - Você é mesmo um metido.

- Eu duvido muito que isso aconteça. - Ele fala zombando de mim e eu bufo. - Você fica fofa irritada.

- Vai se ferrar! - Exclamo e belisco seu braço.

- Isso dói! - Ele fala fazendo uma careta e passando sua mão ali.

- É pra você aprender. - Falo e na mesma hora arregalo os olhos ao sentir meu sutiã abrir. - Minha nossa, minha nossa!

- Minha nossa mesmo! - Daniel e percebo seu olhar fixo em meus seios. - Ai, droga...

- Vira pra lá! - Falo e coloco as mãos ali.

- Nada que eu já não tenha visto antes. - Ele murmura dando uma risadinha e eu arregalo os olhos, enquanto ele se vira des costas para mim.

- Eu vou sair e você vai ficar com os olhos fechados. - Digo e ele volta a dar a risadinha. - Daniel! Você é um sonso.

- Não estou fazendo nada. - Ele murmura ds forma mais cínica possível e eu reviro meus olhos.

Saio da piscina e ando para dentro de casa, subindo para meu quarto.