ᴠɪʀᴛᴜᴀʟ | ᴅᴀɴɪᴇʟ sᴇᴀᴠᴇʏ

18

Laurie Lindner

Entro no Starbucks e faço o pedido de um cappuccino e donuts para levar. Justamente quando ia me sentar, vi Daniel numa das mesas. Ele estava sentado de costas, mas eu fui capaz de reconhecer seu corte de cabelo.

Respiro fundo e ando até si, parando em sua frente.

- A gente pode conversar? - Pergunto e ele levanta a cabeça, me encarando.

- Tem mais alguma mentira para me contar? - Ele questiona me olhando cínico.

- Quero esclarecer umas coisas. - Murmuro comprimindo os lábios. - E me desculpar. Tentei fazer isso ontem, mas você tinha sumido.

- Esclarecer o quê? - Ele questiona dando um suspiro pesado e negando com a cabeça.

- Tudo. Eu só preciso explicar desde o início. - Digo abaixando a cabeça.

- Eu acho que já entendi tudo. - Ele fala enquanto nega com a cabeça. - Não preciso de mais mentiras.

- Eu prometo ser sincera com você. - Falo suspirando. - Por favor, Daniel. 2 minutos.

- Eu vou cronometrar. - Ele fala me olhando e eu acabo sorrindo fraco.

- Tiny me mandou uma mensagem dizendo que havia mandado uma foto minha para você, já que você sempre pedia. Eu havia surtado, afinal isso não era coisa a se fazer. - Digo e ele me olha irônico. - E depois ela chegou na minha casa dizendo que eu teria que fazer vídeo chamada com você até ela se sentir apta para mostrar o rosto. Eu não tive como recusar por dever favores à ela e foi quando começou tudo...

- Foi errado de ambas as partes. Vocês não deveriam ter feito isso sem antes pensar nas consequências. - Ele fala fala me olhando parecendo estar decepcionado.

- Nunca achei que a situação chegaria a esse ponto. E quando a Tiny viajou pediu para que eu ficasse tendo contato com você, eu achei um absurdo. - Falo negando com a cabeça. - E a partir disso, notei que você era um cara legal. E acabei por gostar de conversar com você. Eu não tenho amigos de verdade, sabe?! Só tenho a Tiny e costumava ter o Jonah, que além de amigo era namorado. E você parecia tão bom como pessoa. E eu sinto muito.

- Não tem como isso ficar pior! - Ele diz me olhando incrédulo e eu arqueio as sobrancelhas. - Você tinha namorado? Foi isso mesmo o que eu ouvi?

- Eu tinha. - Falo comprimindo os lábios. - De qualquer forma, eu sinto muito, de verdade. E espero que possa desculpar tanto à mim quanto à Tiny, mesmo sendo difícil.

- Não posso desculpá-las e fingir que nada aconteceu. - Ele fala e fecha os olhos por alguns segundos. - Deveriam saber que para toda ação tem uma reação.

- Não estou pedindo para que venha a fingir que nada aconteceu. - Falo e coloco as mãos nos bolsos do casaco que eu usava. - E você tem razão, eu não lembrei da lei de Newton. Me desculpe por isso, Daniel. E eu espero que seus dias aqui sejam bons para compensar tudo isso.

- Eu não sei nada sobre essa cidade e não faço ideia do que vou fazer aqui até chegar o dia em que vou embora. - Ele fala parecendo arrependido e passa as mãos no rosto. - E ainda por cima descobri que minha namorada mentiu para mim durante um longo período de tempo.

- Você pode pedir ajuda a um guia turístico. - Sugiro e ele me olha. - Olha, Daniel, não há nada que eu possa fazer para melhorar a situação, eu sei que foi muito errado. E eu só realmente estou muito arrependida.

- Eu nem sei quem é você de verdade. - Ele fala e nega com a cabeça. - Eu pensei conhecer alguém que na verdade era outra pessoa.

- Meu nome é Laurie. - Falo e torço os lábios. Na mesma hora ouço meu nome ser chamado para pegar os pedidos e o olho por segundos. - Vou indo. Adeus, Daniel.

- Não acha que adeus é uma palavra muito forte? - Daniel fala me olhando e eu arregalo os olhos.

- Talvez. - Digo e encolho os ombros. - Mas não para essa situação. Você não deve querer me olhar no rosto mais nunca.

- Eu desculpo você... - Ele murmura e passa a mão na testa.

- O quê? - Pergunto desacreditada. - Mas...Por quê? O que eu fiz foi horrível.

- Minha mãe me ensinou que guardar rancor é ruim. - Ele fala e bebe um pouco do seu café. - E que devemos perdoar as pessoas para que elas tenham uma segunda chance.

- Você é uma pessoa boa. - Falo e passo a mão no cabelo, olhando para onde o balcão, já que a moça me chamava novamente. - Tenho que ir agora.

- Imagino que você também seja, apesar do que tenha feito... - Ele murmura dando de ombros.

- Então...Até mais? - Falo e ele dá de ombros.

- Até. - Ele murmura e eu o olho por alguns segundos.

Me afasto e ando até o balcão, pegando meus pedidos e pagando pelos mesmo, em seguida saindo do Starbucks.

...

A pedido da seavwygriwr pq se não fosse, ia att só no próximo mês k

O flop tá me desanimando mt