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Laurie Lindner

Jonah não aparecia e nem mandava mensagem. Isso só servia pra me deixar ainda mais chateada e irritada com ele. Ele me acusava de não amá-lo o suficiente e isso me deixava chateada. Na verdade, nosso relacionamento não era mais o mesmo desde um mês atrás, mas eu ainda me esforçava para nos manter felizes.

Ouço o celular da Tiny tocar e vejo que era Daniel. Respiro fundo antes de antes e assim que o faço, vejo que ele estava sem camisa e parecia ter acabado de fazer atividades físicas.

- Está sendo uma tarde produtiva pra você? - Pergunto e rio.

- Um pouco. - Ele fala e dá uma risada. - E a sua?

- A minha está sendo bem preguiçosa. - Falo dando de ombros. - Começou a chover aqui e eu não tenho muitas opções sobre o que fazer.

- Nós podemos conversar até que você se canse da minha voz. - Ele fala e eu encaro seus belos olhinhos azuis.

- É mais fácil você se cansar da minha. - Falo dando uma risada.

- Eu nunca vou me cansar de você. - Ele fala rindo e negando com a cabeça. - Eu te amo tanto que acho que isso não é possível.

- Você é tão fofo. - Falo e dou um sorriso culpado. Não era à mim que ele amava.

- Você também é. - Ele fala e abre um sorriso. - Aliás, falou com seus pais sobre a viagem?

- Eu falei. - Minto e seu sorriso aumenta. - Eles me dão a resposta amanhã.

- Isso é ótimo! - Ele exclama me olhando e dando uma risada. - Nem acredito que vou ver você em breve.

- E nem eu. É tão surreal...- Falo e acabo suspirando. Eu era uma farsa.

- É a melhor coisa que já me aconteceu em anos! - Ele exclama me olhando e dando um belo sorriso.

- É. Pra mim também. - Falo e dou um sorriso simples para si.

- O que foi? - Ele questiona e eu arqueio as sobrancelhas. - Não parece tão feliz.

- Eu estou, é que...Eu só estou pensando no meu gato. - Minto e ele torce os lábios. - Ele não apareceu.

- Você pode adotar um novo. - Ele fala como sugestão e dá de ombros.

- É. - Murmuro e ele sorri. - E a sua irmã? Está bem?

- Está - Ele fala e da de ombros. - Ela saiu com uma garota agora mesmo.

- Ah. - Falo simples e logo nego com a cabeça. - Eu acho que estou sem assuntos.

- Como estão suas notas? - Ele questiona me olhando e em seguida bebe algo de alguma garrafa preta.

- Ótimas. - Falo e dou de ombros. - E as suas?

- Também. - Ele fala e o vejo estralar seus dedos. - Estou mesmo é com fome.

- Vai comer, então. - Falo e rio.

Vejo a minha janela abrir sozinha com o vento e acabo tomando um grande susto. A ventania estava forte demais.

- MINHA NOSSA! - Daniel exclama dando uma risada escandalosa. - Precisava ver sua cara.

- Isso não teve graça! - Falo com a mão no peito. - Levei um susto enorme.

- E sua cara foi a melhor. - Ele fala ainda rindo como nunca. - Eu deveria ter printado.

Reviro os olhos e nego com a cabeça.

- Você não tem nada melhor pra fazer ao invés de ficar rindo da cara dos outros? - Pergunto e ele ri mais.

- Você está brava, meu amor? - Ele fala com uma voz melosa enquanto parecia segurar a risada.

- Eu não sou o seu amor. - Falo fechando a cara e cruzando os braços.

- Ah é mesmo?! - Ele fala me olhando um tanto irônico. - Você é uma sonsa, Tiny.

- Meu nome...- Paro de falar assim que noto que ia dizer merda. - Sai bem quando você diz.

- Também gosto da forma que o meu soa ao sair dos seus lábios. - Ele fala olhando e sorrindo fofo.

- Isso é bom, não?! - Questiono e sorrio nervosa.

- Isso é ótimo! - Ele fala enquanto me olha e da de ombros. - O que vai fazer mais tarde?

- O de sempre. - Falo e ele franze o cenho. - Nada. Absolutamente nada.

- Podemos virar a noite conversando? - Ele questiona enquanto me olha com um sorriso bobo.

- Podemos, contanto que você me acorde amanhã para ir à escola buscar meu boletim. - Falo e ele ri.

- Negócio feito. - Ele fala e se ajeita melhor na cadeira. - Que horas?

- Às seis. - Falo e ele sorri. - A não ser que não dê pra você.

- Sempre vou estar disponível para você. - Ele fala e eu sinto uma pontada de culpa me atingir.

- Ah, Daniel, você é tão...Gentil. - Murmuro torcendo os lábios.

- Você também é. - Ele fala me olhando e molhando os lábios.

- Obrigada. - Falo e dou de ombros, ajeitando meu cabelo num coque.

- Eu gosto de ficar olhando para você. - Ele fala e torce os lábios. - É tão linda.

- Você também é. - Falo o elogiando de volta e sorrio fraco.

- Quando é mesmo seu aniversário? - Ele fala do nada e eu arregalo meus olhos.

- Uh...Em dezembro, no dia 16. - Falo me lembrando da data da Tiny.

- Falta muito tempo ainda. - Ele fala e torce os lábios. - E eu havia esquecido, me desculpe.

- Tudo bem. Eu esqueço as coisas diariamente. Inclusive já esqueci como se escrevia meu nome numa prova de tão nervosa que fiquei. - Falo dando de ombros e ele gargalha.

- Como alguém se esquece de escrever o próprio nome? - Ele questiona rindo e negando com a cabeça. - Minha nossa, Tiny.

- Não tem graça. - Falo revirando os olhos.

ᴠɪʀᴛᴜᴀʟ | ᴅᴀɴɪᴇʟ sᴇᴀᴠᴇʏ Onde histórias criam vida. Descubra agora