ᴠɪʀᴛᴜᴀʟ | ᴅᴀɴɪᴇʟ sᴇᴀᴠᴇʏ

33

Daniel Seavey

Não tinha jeito para que eu conseguisse falar com Laurie. Depois do resultado dela da faculdade, parece que o número dela sumiu do ar. E hoje já era meu aniversário. Ela não tinha dado sinal de vida ainda e isso me preocupava e me deixava frustrado.

- Não fique triste, querido. Ela vai aparecer mais cedo ou mais tarde. - Minha mãe fala e beija minha bochecha. - Vai ficar tudo bem.

- Ela nunca some assim...- Murmuro e bufo frustrado.

Me deito no sofá e ligo a TV, passando os canais um por um até achar algo interessante para assistir.

...

A campainha toca pela terceira vez e eu abro os olhos, me levantando e indo até a porta, abrindo e quase caindo para trás ao ver uma garota muito bem reconhecida por mim.

- É aqui que mora Daniel Seavey? - Laurie pergunta sorrindo e eu a abraço forte. - Que saudade...

- Garota, você quase me mata do coração pela segunda vez no dia. - Falo não evitando mostrar o sorriso que veio a surgir em meus lábios.

- Me desculpe. Queria fazer uma surpresa. Mas o meu vôo atrasou. - Fala e eu a abraço mais forte. - Cheguei atrasada demais?

- Nunca é atraso se você chega. - Falo negando com a cabeça e beijando sua testa. - Senti sua falta.

- Também senti. - Fala e vejo um sorriso surgir em seus lábios. - Eu tenho três notícias para dar.

- Desse jeito você até me assusta. - Falo a puxando para dentro, e fazendo o mesmo com suas malas. - Alguma delas é ruim?

- Depende do seu ponto de vista. Quer ouvir todas? - Pergunta e eu assinto. - A primeira é que eu comprei seu presente.

- Pensei que você tivesse se esquecido do meu aniversário. - Falo suspirando aliviado e ela nega. - Quais são as outras duas notícias?

- Transferi minha faculdade. Vou estudar aqui. - Fala e eu arregalo os olhos. - E a outra é que eu vou morar em LA. É definitivo. Minha mãe vem pra cá e eu vou morar aqui, Daniel!

- Isso é a melhor notícia que eu já ouvi em séculos! - Exclamo e volto a abraça-la. - Não poderia estar mais feliz.

- Mas agora vamos ao seu presente. - Fala e beija minha bochecha, indo até uma mala e a abrindo. - Não sabia o que te dar, então comprei umas coisinhas.

- Coisinhas? Não precisava se incomodar. - Falo a olhando um pouco incrédulo.

- Fica quieto. - Fala e tira um moletom de dentro da mala. Era um moletom e tinha meu sobrenome atrás e o número 02. - Vê se vai caber em você.

- Eu simplesmente amei! - Falo pegando o moletom em mãos e logo o vestindo. - Espero que esse você não roube... assim como fez com os outros que levei para sua casa.

- Não acabou. - Fala e dá uma risada, me entregando uma outra sacola, de onde tiro e vejo um poeta retrado com suas fotos nossas. Uma com argila nos rostos e a outro era a última tirada.

- Eu ainda me lembro desse negócio nojento... - Murmuro fazendo uma careta ao lembrar da textura da argila.

- Para de bobagem. - Fala e fecha a cara, por último pegando uma caixinha de veludo e dando.

- Que caixinha fofa. - Comento e logo a abro, dando de cara com um belo colar ali. Era um L e um D entrelaçados. - Laurie... muito obrigado. É meu favorito até agora.

- Você gostou mesmo?! Eu não sabia o que comprar, então mandei fazer esse. - Fala e encolhe os ombros.

- Eu o amei. - Falo beijando seu rosto e pondo o colar. - Nunca mais irei tirar.

- Nunca tirei seu anel. - Fala e puxa a corrente do pescoço para fora. Ela tinha feito o anel de pingente. - Você disse que eu deveria usar quando sentisse sua falta. Eu sentia toda hora.

- Você é tão fofa! - Exclamo beijando sua bochecha meio avermelhada  e sorrindo. - Ainda acho que ele fica melhor no seu dedo do que no meu.

- Fica folgado em meu dedo. - Fala e dá de ombros. - O que vamos fazer hoje? Você tem planos? Porque eu tenho.

- Eu nunca costumo ter planos! Aonde a vida me levar, eu vou. - Falo dando de ombros e Laurie da uma risada.

- Ótimo. - Fala e e beija minha bochecha. - Vamos sair agora? Eu pago açaí para você.

- Você nunca me deixa pagar. - Resmungo revirando os olhos e ela nega. - Isso não é justo.

- É seu aniversário. E quem convida dá banquete. - Fala e pega minha mão. - Vamos.

- Mas você nunca me deixa pagar. - Falo como se fosse óbvio e reviro os olhos. - Nem todo dia é meu aniversário.

- Para de reclamar. - Diz rindo e me puxa para sair de casa. - Eu soube que aqui tem um clube bem legal, vamos lá?

- Vamos! Por que não?! - Falo rindo e dando de ombros. - Qualquer lugar com você fica legal.

- Você é um amor. - Fala segurando minha mão enquanto caminhamos pela rua.

...

Oioi oi oi oi

E então??

comentemmmm