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Laurie Lindner

Abro a porta da minha casa ao ver a campainha soar e vejo Daniel. Eu estava feliz por termos nos aproximado, apesar daquela situação.

- Hey. - Falo sorrindo para si. - Você chegou na hora do meu café. Quer comer comigo?

- Quero. - Ele fala e acaba sorrindo. - Lembro das vezes em que via você tomando café, e olha agora.

- Agora você vai tomar café comigo. - Falo e ele entra. - E olha, tem suco de maçã.

- Eu amo suco de maçã. - Ele fala e sorri grande. - Tem torradas?

- O que é um café da manhã sem torradas?! - Pergunto enquanto andamos para a cozinha. - Tem biscoitinhos de menta também e pudim.

- Não gosto de biscoitos de menta. - Ele fala fazendo uma careta. - Mas eu gosto de pudim.

- Não podemos mais ser amigos. - Falo indignada.

- Podemos ser mais que isso. - Ele fala dando uma risada gostosa e eu arregalo os olhos.

- Você prefere o pote no cereal ou em outro lugar? - Pergunto atrapalhada e logo nego com a cabeça. - Digo...Você prefere o cereal no pote ou em outro lugar?

- Minha nossa. - Ele fala dando uma risada alta e eu venho a rir junto. - Eu gosto dele na xícara.

- Como quiser. - Falo e pego uma xícara, entregando a ele e me sentando. - Então...Você conseguiu quantos dias de folga?

- 2 semanas. - Ele fala e vem a dar uma colheirada no cereal. - Você já está de férias, não está?

- Graças ao bom pai. - Falo e ele ri. - Por falar nisso, eu fiquei mesmo curiosa sobre uma coisa. Você gosta mesmo de exatas?

- Com o tempo que tive que aprender a gostar. - Ele fala e dá de ombros. - Você não gosta? Eu sei que é um pouco chato...

- Tá brincando?! Eu adoro exatas. - Falo e sorrio. - Mas eu nunca achei ninguém que gostasse.

- Eu também não. - Ele fala me olhando como se estivesse fascinado. - Isso é mesmo um milagre.

- De repente não me sinto mais sozinha no mundo. - Falo e ele ri. - Me fala...Qual seu tipo de jogo favorito?

- Que tipo de jogo? - Ele questiona e arqueia as suas sobrancelhas. - Virtual ou físico?

- Xbox. - Falo e rio. - Se você me disser que não curte Lara Croft, sinto muito, mas eu vou te odiar pelo resto da vida.

- Eu adoro esse jogo! - Ele fala me olhando e sorrindo parecendo impressionado. - Podemos jogar juntos.

- Incrível. - Falo e nós rimos. - Você vai estar ocupado hoje? Poderíamos passar a tarde jogando.

- Não vou fazer nada durante essas 2 semanas. - Ele fala e dá de ombros. - Achei sua ideia genial.

- Você está ficando em algum hotel? Se você quiser ficar aqui, está tudo bem. - Falo e encolho os ombros. - É o mínimo que eu posso fazer depois de...Você sabe

- Você tem certeza? Me hospedaria na sua casa? - Ele fala me olhando e arregalando os olhos. - Eu não quero ser um incômodo.

- Claro que sim. - Falo e sorrio. - Não vai ser incômodo.

- Então tudo bem. - Ele fala e dá de ombros. - Preciso pegar minhas coisas.

- Posso ir com você, se quiser. - Falo e ele assente. - Enfim...Obrigada por ter me desculpado.

- Eu gosto de você, não tinha porque não fazer isso. - Ele fala torcendo os lábios. - Você é uma boa pessoa.

- Eu me sinto aliviada por você não sentir raiva. Sabe?! Eu gostei de você. - Falo sorrindo.

- Quem parece estar com raiva é a Tiny... - Ele murmura me olhando..- Me mandou várias mensagens.

- Que tipo de mensagens? - Ouso perguntar.

- Ofensivas. - Ele fala parecendo não dar muita importância. - Ela me bloqueou.

- Mas por quê ela iria te ofender? - Pergunto franzindo o cenho e logo nego com a cabeça.

- Ela disse que eu não a amava, e que esqueci dela num piscar de olhos. Então me xingou. - Daniel murmura dando um suspiro pesado.

- Ela não pode te julgar quando, na verdade, não te amava de volta. - Murmuro e logo coloco a mão na boca. - Céus! Desculpe, eu não quis...Ser intrometida.

- Mas do que você está falando? - Daniel murmura enquanto franze o cenho. - Como assim não me amava?

- Eu não devia ter tocado nesse assunto. Não é da minha conta. - Falo negando com a cabeça.

- Agora que você começou, termina. - Ele diz me olhando parecendo interessado.

- Durante os dias em que fizemos as vídeos chamadas seguidas, ela tinha viajado e pedido para que eu ficasse com o celular dela, para que falasse com você. - Falo e ele assente. - Quando ela voltou de viagem, me disse que tinha ficado com um garoto e tinha gostado realmente dele.

- Ela chegou a me disse que havia me traído, mas não imaginei que tinha sido dessa forma. - Ele fala e acaba negando com a cabeça. - Que droga...

- Eu sinto muito, Daniel. - Falo e passo a mão no rosto.

- Melhor encarar a verdade do que me iludir com a mentira. - Ele fala parecendo estar meio decepcionado.

- É...- Murmuro e logo nego com a cabeça.

- Enfim... vamos buscar minhas coisas? - Ele diz parecendo querer mudar de assunto.

- Sim. - Falo e me levanto.

Eu e Daniel saímos da cozinha e andamos até a sala, onde eu pego as chaves do carro.

...

Colocamos suas malas no quarto vazio que tinha na minha casa e ele me olha por segundos.

- Vamos almoçar? - Pergunto dando de ombros.

- Estou mesmo morrendo de fome. - Ele fala e acaba sorrindo. - Ainda tem suco de maçã?

- Tem de sobra. - Falo dando uma risada e logo saímos do quarto.

ᴠɪʀᴛᴜᴀʟ | ᴅᴀɴɪᴇʟ sᴇᴀᴠᴇʏ Onde histórias criam vida. Descubra agora