37

2.7K 242 76
                                        

Laurie Lindner

Abro os olhos e noto que estava deitada no peito de Daniel. Coço os olhos e acabo por olhar para cima, vendo Daniel com os olhos fechados e os lábios entreabertos. Acabo sorrindo. Ele era lindo.

Levo minha mão até sua testa e afasto o cabelo que caía ali, logo o vendo piscar algumas vezes e abrir os olhos. Ele me encara por segundos e sinto seus dedos se pressionarem em minha cintura.

- Bom dia. - Ele fala piscando seus olhos azuis algumas vezes seguidas e dando um sorriso muito fofo.

- Bom dia. - Digo e sorrio também. - Já disse que adoro seus olhos?

- Sim, você diz todos dias. - Ele fala rindo e apertando minhas bochechas. - Os seus também são lindos.

- É pra você não se esquecer. - Falo e ele continua a me encarar. - Não são tanto quanto os seus.

- Eu gosto de tudo em você. - Ele fala dando de ombros e eu arregalo os olhos por alguns segundos.

- Que bom, não é?! - Falo piscando algumas vezes e nego com a cabeça. - Temos que levantar.

- Não precisamos levantar. - Ele fala se espreguiçando e negando com a cabeça. - Aqui está tão bom e quentinho.

- Você está me deixando mal acostumada com isso. - Falo e afundo meu rosto no travesseiro.

- Temos que evitar a fadiga. - Ele fala enquanto ri e puxa mais cobertor para cima de nós dois.

- Diz isso para a minha mãe. - Falo rindo também. - Eu odiava morar com ela. Sempre era obrigada a acordar cedo pra fazer exercícios físicos.

- Credo! Prefiro a morte. - Ele fala enquanto faz uma careta. - Como aguentava?

- Bom, era chato. Mas pelo menos eu consegui isso. - Falo e levanto um pouco a blusa que vestia, mostrando minha barriga. - É um orgulho e tanto.

- A minha também é bonita. - Ele olhando minha barriga e em seguida erguendo sua camiseta também. - Olha.

- É sim. - Falo e rio, o abraçando. - Minha vontade de levantar é grande, mas a de ficar deitada é ainda maior.

- Não precisamos levantar. - Ele volta a falar e deixa um beijo em minha testa. - Estou com tanta preguiça que poderia morrer aqui.

- Eu só não venho a falecer porque tenho preguiça até para isso. - Murmuro e ele dá uma risada gostosa.

Antes de mais nada, a porta do quarto se abre e revela a mãe de Daniel.

- Bom dia! - Ela fala sorrindo para nós e eu sinto minhas bochechas corarem. - Que bonitinhos desse jeito!

- Por que você não bateu na porta antes?! - Ele fala e vejo que suas bochechas também estavam meio rosadas. - Mãe!

- Não seja bobo, Daniel. - Ela fala e dá uma risada. - Só vim avisar sobre uma coisinha. Estamos saindo agora e voltamos depois de amanhã. Trate a Laurie bem e faça ela se sentir em casa.

- Você ouviu?! - Falo rindo e cutucando Daniel.

- Eu sempre trato você bem, sua sonsa. - Daniel fala e revira os olhos. - É um absurdo você e minha mãe dizerem isso.

- Absurdo nada! E nem pensem em ficar dentro de casa apenas. - Ela fala e abre a cortina do quarto. - Aproveitem o dia e façam coisas legais. Não eram os dois que diziam sentir saudades um do outro?

- Mas nós estamos matando a saudade. - Falo e choramingo enquanto ela puxa o cobertor de cima de nós.

- Estamos matando a saudades bem juntinhos. - Daniel fala me abraçando e fazendo um beicinho fofo. - Poderia passar super bonder em mim e abraçar você.

- Exatamente. - Falo e o abraço também.

- Eu desconfio muito de vocês dois. - A mãe dele fala nos olhando e ri. - Mas enfim. Passem o dia inteiro se abraçando.

- Tenha uma boa viagem. - Daniel fala rindo e sua mãe nos manda um sorrisinho cheio de intenções. - Mãe! Nem pense.

- Penso sim. - Ela fala rindo e pisca para nós dois. - Mas lembrem da proteção.

- Ai minha nossa. - Murmuro arregalando os olhos, e corando enquanto Daniel bate a mão no rosto.

- Não acredito que você falou isso. - Ele fala bufando e sua mãe acaba dando uma risada.

- Até mais, crianças. - Ela fala saindo do quarto. - E o café está na mesa.

- Boa viagem! - Exclamo e ela grita um "obrigada". - Adoro a sua mãe.

- Ela fala umas coisas desnecessárias. - Ele fala revirando os olhos. - Até parece que eu sou um pervertido.

- Você tem cara de sonso. - Falo e ele me olha indignado. - Me desculpe se não gosta da verdade.

- Eu tenho cara de bebê. - Ele fala enquanto nega com a cabeça. - Minha cara é bem fofa.

- Até parece. - Falo e me sento na cama. - Sabe...Você poderia ir comigo hoje procurar uma casa. Eu vendi a minha e preciso comprar uma aqui.

- Você não precisa de casa, pode morar aqui. - Ele fala enquanto nega com a cabeça. - Minha mãe te ama.

- Preciso sim. - Falo e rio. - Desse jeito eu vou começar a chamá-la de "mãe" também.

- Se você começar a chamá-la de mãe, nós vamos ter cometido um incesto na sua casa aquele dia. - Ele fala me olhando e piscando algumas vezes seguidas.

- Achei que não se lembrava mais disso. - Murmuro coçando a nuca.

- Como eu iria esquecer? - Ele fala me olhando e sorrindo meio sonso.

- Vamos beber água? - Pergunto mudando o assunto e me levanto.

- Não estou com sede. - Ele fala enquanto nega com a cabeça. - Está tentando mudar de assunto?

- Eu? Não mesmo. - Falo sorrindo sonsa. - Eu vou tomar banho. Até daqui a pouco.

Ando para o banheiro rapidamente e fecho a porta, a trancando e piscando várias vezes seguidas.

ᴠɪʀᴛᴜᴀʟ | ᴅᴀɴɪᴇʟ sᴇᴀᴠᴇʏ Onde histórias criam vida. Descubra agora