CAPÍTULO CINCO

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Acordo-me com gritos da minha irmã mais velha, Louise estava berrando na sala.
Minha cabeça ainda doía muito, minha noite foi péssima. Demorei para dormir, como um futuro Rei tem a coragem de amedrontar uma fêmea que salvou a vida da sua irmã? Ele usou o nossos vínculo, o laço que nos prende para me atormentar e me assustar.
Lavei meu rosto e escovei meus dentes, arrumei os cachos, prendendo em um coque mal-feito. Observo meu reflexo no espelho, não sou uma fêmea feia. Tenho a beleza do Sol, como próprio Rei comparou.
Os cabelos ruivos, com uma tonalidade alaranjado. Os olhos eram verdes-escuros, as sardas em volta do nariz e nas bochechas destacavam-se. Minha boca pequena e carnuda, tenho um sorriso belo também. Que chama atenção, Finn amava meu sorriso. Ele sempre diz o quanto meu riso é descontraído e perfeito.
Finn, o macho que é dono do meu coração.
Dono da minha vida e dos meus sonhos.
Ele jamais me machucaria.

— Você não tem permissão; — berrou minha irmã. — Como ousa?

A porta do quarto que estou hospedada é aberta com força, encolho-me quando vejo quem invadiu minha privacidade… Morfeu!
O macho estava ofegante, muito pálido. A pele bronzeada estava sem vida, mas mantinha o mesmo olhar enfurecido. Ele farejou o ar, fechando os olhos por um momento.
Eu fico parada, estática.
Quando Mordeu abriu seus olhos negros, não havia mais fúria transmitido por eles e sim confusão e muita tristeza. O macho deu um passo à frente, aproximando-se lentamente.
Penso em fugir ou gritar por socorro, mas quando percebo já era tarde demais. Ele está prensando meu corpo contra o dele, segurando com força no meu traseiro.

— Fêmea maldita; — murmurou. — Esse cheiro… — Morfeu enterrou o rosto no meu pescoço, cheirando minha pele.

Minhas irmãs adentraram no quarto, ambas com os olhos arregalados e assustados.

— Não me machuque! — implorei.

— Você não notou? — mordiscou meu pescoço. — A uma vida dentro de você.

— E-eu? Como? — a minha cabeça vai explodir. — Eu não compreendo.

— Não posso ficar com uma fêmea que está gerando a cria de outro macho! — Morfeu afastou-se.

— Alteza, por favor… — Rebeca Lamuriou. — Ela é nossa irmãzinha, é um criança. Tem apenas 40 anos.

— Não vou machucá-la, trouxe o seu pagamento. — Encarou meus lábios e um calor descontrolado percorreu meu rosto. — Minha família tem uma dívida com você. Sempre vamos lembrar da curandeira que salvou a Princesa de Chamber.

— Estava na hora, um agradecendo digno. — Disse Louise. — Minha irmã foi humilhada na frente da corte, acho que merece um pedido de desculpas.

— Louise; — repreendeu Rebeca. — Alteza, peço que entenda a grosseira da minha irmã. Ela só está tentando proteger Yasmine, depois de tudo que aconteceu.

— Entendo perfeitamente. — Inspirou fundo, Morfeu voltou se aproximar, sussurrando baixinho no meu ouvido: — Perdão por tudo!

— Você tem um cheiro maravilhoso. — murmurei.

Morfeu riu, meneando a cabeça.

— Tenha uma vida feliz, Yasmine Airmeithy. — beija minha testa, teletransportando-se na minha frente.

Vazia, eu estava me sentindo vazia e incompleta. Maldita ligação, porque justo comigo?

— Uau, ele foi embora. Graças aos deuses! — Rebeca sentou-se na minha cama.

— Que macho doente, você tem sorte por renunciar essa ligação. — Comentou Louise. — Vou mandar preparar a sua carruagem.

— Ele é um macho opressor, não queremos você como a nossa irmã, Rhianny está sofrendo com o companheiro. Ele não a deixa sair de casa.

Morfeu - O Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora