CAPÍTULO OITO - MORFEU 🦇

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Nascimento do Vampiro Gerald, filho da princesa Pandora.


“Afastem-se, donzelas, não vejam a escuridão do seu olhar. Agora a morte consomem seu coração”

Os gritos da minha irmã eram altos e dolorosos, minha irmã legítima. Sangue do meu sangue!
Não posso deixá-la morrer. Já presenciei muitas mortes, não quero e não vou presenciar a morte da minha irmã caçula.
Minhas fêmeas estavam aflitas, ambas controlavam as emoções para não me enfurecer. Não preciso de fêmeas fracas, que choram no nascimento de uma criança.

— Savannah; — Chamo minha escolhida de sangue. — Quero que encontre alguém capacitado, quero alguém que salve minha irmã e meu sobrinho.

— Morfeu, meu amor…

— Savannah agora não é hora para seus discursos. — rosnei, controlando-me.

— Rebeca; — Falou Helled, minha escolhida de magia. — A dama de companhia da parceira número seis, tem uma irmã especializada em partos. A fêmea é conhecida no Reino de Chamber.

— É sério, você numerou as companheiras do nosso Rei? — Questionou Savannah.

— É lógico, eu não consigo guardar o nome de todas. — Responde Helled, cruzando os braços. — E você gravou o nome de todas na cabeça?

— É claro que sim, faço parte da família real há 400 anos. — Savannah jogou os longos cabelos para trás. — Eu tenho uma ótima memória. E sou insuportavelmente linda.

Ela tem razão… Savannah é insuportável, mas é uma fêmea belíssima. Superando a beleza de Helled.

— Tragam Rebeca até mim!

— Sim Senhor! — as duas fêmeas deixam o quarto que estou hospedado.

O Castelo não me traz boas lembranças, lembro-me de uma época perturbada, difícil e dolorosa. Eu estava lutando para esquecê-la, para conseguir seguir em frente sem a fêmea que ganhou meu coração.
Meu pai estava festejando as suas conquistas, meus irmãos de sangue morreram na guerra. Só me restou Pandora, ela é minha única família, não posso perdê-la. Não me restará nada, meu pai está viciado nas folhas de peredur. O vampiro velho está apodrecendo por dentro a duzentos anos. A droga está acabando com seu sangue, suas crias nascem mortas. Seu sêmen passa a droga para o embrião da fêmea, detonando as chances de novas crias. Não temos sangue-puros a séculos, evito engravidar minhas fêmeas. Não quero minhas companheiras carregando o fardo de um herdeiro, com meu pai ainda vivo, enlouquecendo dia após dia.
Ele matará os machos e venderá as fêmeas, para proteger o seu Reinado. Preciso manter a calma, preciso continuar com meus planos. Eu vou matá-lo…
Elas sonham com um bebê, elas sonham com uma família. Não posso completar a vida das minhas companheiras. Não posso dar a elas o que mais desejam, uma criança. E não posso mais fugir dos meus deveres, meu irmão Tarryn está do meu lado. Ele sabe que o Reinado do meu pai acabou.
Savannah e Helled chegaram acompanhadas com dama de companhia. Rebeca era uma Bruxa, muito forte e com uma sutileza no olhar que demonstrava certa inteligência. Uma Bruxa discreta, quieta e meiga, é extremamente perigosa.

— Diga-me, qual elemento consegue controlar?

A Bruxa arregalou os olhos, surpresa com minha descoberta.

— Ar, meu Senhor.

— Ele não é o seu Senhor; — Esbravejou Savannah. — Modos Bruxa ou vou arrancar a sua cabeça.

— Savannah e Helled saiam agora.

As fêmeas obedeceram imediatamente, Savannah está nos períodos férteis, vampiras ficam agressivas e possessivas neste período. A minha sorte é que acontecem uma vez por ano.

Morfeu - O Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora