Morfeu - O Príncipe Sombrio

CAPÍTULO VINTE

Abro meus olhos, sinto uma dor estranha no corpo. Minha cabeça estava dolorida e sentar-me na cama foi uma tortura.

— Minha cabeça; — massageio minha nuca. — que dor!

Não estava no meu apartamento no Vilarejo de Gonddin, estava no meu quarto na Mansão do Príncipe. O quarto estava silencioso, mas conseguia ouvir muita música e dança vindo das ruas.
Com dificuldade ouso levantar-me da cama, mas estava muito fraca. Sangue, eu preciso de sangue.

— Yasmine; — sobressalto-me, Morfeu estava parado próximo a porta que levava até o banheiro. — Você está péssima!

— Morfeu, o que estou fazendo aqui? — minha voz saiu baixa e fraca.

— Você não lembra-se?

Lembro-me muito bem, principalmente da nossa transa, de tudo que aconteceu. Só não lembro-me como vim parar no meu quarto, que fica na Mansão na Capital.
Morfeu pode ter nos atravessado com facilidade, mas lembraria-me. É como se tivesse perdido minha memória por curto período.

— Lembro do sexo, do desejo que não parava, do prazer que não cessava. De uma fome sem fim..

— O tinne foi consumado; — disse Morfeu, aproximando-se da minha cama. — Significa que nossa ligação está glorificada e aceita pelos deuses. O tinne é um fogo quase insaciável, quando os parceiros aceitam a união o tinne é alcançado.

— O que aconteceu comigo?

— Você desmaiou de exaustão o tinne é consumado por cinco dias, você aguentou apenas dois.

Meu corpo estremeceu, eu ouvi "cinco dias"? Engulo em seco, sentindo aquela queimação da sede.

— Eu sinto muito; — minha cabeça vai explodir a qualquer momento. — Não fazia ideia!

É claro que já tinha ouvido falar sobre o tinne, mas para a minha geração tudo não passava de lendas. As ligações são raras, únicas e especiais, tudo que acontece entre um macho e uma fêmea ligados pelo laço é um mistério para mim. Eu estudo sobre a saúde dos mortais e imortais, só comecei a pensar na ligação quando conheci o Finn. Agora, tenho um macho… Um Príncipe, com nossas almas entrelaçadas.

— Tudo bem; — Morfeu riu, divertindo-se da minha lentidão. — Eu sabia que não aguentaria, ainda é muito nova.

Meu corpo esquentou, não sabia identificar se era por vergonha ou fome.

— Eu preparei um banho; — estala os dedos e uma bandeja repleta de comida e uma jarra de sangue fresco. — Alimente-se, o festival de Samhain começou.

Quê? Por quanto tempo dormi? Pisco confusa e completamente perdida.

— Você dormiu por quase dois dias, usou toda a sua magia, curando os ferimentos… — ele hesitou, uma expressão de pura dor ganhou seu rosto. Então, lembro-me das mordidas, dos arranhões e das belas asas… Oh, eram tão lindas!

— Eu estou bem, só preciso de um banho. Estou fedendo; — pego um mecha de cabelo e cheiro. — Urgh, eu estou com cecê!

O macho gargalhou, sua expressão mudou totalmente. Um lampejo de puro alívio vincou no seu olhar.

— Bom, tem uma banheira enorme lhe esperando. Descanse algumas horas e vamos sair!

— Sair?

— Você quer perder o festival?

Nego freneticamente com a cabeça.

— Que ótimo, porque eu também não quero!

Morfeu saiu do quarto, deixando a vontade para comer e me trocar. Sinceramente, estou aliviada, ele não falou muito sobre nosso momento.
Aaah que vergonha, recordo-me da minha declaração de amor. Eu falei tudo, tudo que acabei desvendando. Meu sentimento, meu amor por ele. Oh, como eu o amo!
Belisquei minha própria bochecha para me certificar que não é um sonho, que não estou vivendo uma ilusão. É real, tudo que estou sentindo e vivendo é verídico!
Bom, um festival espera-me.
Devorei quase toda comida que estava na bandeja e tomei a jarra inteira de sangue, quando bebi o sangue fresco e delicioso, sinto imediatamente meus poderes fluindo nos meus ossos, sinto-me perfeita, ótima e pronta para outra… Hmm, só de pensar na nossas duas noites juntos meu corpo aquece, implora com ele, Morfeu!
Na banheira aproveito a água quente com pétalas de rosas vermelhas e óleos aromáticos para percorrer minhas mãos por todo meu corpo, imaginando as mãos fortes do macho que eu amo, que desejo e quero sempre do meu lado. Percorro meus dedos entre minhas pernas, massageando meu clitóris.
Penso nele.
Chamo por ele.
Queria a sua boca, o seu toque, seu pau duro fazendo-me gritar.