CAPÍTULO TRINTA E UM

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Meu filho estava preso em uma imensa jaula, como se fosse um animal. Com um corte profundo próximo da sobrancelha, meus braços e minhas pernas estavam presos com correntes fortes.
Estamos aprisionados em uma câmara de tortura, tinha vários mecanismos sádicos prontos para serem usados. Implorei aos deuses que usassem em mim, que ficassem longe do meu filho.

— Mãe, você está bem?

Minha cabeça está doendo muito, minha boca tinha um gosto forte de ferro. Não conseguia mover minha boca, sentia minha língua queimar, apenas afirmei com a cabeça.

— O que está acontecendo, mãe? — Dian, segurou nas grades. — Por que estamos aqui?

Nego com a cabeça, não sentindo força para falar, minha magia começou atrapalhar. Percorrer meu corpo, em minutos estava com a mente clara, a dor estava diminuindo e minha língua curando-se.
Três machos descem as escadas, acompanhados por uma fêmea belíssima. Com cabelos platinados e com as pontas enroladas e negras, tinha um olhar cruel e frio, o centro das íris tinham uma cor cítrica, contornadas por um cinza escuro e assombroso. Lábios grossos e cheios, com um batom negro, um piercing que lembrava um ponto de luz no arco dos lábios.
A fêmea usava um vestido vermelho sangue, com as barras arrastando no chão. Ela sorriu quando nosso olhar encontra-se.

— Uma Senhora, que incrível.

Imploro aos deuses que ela não perceba a presença do meu filho.

— O devemos fazer com ela? — Perguntou um dos machos, olhando-me com perversidade.

— Sem mortes, vamos negociar. Acho que o Rei de Chamber dará as terras que tanto desejam. — ela avalia-me com desdém. — É bonita, mas é uma mera curandeira.

— Podemos nos divertir?

— Façam o que desejam, eu vou assistir por alguns minutos. — Disse rindo e com um olhar faminto por dor.

O homem aproximando-se de uma mesa com vários instrumentos de tortura, ele escolhe uma marreta pontiaguda.

— Dian, feche os olhos.

— Não, mãe. Por favor, não!

— Feche os olhos, filho. — Suplico, ele não pode ver. Ele não pode presenciar o que vai acontecer aqui.

O macho parou na minha frente com um sorriso diabólico estampado no rosto. Ele analisou meu corpo, escolhendo o lugar para começar. Encarei Dian, ele estava com os olhos vertendo em Lágrimas.
Seja forte, meu amor.
Você não é fraco, você é meu filho. Filho de um guerreiro lendário, você não pode cair. Você jamais vai cair.
Meu filho assentiu, demonstrando que tinha recebido cada pensando. Então, fechou os olhos e estremeceu quando meu grito ecoou na câmara, depois outro e outro.
Até perder a consciência.
Acordo-me uma onda de dor.
Sentia meus ossos esmagando com a força dos golpes. Ele começou usando a marreta nos pés, depois subiu até às pernas…

— Que entediante! — Comentou a fêmea, admirando as unhas exageradamente cumpridas. Não eram unhas comuns, eram garras. — As torturas no Mundo dos Mortos são mais excitante.

Eu não tinha força para rebater, mas uma voz firme e decidida ecoou na sala de tortura.

— Eu vou encontrá-la; — disse Dian, cortando a palma da mão com as próximas presas, ele fechou a pequena mão com força, deixando o sangue escorrer na grade. — Juro pelo meu sangue, juro pelo meu Reino que vou matar todos que você ama.

A fêmea sorriu, logo estava gargalhando. Ela caminhou espreitando meu filho, mas uma expressão de choque estampou seu rosto. A fêmea parou, ficando estática e trêmula. Ela olhou para meu filho e depois encarou cada um dentro da câmara. Um bile subiu até minha garganta, eu estava querendo matar ela. A fêmea não disse uma única palavra quando seus olhos encheram-se de lágrimas e ela simplesmente sumiu, desapareceu como uma névoa ao vento.

Morfeu - O Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora