Morfeu - O Príncipe Sombrio

CAPÍTULO VINTE E SEIS

Savannah tem o sonho de viajar pelo mundo, ela passou séculos cuidando de um poço, vivendo dias amaldiçoados. E depois, a ligação aconteceu com o Morfeu. Talvez, viajar e conhecer novas culturas e novos mundos não possa ser uma má ideia. Ela precisa de um tempo só para ela, para redescobrir a verdadeira Savannah.
Todos queremos uma vida excitante, histórias para contar. Não podemos encontrar justificativas para viver nossos sonhos, quando ainda era uma adolescente quase entrando para o ciclo imortal, escolhi viajar a procura de conhecimento e estudos. Hoje sou uma das melhores curandeiras de Chamber. Savannah merece esse tempo, esse vida cheia de aventuras e emoções.
Helled, ela está muito ocupada passando a maior parte com um jovem humano. O rapaz é filho de um fazendeiro local, ajuda a família com as vendas de verduras e frutas.
O problema é a implicância da Savannah, ela acha que Helled trará a morte para a família do jovem rapaz. Eu acho, que ambas merecem um pouco de felicidade neste vilarejo esquecido pelos Reis.
Hoje é dia de compras, não recebo cartas da minha irmã a meses. Então, para me distrair vou passear no Vilarejo. Comprar algumas frutas e conseguir quem sabe um pouquinho de sangue. Savannah ou Helled atravessam até a Capital para encontrar sangue.
O Vilarejo tem o dia da "colheita", é quando todos os fazendeiros locais montam suas barracas de vendas próxima da praça. É comum uma multidão de pessoas vasculhando as novidades das fazendas.
Para minha sorte, encontrei Helled na barraca junto com seu novo "brinquedinho", Savannah costuma dizer que é apenas uma distração para nossa vampira de olhar doce.

— Yas; — disse ela sorridente. — Temos goiaba, você ama essa fruta. — pega uma pequena sacola.

— Bom Dia!

— Bom dia, Yasmine. — cumprimenta alegremente o rapaz, com um sorriso amistoso. Ele é muito bonito: Tem uma pele dourada, lembrando tesouros de piratas. Um cabelo longo, sempre bem escovados e presos com uma tira de couro. Os olhos são azuis-claros.

— Savannah sabe que você está passeando na feira? — Helled lança-me aquele olhar reprovador. — Alguém pode bater na sua barriga.

Revirei meus olhos.
Tudo bem, minha barriga já está aparecendo. Mas acho exagero os cuidados da Savannah. Ela não deixa respirar, protege-me incansavelmente.

— Estamos bem, não sou uma inválida. Consigo fazer compras sozinha.

— Mas não é aconselhável carregar pesos; — Resfolegou Savannah com certa altivez na voz. — Que falta de responsabilidade!

— Savannah como você me encontrou?

— Eu sabia da feira e queria conversar com a Helled sobre seu novo; — parou de falar, encarando o humano enojada. — namorado?

O rapaz encolheu-se, mas não desviou o olhar.

— O nome dele é Alexander, qual é teu problema? — Helled cruzou os braços. — Está com ciúmes?

— Rá, ciúmes de um mero humano. Somos escolhidas de um Rei, Helled. Morfeu pode chegar a qualquer momento e você trará a morte para esse belo e ingênuo rapaz.

Um calafrio percorreu minha espinha. Eu não queria concordar com a Savannah, Helled está feliz, Alexander é um ótimo amante. É bom companheiro e tem um coração bondoso, não quero pensar no que Morfeu pode fazer quando descobrir esse novo relacionamento da Helled.

— Por que ele pode ter três escolhidas? E não podemos namorar? Eu gosto do Alexander e vou ficar com ele.

— Helled, amor. Você é casada? — Pergunta o rapaz com um semblante entristecido.

A Morena enrubesceu, ficando com as bochechas completamente vermelhas.

— Bom, eu-eu… — ela segura na mão do rapaz, levando até os lábios. — Eu vou explicar tudo quando chegarmos em casa.