O vento batia com força contra as janelas do quarto que estava hospedada. Uma chuva forte e violenta caía lá fora, combinando com a minha confusão. No entanto, é um clima agradável para tentar se reconectar.
Aproveitei o momento sozinha para vasculhar o quarto.
Em cima de uma penteadeira comum. Encontrei todos os meus pertences, jóias, escova de cabelo, prendedores e cosméticos.
Meu grimório estava dentro de uma gaveta, perfeito e pronto para guardar minhas novas descobertas, peguei um simples lápis e deitei-me na cama para escrever o acontecimento na banheira. Eu precisava de livros, para estudar sobre a ligação.
No outro dia acordei sentindo-me muito bem, a sede não era forte e minha garganta não queimava dolorosamente.
Vesti um vestido comum, a beleza estava no espartilho, as fitas grossas trançam o meu decote, aumentando o volume dos meus seios. Faço um coque formal, deixando alguns fios do meu cabelo solto. Não gosto de usar muita maquiagem, apenas apertei minhas bochechas para corar naturalmente. Observei meu reflexo no espelho, eu estava bonita, meu rosto não tinha sinais de cicatrizes ou manchas das agressões que sofri. Lembro-me que o Demônio havia quebrado minha mandíbula, minhas costelas e causado um dano terrível no meu pulmão.
Estremeço quando recordo-me do inferno que vivi, foram os piores minutos da minha vida. Morfeu chegou a tempo, me salvou e aqui estou eu… Bisbilhotando a sua Mansão.
A Mansão era gigantesca, distribuída em quatro andares. Uma escadaria circular levava-me para os andares inferiores.
Morfeu tinha sua própria galeria de arte no terceiro andar, eram quadros belos, esculturas e vasos belíssimos. Uma sala gigantesca com artes esplendorosas.
No piso térreo à uma imensa sala, com carpetes felpudos e macios. Sofás espaçosos e confortáveis, os lustres eram de madeira maciça com velas circulando os pequenos candelabros de cristais.
A decoração era rústica, mesclando cores escuras e sombrias. As paredes tinham uma decoração obscura, eram quadros que retratavam a Grande Guerra. Um bonito bar com uma grande variedade de bebidas, as taças eram todas azuis.
Os móveis tinham uma aparência medieval, a Mansão mesclava a originalidade moderna com as lembranças do passado. Uma combinação perfeita que tornou tudo belíssimo. A Mansão tinha aparência de um Castelo dos contos de fadas.— Você acordou!
Viro-me surpreendida com a chegada de uma fêmea exuberante. Ela usava um vestido vermelho-escuro com fenda na coxa direita, o cabelo era dourado, repleto por ondas volumosas. A fêmea tinha classe e elegância, analisava cada detalhe da minha roupa. Seus olhos eram azuis-neon, a cor das íris estavam mais nítidas e vivas graças a uma bonita maquiagem que realçava a beleza dos seus olhos. Os lábios cheios e bonitos estão valorizados com um batom vermelho.
— Oi; — Digo retraída. — Eu estava conhecendo a Mansão.
— Hmm; — resmungou, aproximando-se. — Você não é como eu imaginei. — cruzou os braços. — Lembra-me uma boneca de pano.
— Savannah, não comece… — Giro meu corpo, no sofá estava sentada outra fêmea.Por Airmid, é um concurso de beleza? A fêmea que mantinha um sorriso amistoso no rosto era bela, muito bela! Tinha a pele negra e os cabelos cacheados. Ela usava um vestido rendado, com um decote ousado também. A cor clara do vestido destacava os cachos preto-azulados, que caiam sobre seus ombros. Os olhos castanhos-claros estavam sem maquiagem, só os lábios generosos eram destacados com um batom brilhoso. Ela tinha uma beleza mais delicada, era mais meiga.
— Você são…
— As escolhidas do Morfeu; — Interrompa-me, observando as unhas perfeitas e bem-feitas. — Eu sou Savannah, aquela é Helled.
— É um prazer conhecê-las! — Comentei, sentando-me no sofá.
— Você está com fome? — Pergunta-me Helled. — Eu posso mandar preparar um sangue fresco ou você prefere bolo de chocolate?
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Morfeu - O Príncipe Sombrio
VampireYasmine Airmeithy é uma Bruxa que vive no Reino Chamber, na Ilha Sul. Amada por seu povo, Yasmine é dona de um temperamento forte, mas carrega consigo um dom único. O dom da cura! Uma curandeira, especializada em partos. Que ama o milagre da vi...