CAPÍTULO DEZESSEIS

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Morfeu carregava minha bolsa, meu Grimório e mais três livros sobre ervas e magia de cura. Ele nos atravessou até o Vilarejo de Gonddin eu precisava rever alguns pacientes. Visitar os meus pais e algumas amigas curandeiras que estava sentindo falta.
Minha primeira parada foi no apartamento da Senhora Fanyha, há anos eu cuido da sua memória. A Senhora não recorda da sua juventude, dos familiares e amigos. Ela precisa de auxílios dos encantamentos para conseguir ter uma vida saudável e ativa. É uma humana de 112 anos. A maioria dos humanos têm uma saúde frágil, eles podem quebrar como um copo a qualquer momento. Mas tem uma boa expectativa de vida, uma vida tranquila e sem nervosismo tem favorecendo os humanos. Eles estão vivendo muito e passando dos 90 anos.
Em Chamber todos tem uma chance de ser feliz, é só lutar e pensar positivo. A maioria dos meus pacientes ficavam intimidados com a presença do príncipe. No entanto, Morfeu conquistava a todos com seu sorriso alegre e seu comportamento prestativo.
Quando saímos da casa do quarto paciente elogiei seu comportamento.

— Você tranquiliza os pacientes, deveria ser um curandeiro!

Morfeu gargalhou.

— Para ser um curandeiro precisamos nascer com um dom específico. — O vampiro passa os livros para o braço esquerdo. — Eu apenas amo meu povo, faço de tudo por eles.

— Hmm, Savannah trabalha como sua conselheira na corte?

Morfeu assentiu.

— Exatamente, ela tem um salário e Helled também, trabalhando no Centro de Igualdade de Chamber. Ambas são independentes, seguem seus próprios interesses. — Conta-me.

— O que está acontecendo na Corte? Por que Savannah precisa investigar o Rei?

Morfeu continuou andando do meu lado, com uma expressão séria. O Príncipe mudou a sua postura, ficando com o corpo mais rígido e tenso.

— Morfeu…

— Eu acho; — iniciou num tom cauteloso. — que você é muito ingênua para as intrigas da Corte. Os membros do conselho, os anciões, mensageiros e druidas não são confiáveis.

Parei de andar, segurando no braço do macho.

— Por Favor, diga-me o que está acontecendo.

Morfeu beijou minha testa, negando com a cabeça.

— Não é o momento!

— Como vou conhecê-lo? Você não responde minhas perguntas com sinceridade. — Era impossível conter minha frustração, ele poderia me contar. Me dizer o que está acontecendo, Savannah é sua conselheira na Corte e também uma espiã. — Eu estou esforçando-me, eu juro que quero compreendê-lo. Mas preciso confiar em você.

Macho amaldiçoou os deuses por alguns minutos e puxa-me em direção aos bancos de uma pequena praça.
Sentamos.
O príncipe entrega-me a bolsa, virando para me encarar nos olhos.

— Alguém está envenenando meu pai.

Meu estômago embrulhou com a revelação.
Abri a boca para dizer algumas palavras, mas Morfeu continuou a explicação:

— O Rei não reconhece suas atitudes, não reconhece seus próprios filhos ou suas companheiras. Está enlouquecendo, eu achava que era as folhas de peredur. Mas agora o meu irmão mais novo está com os mesmos sintomas, na última reunião ele tentou matar um ancião.

— Por Airmid!

Morfeu tombou a cabeça para trás observando o céu aberto sem nenhuma nuvem.

— Preciso descobrir que está tentando atingir a minha família. Savannah é inteligente, sabe se calar quando é necessário e sabe agir quando é o momento certo. É uma ótima guerreira, sabe lutar e Helled também.

Morfeu - O Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora