Desistindo

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Fazem quatro meses, malditos quatro meses que sofri aquele a acidente maldito e hoje estou em uma cadeira de rodas, quando o doutor me informou eu fiquei inconformado, eu queria matar alguém eu estava com muito ódio, nas primeiras semanas eu comecei a fazer terapia, mas aí eu não via progresso e parei de fazer.
Hoje eu tomei uma decisão, que está me fazendo sofrer mas que é necessária.
Estou no meu quarto quando Júlia entra.
A quatro meses eu venho tratando ela mal, eu me distanciei totalmente da minha família eu me sinto um miserável imprestável.
- Oiê - Ela fala timidamente.
Eu só aceno com a cabeça.
- De quem é essas malas ela pergunta.
- Minhas vou ficar com Henri.
- Como assim vai ficar com Henri, e nosso casamento nossos filhos, você não pensa em nós.
- Por pensa em vocês resolvi tomar essa decisão essa é a melhor coisa para vocês, eu sou um inútil.
- Para de falar isso, eu te amo sua família te ama, você pode voltar para fisioterapia isso só depende de você, o médico mesmo disse que seu quadro é totalmente reversível. - fala Júlia com a voz embargada e lágrimas nos olhos.
- Eu fui para fisioterapia e nada estava adiantando.
- É claro que não você ficou menos de quinze dias, Bruce isso seria um milagre, eu sei que é pesado, mais exige muito mais do que míseros quinze dias de fisioterapia.
- Eu não posso Júlia eu odeio essa situação.
- Você pode sim, você está jogando a toalha se nem pelo menos tentar, você está jogando sua família fora.
- Eu estou fazendo o que acho melhor.
- MAS ISSO NÃO É O MELHOR - fala Júlia gritando. - Você acha que eu me casei por você por interesse, se seus votos não foram sinceros diante de Deus e do pastor os meus foram.
- Eu prometi te amar e cuidar de você aja o que houver até a morte nos separe na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, você poderia passar a vida toda em uma cadeira eu nunca ia deixar de te amar, e se você eu nessa cadeira de rodas, você ia me deixar.
- É lógico que não.
- Então porque tem que ser diferente com você.
- Júlia eu preciso de um tempo eu preciso processar tudo isso.
- Ok Faça o que você quiser. - com isso ela dá meia volta e bate a porta com tudo.
Eu pego o jarro que está na escrivania e jogo com força que ódio porque tudo isso está acontecendo.
Depois de um tempo Henri chegou.
- Nossa passou um furacão por aqui.
- fala Henri entrando no quarto.
- Não te interessa, vamos.
- Uau irmãozinho muita calma nessa hora, você tem certeza disso.
- Sim é o melhor,. Vamos.
- Nos vamos pelo elevador, não vejo nem sinal de Júlia e as crianças.
Henri me coloca no seu carro e seguimos em direção a sua casa
- Cara acho que isso que você está fazendo é uma péssima ideia e Kathleen vai cai matando em cima de você.
- Kath Não tem nada haver com essa história.
- Se você diz.
Bom vou te acompanhar até o quarto de hóspedes, Henri coloca minhas malas no quarto e fala.
- Bom estou no escritório precisando de algo é só gritar.
- Obrigada Henri, por me receber em sua casa.
- Não por isso irmãozinho, mesmo não concordando com isso você é bem vindo.
Henri sai do quarto fechando a porta atrás de mim.
Eu tomou banho e troco de roupa, deito na cama e pego no sono.

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