Desmoronando

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Parece um pesadelo o que estou vivendo, as palavras do médico aí estão na minha mente, sua filha não tem chances de vida.
Kath e Ella estão me levando para algum lugar, eu só consigo gritar e chorar, eu não vejo nada ao meu redor.
Ela me colocam e algum lugar até que sinto uma picada e apago.
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Acordo em um lugar estranho que não reconheço, estou deitada em uma cama, parece que tive um sonho ruim, aí que eu me lembro que não foi um sonho ruim infelizmente foi real.
- NÃO, eu preciso sair daqui.
- Eu índia, calma eu estou aqui.
- Eu preciso ver nossa filha.
- Amor ela está na UTI, daqui a pouco nós vamos poder ver ela, mais você tem que se acalmar se não os médicos não vão deixar temos contato com ela .
Eu apenas aceno em confirmação.
- Amor eu não vou conseguir viver se perdemos nossa filha.
- Ei nos não vamos, tenha esperança.
Quando Bruce termina de falar o doutor Teodoro entra.
- Oiê novamente, vocês já estão liberados para visitar a Luiza, mas antes vou pedi para vocês trocarem de roupa, e se higienizar para pode entrar.
Fizemos todos os procedimentos de higienização e fomos ver nossa princesa, entramos na UTI meu mundo desaba ao ver nossa bebê desfalecida, tendo que respirar por aparelhos.
- Oiê amor, a mamãe e o papai está aqui pra te ver, a mamãe quer te pedi um favor princesa, - Fala Júlia com a voz embargada do choro.
- Você tem que lutar, lutar até o último não desista princesa a mamãe e o papai está aqui te aguardando para te encher de amor.
Puxo Júlia pra perto de mim, coloco sua cabeça no meu peito e começo a consolar ela, ficamos um bom tempo com Luiza, depois fomos para outro quarto, minha mãe ligou falando que Ana Clara estava pra baixo bem triste, que ela não estava comendo.
No fundo ela deve sentir que sua irmã não está bem, afinal ela é a sua outra metade.
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Passaram se cinco meses e Ana Clara ainda está na UTI, cada dia que se passava, a esperança ia diminuindo, mas em nenhum momento pedi para desligar os aparelhos, Dom completou um ano, mas não podemos comemorar, Luiza e Clara também fizeram aniversário, mas também não houve comemoração, quase não vemos Ana Clara e Dom, ficamos 24 horas no hospital, aí uma vez por semana vamos visitar nossos bebês, eu e Bruce não conseguimos deixar Luiza  aqui sozinha, eu e ele nos afastamos do trabalho para pode se dedicar e ficar com Luiza.
Agora estamos no quarto de Luiza, eu estou mais magra, Bruce também, nos estamos totalmente abatidos com tudo isso a cada dia que se passa é um fio de esperança que vai diminuindo.
De repente os aparelhos que estão mantendo Luiza viva, começa a disparar e um equipe médica entram correndo no quarto, eu e Bruce somos arrastados pra fora.
- EU QUERO VER MINHA FILHA ME DEIXEM ENTRA, - grito desesperada.
Até que Martinez vem ao nosso encontro.
- Calma logo vocês vão ter notícias, vamos para minha sala
Eu vou relutante, entramos na sala do Martinez ele nós dá um copo d'água.
- Eu sei o quanto está sendo difícil para vocês, nosso hospital está lutando a cinco meses com um quadro muito difícil.
- Minha filha eu só quero saber como ela está, eles me tiraram do quarto não deixaram nós ficamos lá - Falo aos prantos.
- Sei que sua situação e angustiante, mas se vocês tivessem ficado no quarto ia atrapalhar os profissionais que está lá para salvar a vida da Luiza .
Com isso eu me calo, eu sei que no fundo ele tem razão, mas estão tão difícil são cinco meses sem uma reação e quando ela dá nos deixa ansiosos estou morrendo de medo de perder minha menina.
A uma batida na porta e alguém entra quando olho pra cima vejo o doutor Teodoro.
Meu coração está a mil não sei se estou preparada para o que ele tem a falar.
- E ai o que houve.
Doutor olha pra nós, meio apreensivo e começa a falar.

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