Capítulo 5 -

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Por isso, se ele por acaso aparecer na loja novamente, preciso dar um jeito de me esconder. Talvez, nem tenha me reconhecido, já que se passaram dez anos...
Mesmo assim, não quero correr o risco.
Dias, semanas, se passaram, e como ele não apareceu na loja, fiquei mais tranquila.Quem sabe, só estava de passagem pela cidade. Seria uma infeliz coincidência, se ele estivesse vivendo aqui.
Nós mudamos para uma cidade bem distante, para recomeçar e agora ele surge trazendo à tona o passado.
Definitivamente, o destino está contra mim.
O que me deixa um pouco mais tranquila é não tê-lo visto mais.
Meu pai hoje é um homem mais flexível, adora o neto e por vezes me pediu desculpas das coisas que disse naquele dia.
Isso somente aconteceu depois do nascimento do Vinícius.Talvez, vendo o meu sofrimento, isso tenha amolecido seu coração e mudado seu jeito de pensar.
O apoio dele e da minha mãe foram importantes, pois se hoje estou aqui firme e forte , é porquê eles não me abandonaram...
Naquele dia estava chovendo, como já sabia que iria chover (sempre olho a previsão do tempo, antes de sair de casa) levei meu guarda chuva na bolsa. A chuva estava caindo densamente, se continuar assim, terei que carregar o Vini, para que não se molhe.
Coloco Vini nas costas e quando estava ajeitando o guarda chuva, vejo uma pessoa que fêz meu coração gelar! Era o Lucas! Parecia estar esperando alguém.
Saí dali o mais depressa que pude, no peito o medo tomou conta de mim. Eu morava à apenas algumas quadras da escola, por esse motivo fiquei olhando para atrás e ao redor, para ver se não estava sendo seguida.
Quem me vê desse jeito amedrontada, pode achar que estou sendo paranóica, mas se vocês vissem o Lucas quando tinha a idade do Vinícius, diriam que é cara de um, fucinho de outro.
Talvez, ele não perceba isso, entretanto se seus pais o vissem, no mesmo instante perceberiam.

O Passado Está PresenteOnde histórias criam vida. Descubra agora