Cap. 1

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Oi gente, resolvi fazer essa estória pauriany porque sim. É a primeira vez que escrevo aqui e eu decidi fazer um contexto meio diferente das que eu já li. Espero que preste e que vocês gostem.

Por favor comentem se gostarem e se não gostarem também, porque daí eu apago e finjo demência.

Narrador.

-Pelo amor de Deus, Hari, eu posso contar nos dedos as vezes em que você saiu com a gente pra beber alguma coisa. -Disse Bárbara, a importunando pela provável décima vez em menos de meia hora.

Ela é sua melhor, e talvez única, amiga. As vezes saiam com outras amigas de Bárbara, e Hariany acabava tendo que se enturmar de um jeito ou de outro.
As duas se conheceram nos tempos de faculdade, não faziam o mesmo curso mas frequentavam a mesma instituição. Coincidentemente, dividiam o mesmo sonho, e foi dai que surgiu essa amizade maravilhosa. Bárbara não só é praticamente irmã de Hariany, como também é sua parceira no trabalho, as duas são investigadoras da polícia civil.

-Tenho muita coisa pra fazer amanhã, vei! -Hari responde, pegando os relatórios de um dos casos que as duas resolveram e os colocando junto com vários outros em uma gaveta.

-Mas hoje é sexta! Sabe, pessoas solteiras, normais, saem pra beber e se divertir. -Bárbara insiste, cruzando os braços. -Você é praticamente uma senhora de 90 anos em um corpo de 27.

-Tenho que limpar minhas armas. -Hari fala, tentando arrumar alguma outra desculpa convincente. -E meu apartamento também precisa de uma faxina.

-Ah, claro, e você vai fazer tudo isso agora de noite? -Bárbara pergunta, erguendo as sobrancelhas em uma expressão irônica.

-Claro. -A goiânia responde, dando de ombros. -Tenho que estudar também, vários casos que precisamos investigar e ainda nem sentamos pra resolver isso.

-Nos deram quatro casos, Nathália, já resolvemos três, praticamente um atrás do outro. Nós merecemos comemorar ou pelo menos espairecer um pouco! -A morena fala, exasperada, odiava o fato da amiga ser tão focada no trabalho a ponto de não querer saber de mais nada em sua vida.

-Fica para a próxima, okay? -Hari desconversa, jogando o cabelo para trás e indo até a bancada de sua pequena sala, pegando a mochila e guardando seu distintivo e arma na mesma.

-Você sempre diz isso. Por acaso lembra da última vez que beijou alguém? Ou que pelo menos fez algo que não tivesse relacionado ao trabalho?! -Bárbara agora estava indo para uma conversa mais delicada, e sabia disso, por isso sentia os ombros tensos.

-O que tem a ver, vei?! Lá vem você com essa conversa de novo. -Hariany revira os olhos, empurrando delicadamente a amiga para fora da sala e trancando a porta.

-Claro, Hariany! Você não tem vida, parece um robô no automático. Você sabe que é ótima no que faz, mas não é só isso. Você precisa viver, cara! Se apaixonar, ficar bêbada, quebrar alguma regra, sei lá! -Bárbara fala, seguindo a loira para fora da delegacia, enquanto acenava para alguém vez ou outra, se despedindo dos demais colegas de trabalho.

-Sério? Tá pedindo para uma policial quebrar regras? -Hari pergunta, rindo. As duas chegam no estacionamento, indo até a Yamaha YZF R6 completamente preta, a qual Hari levou muito tempo pra comprar, e ainda estava terminando de pagar. É sua chodó. -E você sabe que não gosto de beber.

-Não gosta porque o álcool desperta um lado seu que você tem medo, porque não sabe controlar. -Bárbara fala, com um sorrisinho malicioso.

-Vai se ferrar, vei. Chega desse papo, prometo que da próxima eu vou. -A loira encerra o assunto, pegando o capacete, também preto, que deixara pendurado em um dos retrovisores da sua amada moto.

-Eu vou cobrar. -A morena avisa, erguendo as sobrancelhas afim de enfatizar o que dissera.

-Eu sei. -Hariany responde, rindo, enquanto sobe na moto e coloca o capacete.

-Eu já te disse como você fica fodidamente gostosa com esse uniforme e em cima dessa moto?! Porra... -Bárbara pergunta, olhando a amiga de cima a baixo enquanto morde o lábio inferior. Hari apenas ergue o dedo do meio para a amiga, tirando a moto da vaga com um pouco de dificuldade. -Tô falando sério, garota.

-Me liga quando chegar em casa, e vá de uber se for beber, bicha véia feia. -Hari fala, por fim, ligando a moto e acelerando a mesma. O som daquele motor sempre foi música para seus ouvidos mesmo antes de ter a sua própria, ela amava a sensação de adrenalina ao andar naquela máquina.

Surrender. (Pauriany) Onde histórias criam vida. Descubra agora